Fresca? Não! Bem criada.

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19
out

Local certo – a moda e a economia criativa

Há quem diga que os momentos de incerteza e recessão são ótimos para impulsionar a criatividade dentro de nós. Mais que isso, outros ainda afirmam que o instante de aperto nos convida a reflexões profundas e mudanças de pontos de vista. É inevitável afirmar que atualmente passamos por esse tipo de situação. O mundo hoje vive uma fase de transição e não só a economia, mas o estilo de vida ocidental como um todo, está sendo repensado.

Seguindo essa vibe, nós, enquanto consumidores, estamos também revendo a maneira como compramos. Estamos treinando, aos poucos, um olhar mais consciente diante do que gastamos e buscamos cada vez mais por produtos que reúnam qualidade, propósito e sustentabilidade.

Refletindo tudo isso, entra em cena a valorização da economia local. Marcas e iniciativas que promovem o enaltecimento do que é produzido perto da nossa casa, do nosso bairro ou na nossa cidade, surgem significativamente, agitando a economia ao nosso redor.

Ao adquirir uma mercadoria local, o consumidor contribui com sua comunidade, com a geração de empregos de pessoas vizinhas e tem o benefício de um atendimento diferenciado devido à proximidade com o produtor.  De acordo com pesquisas realizadas pelo Sebrae, 95% de todas as empresas no Brasil são consideradas pequenos negócios que produzem 27% da riqueza nacional e empregam 52% dos trabalhadores com carteira assinada.

E o que isso tem com a moda? Bom, o “consumir moda” também está sendo repensado e por conta disso, produtores bem perto de nós estão ganhando espaço no universo do vestuário, dos calçados e dos acessórios. Você precisa saber quem são eles!

LED1Fruto do designer Célio Dias, a Led é uma marca de roupas que não se define por gênero. Com peças que transitam entre tecidos nobres e estamparia autoral, a palavra de ordem é autonomia. Seu mais recente projeto, chamado [Re]Invente-se, trata-se de uma parceria com o coletivo Underlight, e tem como objetivo vestir pessoas e despir ideias.

Nessa empreitada, diversas personalidades da cidade foram convidadas a contar suas histórias e provocar uma reflexão sobre padrões.

Carlos Penna2Buscando sempre o inusitado, a marca de acessórios do designer Carlos Penna desenha sua história através da resinificação de materiais e formas. Sem se apegar ao conceito de joia, suas peças transitam entre contextos e definições. Porém, a marca acredita que a experiência do produto só é completa quando é dada a relação entre o criador, o objeto e seu usuário.

Com seu design diferenciado e bem elaborado, a marca propõe uma nova forma de se pensar acessórios. Brincos, pulseiras, colares e anéis se transformam em arte, rendendo até uma forte parceria com a galeria Quarto Amado.

Nuu Shoes3Idealizada pela dupla Marcela Torres e Marina Lerbach, a Nuu traz um banho de novidades e experimentações na área dos calçados. Sem medo de ousar, a marca acredita na união entre estética e conforto, e propõe sapatos para uma mulher descomplicada e sem disfarces.

Os temas de suas coleções giram em torno de questionamentos sobre espaço e tempo, o que se reflete na variedade dos materiais e das formas desenvolvidas pelas designers. O equilíbrio vanguardista da marca não é novidade só por aqui, os produtos da Nuu Shoes já apareceram nas principais publicações de moda do Brasil.

Mooca4Ajudando diversos segmentos além da moda, a Mooca é a primeira loja colaborativa do Brasil com aceleração de produtores criativos locais. Originada das mentes inquietas da ex-publicitária Fabi Soares e da designer Marina Montenegro, esse projeto movimenta a economia da cidade desde 2015 e colabora com novos produtores através de consultorias, análises de resultados e workshops.

Todo esse trabalho desenvolvido cuidadosamente, se reflete em produtos criativos de qualidade que estão disponíveis na loja física da Mooca, localizada na região da Savassi, em BH. Esse projeto é a prova de que empoderar o produtor local, traz benefícios a toda a comunidade em volta.

Elisa Santiago é estudante de Design de Moda e uma eterna amante das ruas e das artes. Acredita na roupa como elemento de fala e empoderamento. É quem está por trás do @tens_razão.

18
set

Sobre Olimpíadas e amigos para sempre (para meus amigos desde sempre)

We share memories
I won’t forget
And we’ll share more,
My friend,
We haven’t started yet
Something happens
When we’re together

(trecho de “Amigos para Siempre”)friends

Dia desses fui escrever um cartãozinho de aniversário e, nesses sustos que o dia-a-dia gosta de nos pregar, me dei conta de que a aniversariante e eu somos amigas há mais de 20 anos. Uns dias se passaram e eu, fazendo novas contas, me peguei calculando há quanto tempo tenho cada uma das minhas amizades.  Não todas, obviamente. Fui ali por uma média de amostragem mesmo e me surpreendi por ter algumas amigas há mais de 25 anos. Agora guardem essa informação, e vamos em frente que vou mudar de assunto.

Antes de mais nada, queria dizer que AMEI a abertura (e o encerramento das nossas Olimpíadas). Me orgulhei, me emocionei, ri muito dos brócolis dançantes e chorei um monte com o hino nacional e outras passagens… Veja bem, não quero desmerecer em nada nosso evento. Porém, nossa abertura me lembrou outra. É que, pelos idos de 1992, quando, provavelmente, alguns leitores deste blog nem eram nascidos, mas eu e minha memória de elefante já habitávamos BH, aconteceram as Olimpíadas de Barcelona.

Pela primeira vez, eu consegui ficar acordada para ver um evento deste tipo e, também pela primeira vez, tive consciência de me emocionar com uma música, sem entender nada da letra. Quer dizer, quase nada, porque “Amigos para siempre”, a frase que pontua o refrão (pois o restante da letra é em inglês) é fácil de entender. Veja bem, se você tem onze anos, a expressão “para sempre” é bem difícil de entender, quantificar, precisar. O que seria para sempre para mim? Nem ideia…

Achei lindo e nunca, mas nunca mesmo, me esqueci da Sarah Brightman e do Jose Carreras naquele dueto. Quem é dessa época, certamente vai lembrar: nenhuma música tocava tanto naquele ano (e acho que deve ser uma música bem recorrente até hoje). Para escrever este post, tive que me informar. Agora, sei que a a música é do Andrew Lloyd Weber, o gênio por trás de “O Fantasma da Ópera”, “Evita” e outros musicais que fazem parte da minha vida. Sei também que esta informação não fez nenhuma diferença até hoje.

A diferença é que, hoje, quase 25 anos depois, tenho amigas e amigos que estão na minha vida desde 1992. Amigos que compartilham minhas memórias, minhas histórias, minha vida. Amigos que me olham (e para quem eu olho) e que me sabem (e que eu sei de volta). Um saber de olhar, de rir, de estar presente na alma mesmo, no coração entranhados. Amigos para sempre, aqueles que estarão conosco mesmo distantes. Aqueles para quem eu sempre volto. Também tenho amigos recém chegados, há seis meses, dois anos, além de umas moças que me incluíram num grupo descontrolado de whatsapp há uns 15 dias, que estão com pinta de que irão ficar comigo até 2077, se eu ainda estiver por essas bandas.

Concluo, portanto, que o “para sempre” pode estar começando hoje, e recomeçando amanhã. Que cada dia é um dia a mais nesse para sempre de cada um. Que o que fica para sempre depende: às vezes é amor, às vezes é saudade, às vezes é tristeza também… Entendo hoje que ser feliz para sempre, ser amigo para sempre, não é amar todo dia intensamente, ser amigo todos os dias, num grude impossível (e indesejável também): o para sempre é o saldo, é a constância, é o resultado de dias vividos e pequenos altos e baixos compartilhados. Para sempre é o inesquecível que, como diria Fernando Pessoa, faz com que o valor das coisas não esteja no tempo que elas duram, mas na intensidade com que acontecem (e nas marcas que nos deixam, ouso completar).

Laura Henriques, mais de 30 anos, leitora por paixão e sonhadora por diversão. Escreve o que está inundando seus pensamentos, transbordando sentimentos.

11
set

Paris 6 pra vocês

No final de julho, o restaurante Paris 6, queridinho dos famosos abriu aqui em BH! Muita gente já o conhece do circuito Rio – Sp, e agora quem não conhece pode conferir lá no Pátio Savassi.

Esperei uma semaninha pós inauguração, pra conhecer de fato a rotina e o trabalho do pessoal, e claro para evitar a fadiga da fila de espera (nos primeiros dias as filas estavam enoooormes, quase emendava com a do cinema rs).paris6 1O local está muito fofo, decoração impecável e bem fiel aos coleguinhas cariocas e paulistas. Ele se encontra no antigo Graciliano, sabem? Os ambientes ficam meio desnivelados e divididos, não curto muito, mas ok! Esperei 15 a 20 minutinhos honestos na fila, a hostess anota seu número e te manda mensagem quando for sua vez. Gostei disso, aquele pager outbackiano já era!!!paris6 2 paris 6 3Sou suspeita por amar o clima bistrô parisiense, e realmente os detalhes merecem nossa atenção. Os garçons são muito prestativos e educados, porém ainda estão pegando o jeito.

O cardápio é uma loucura, são mais de 200 opções, não é exagero- sério. Têm entradas, pratos e sobremesas para todos os gostos do mundo inteiro e mais algum outro planeta. Por um lado é ótimo, por atender quase todo mundo, mas por outro dificulta bem a escolha, se você é indeciso então, recomendo que baixe o app e escolha em casa, o legal é que tem foto de todos os pratos, isso ajuda bastante.paris6 4Todos os pratos têm nomes de famosos, então prepare-se para piadinhas infames do tipo: “Ah, você vai comer o Sérgio Malandro haha e eu a Marina Ruy Barbosa”. Os garçons estão acostumados, don´t worry! Eu comi o Wellington Muniz, (Ceará do programa Pânico) e ele veio com um fio de cabelo. Foi triste. Pedi pra trocar, eles se desculparam muito e vieram com o Ceará careca – (sem fio de cabelo).

Acho assim, acidentes acontecem. Dá nojinho? Dá! Mas preferi ser compreensiva e entender que todos ali estão se adaptando. Várias pessoas já foram lá e não tiveram problema algum. No final das contas, estava tudo bem gostoso. Nada refinado, uma boa comida com um preço bem parecido com os demais restaurantes de Belo Horizonte.paris6 5 paris6 6Super quero voltar lá para ver a evolução do local e engordar com as sobremesas chocolatudas deliciosas.paris6 7Para beber, tem cervejas diferentes, carta de vinhos e alguns drinks básicos!

Funciona todos os dias, de 7 da manhã às 3 da madrugada.

Acho que vale a ida sim!
E aí? Alguém já foi?
O que acharam?!

Renata Martins cozinha, corta, costura, cola, monta, desmonta e inventa! Psicóloga, curiosa, falante e agora colunista.

06
set

F.I.T: fotografia, arte e sentimento humano com Roberto Benatti

Olá leitores do Anita Bem Criada, tudo bem?

Já feito o primeiro post (quem não viu ainda, clique aqui!), prometo hoje eu não vou contar a história da minha vida pra vocês, embora eu vá sempre compartilhar algo dela com vocês ok? (risos).

Considero a oportunidade de viajar uma das mais importantes para a nossa existência, seja cultural, existencial, para a saúde mental e até física.

Em todas as viagens eu considero absorver um pouco para a bagagem e sempre procuro estudar, adquirir conhecimentos, fazer workshops, visitas técnicas para expandir minhas referências além do meu consciente e inconsciente criativo.

Na minha última viagem a NY eu fiz questão de visitar Museu do FIT : Fashion Institute of Technology. São dois anexos, literalmente dois quarteirões dedicados à moda nas ruas 27 e 28 com a Sétima Avenida, sempre há exibições, o acervo é histórico e imenso nesse que é considerado um dos maiores museus de moda do mundo.

Chegando lá me deparei com uma exposição onde os manequins encenam as facetas dos sentimentos humanos.

Particularmente, uma das coisas me mais me chama atenção na moda é um pouco do lado surreal das coisas. Fico fascinado…

REVIGORADO       fit 1fit 2

DETERMINADOfit 3

DESEJADAfit 4

AMADAfit 5

ENROLADOfit 6

DESOLADAfit 7

Todas as fotos foram feitas com minha recém comprada Sony A7II e uma lente 50mm f/.95.

Sempre opto por fotografar na rua com uma 50mm (50 milímetros) pois é a distância focal que mais se aproxima do olhar humano e isso faz com que os registros sejam mais reais, já que a ideia das minhas saídas é sempre mostrar o meu ponto de vista perante as coisas.fit 8

FANTASIADAfit 9

VAIDOSAfit 10

SOBRECARREGADAfit 11

ENERGÉTICAfit 12Será que com os padrões/ exigências de beleza e perfeição da nossa cultura e geração estamos nos permitindo vivenciar os sentimentos naturais do ser humano?

Pense nisso!

Para os amantes de moda, leitores do site e/ou viajantes como eu, vale a pena agendar uma visita no Museu, fazer os cursos do FIT ou dar uma esticada quando estiver batendo perna por NY mesmo sem programar (o que mais gosto de fazer).fit 13 http://www.fitnyc.edu/

Se chegou até aqui um abraço e até a próxima.

Me siga no Instagram: @benattifoto

Ou escreva: contato@robertobenatti.com

Fotos: © Roberto Benatti  – Todos os direitos Resevados

Roberto Benatti é fotógrafo Profissional especializado em fotojornalismo, moda, casamentos e still. Certificado pela CanonCollege Brasil e Canon Live Learning em San Francisco, com diversos trabalhos publicados em jornais, revistas, capas de revistas, especiais, sites e blogs. Também é Videomaker, Músico e agora colunista. Considera impagável ter a liberdade como estilo de vida e não gostava de viajar até sair do país pela primeira vez.

02
set

Dorsé – vamos conhecer?

Hoje vou falar de um lugar, que primeiramente me fisgou pelo nome: Dorsé

Esse nome faz uma brincadeira com a pronúncia do Museu d’Orsay (leia-se Dorsé) de Paris, que no passado dava lugar a uma estação ferroviária, assim como nosso Museu de Artes e Ofícios, na Praça da Estação, bem pertinho dali. Daí a inspiração! A vista do restaurante é privilegiada, pois está à beira do parapeito histórico da Rua Sapucaí que margeia o Viaduto Santa Tereza.

paisagemNão é um charme?!

O Dorsé foi inaugurado dia 07/11/2015 sob a administração dos proprietários Gustavo Castro, Elmo Barra e Ellen Nascimento.

A proposta deles é ser um misto de bar e restaurante, com atendimento diferenciado e com uma pegada informal, o que tem tudo a ver com o bairro Floresta.

Para dar início aos trabalhos vou falar sobre os petiscos:

Fish and Chips

– Coxinha de tapioca (recheada de carne de sol com queijo coalho ou ricota com espinafre)Coxinha Tapioca - Credito Diego Moreira (2)– CevicheCeviche - Credito Diego Moreira– Bruschetta (com massa de pão de queijo)

– Tartar de salmão

Achei super legal eles fugirem do comum e personalizar a coxinha com a massa de tapioca, nunca tinha comido e realmente fica deliciosa, além de ter aquele ar fitness and “glutenless” kkk

A bruschetta com massa de pão de queijo, é de comer rezando!!!

Pratos

Nos dias de semana, o local abre para o almoço (exceto segunda) e o cliente escolhe um grelhado (salmão,tilápia ou bife ancho) que acompanha um “buffet” de 5 guarnições  à vontade, de acordo com a solicitação do cliente. Além de sempre terem a delicadeza de enviar uma entrada de cortesia!parmegianaImagens: Diego Moreira

Há possibilidade também dos pratos do dia:

Terça – Tilápia com risoto de limão siciliano

Quarta – Estrogonofe de carne com cogumelos frescos e batata chips

Quinta – Parmegiana com purê de batata

SextaSteak à Oswaldo Aranha (Steak com alho frito, farofa de ovos e batata chips)

Os campeões de vendas são os de terça e sexta – o Gustavo contou isso pra gente!

Já a noite o cliente escolhe um grelhado e um acompanhamento, o prato vem montado e decorado.

Bebidas

Sucos naturais:

– Laranja

– Limão

– Abacaxi, opção com hortelã

– Melancia

– Maracujá

Chopp Backer, além da carta de cervejas artesanais da mesma.

Long neck da Heineken / Budwiser / Stella

Caip’s, com as frutas do suco, feitas com Smirnoff, Absolut ou com a cachaça da casa (feita lá em Piedade do Rio Grande, terra do Elmo, um dos proprietários)

O MOJITO é muito bom, já está virando o queridinho dos pedidos!

Eles também têm uma adega para quem gosta de vinho, com opções de garrafas que variam de R$ 58,00 a R$ 91,00 reais.

Sobremesas

De sobremesa há duas opções: Petit Gateau com sorvete de creme e doce de leite com queijo.

Pratos muito bem servidos e deliciosos!

copos com dorse ao fundo

Que tal a gente também sair do nosso lugar comum e experimentar um ambiente novo e descolado?!

Ah, e mais – os precinhos são super convidativos!!!!

Alguém já foi?! Me conta como foi sua experiência lá?!

Renata Martins cozinha, corta, costura, cola, monta, desmonta e inventa! Psicóloga, curiosa, falante e agora colunista.