Fresca? Não! Bem criada.

Tag: cultura

09
jul

As vinícolas que conheci em Paso Robles

Quando decidi fazer essa viagem à Califórnia, muitas pessoas torceram o nariz imaginando que eu faria um roteiro óbvio, ou como muitos turistas que procuram os Estados Unidos para compras e passeios em outlets.

Mas quem me acompanha sabe o quanto sou apaixonada por viagens e o quanto às planejo nos mínimos detalhes. Sendo assim, na minha primeira vez na costa oeste americana procurei fugir do óbvio e nas pesquisas que antecederam minha ida conheci mais sobre a região de Paso Robles.

Para quem nunca ouviu falar desse lugar, trata-se de um aglomerado de vinícolas que fica há 212 Km de Monterey e a 230 Km de Santa Barbara pela highway 1. Uma localidade encantadora e uma excelente opção de pernoite para quem curte vinhos!

Dentre as mais de dez vinícolas que Paso Robles abriga, eu e minhas super companheiras de viagem escolhemos cinco: Justin, Daou, Adelaida, Eberle e Villa San Juliette!

Vale lembrar que nessa parte da nossa aventura pela Califórnia dedicamos alguns dias a mais e assim conseguimos conhecer a região com mais calma. Mas para quem tem poucos dias pelo lugar, segue valendo a visita!

Vinícola Justin:
Fundada em 1981, a vinícola Justin é reconhecida por seus vinhos tintos Bordeaux que possuem sabor acentuado devido ao solo rico em calcário fossilizado.

Por lá, eles misturam técnicas rudimentares como a colheita manual e o envelhecimento em barril de carvalho, com a tecnologia utilizada para garantir uma maior durabilidade das uvas.

Vinícola Daou:
O passeio na vinícola Daou foi um dos mais interessante, a começar pela história dos fundadores que tinham uma empresa milionária de computação e largaram tudo para viver o sonho de produzir vinho na Califórnia.  A Daou é uma vinícola que passa por sua segunda geração e é conhecida por ter sua colheira realizada durante a noite, priorizando a qualidade de suas uvas.

Todas as frutas da DAOU Mountain são colhidas a dedo, depois classificadas tanto pelo olho humano quanto pela tecnologia ótica de ponta para garantir a pureza absoluta dos frutos. Usando cem por cento de suco livre, o enólogo Daniel Daou inicia a fermentação com leveduras nativas cultivadas na propriedade. Cada fermentação é personalizada medindo a composição fenólica e usando análise sensorial, permitindo que Daniel oriente o equilíbrio natural e a textura.

Vinícola Adelaida:
O Dr. Stanley Hoffman plantou o primeiro Pinot Noir no terreno escarpado da encosta do que é hoje o Vinhedo HMR no distrito de Adelaida, em Paso Robles. Ele plantou também algumas das primeiras videiras de Cabernet Sauvignon e continuou em 1973 a plantar Chardonnay no Vinhedo HMR.

Os vinhedos que localizam-se a 1400-1800 pés acima do nível do mar produzem vinhos premium engarrafados e bem conceituados.

Vinícola Eberle:
Fundada há 38 anos atrás por Gary Eberle, a vinícola Eberle recebe hóspedes diariamente com degustações de vinho de cortesia, passeios públicos nas instalações de produção e 16.000 pés quadrados de cavernas subterrâneas. Eles também abrigam uma variedade de deliciosos e divertidos eventos realizados na vinícola durante todo o ano. Por lá realizamos uma visita guiada por entre esses incríveis túneis cheios de boas histórias.

Vinícola Villa San Juliette:
Sustentabilidade e responsabilidade ambiental são as palavras de ordem na Villa San-Juliette, que desde 2013 possui o SIP Certified conquistado através de uma auditoria rigorosa de suas práticas de cultivo e operações de vinícolas. O certificação SIP – que significa Sustentabilidade na Prática – é um processo abrangente realizado pela Equipe Vineyard, que representa muito mais do que vinhos “verdes” ou “orgânicos”. Esse selo procura construir comunidades entre as vinícolas e trabalhadores. O resultado é uma rede de agricultores e vinicultores apaixonados e que buscam deixar um legado duradouro e saudável para a próxima geração.

04
ago

Hotel nas Highlands – Culloden House

Sem sombra de dúvidas, iniciar uma temporada na Escócia viajando pelas Highlands, é um ótimo jeito de mergulhar fundo na cultura gaélica e sentir de perto como era viver entre essas paisagens incríveis há alguns séculos atrás.

Nosso primeiro destino nessa jornada foi a cidade de Inverness, a capital das famosas terras altas! De Edimburgo até lá normalmente leva cerca de três horas e meia, mas no nosso caso o trajeto foi mais longo, já que fizemos algumas paradas para conhecer determinados lugares e apreciar a vista.

Em Inverness ficamos hospedados no hotel Culloden House, um castelo do século XVIII que fica um pouco mais afastado da cidade. A opção de não ficar próximo ao centro veio da ideia de vivenciarmos uma experiência diferente, já que em outras viagens sempre optamos pelo murmurinho central!

Como eu disse anteriormente, o Culloden House teve sua origem no final do século XVIII, quando Inverness, atraía diversas famílias da região por conta de seus bailes, assembleias e atividades que só uma capital oferecia na época. Então um anel de mansões surgiu ao redor da pequena metrópole, porém a única que ainda resiste até os dias atuais é a construção onde o hotel está localizado, em um campo aberto e lindíssimo, diga-se de passagem!

A recepção que tivemos ao chegar no hotel foi simplesmente emocionante! A beleza da paisagem e da construção me tomaram por completo e ao som da típica gaita de foles, eu derramei algumas (bastante) lágrimas! A sensação de estar realizando um sonho, de me deparar com cenas dignas de filmes e de parecer estar vivendo em outro século, deixa difícil a missão de não se comover a cada lugar que conhecemos!

A decoração do castelo deixa bem claro que estamos na Escócia! Em cada detalhe é possível enxergar uma estampa xadrez bem típica, seja na roupa de cama ou na mesa de jantar! O nosso quarto era extremamente aconchegante, com uma vista tranquila para o jardim, tudo limpo e perfeitamente pensado!O café da manhã é um caso à parte. Para mim, café da manhã é a hora mais alegre do dia. Em experiências como estas então, nem se fale! E foi algo próximo de “outro mundo”. Tudo no menu era disponível para pedidos: dos chás, aos mais elaborados ovos mexidos com salmão fresco, algo bem típico da região. Realmente um DESLUMBRE!

Isto sem contar a vista para o campo! Meu Deus..  Um sossego, uma paz, uma beleza.. infindáveis!O jantar foi outra experiência memorável. Pesquisamos e chegamos à conclusão de que não poderíamos perder a oportunidade de jantar pelo menos uma noite no hotel. Por ser um hotel antigo e tradicional, nos deparamos com algumas exigências tais como, no jantar inicial, pontualidade e traje social, mas nada que já não estivéssemos preparados! Pedimos entrada, prato principal e sobremesa. Para os dois! Tudo minuciosamente preparado e elaborado. Além disso, água, água com gás e vinho. Valeu caloria por caloria!A noite, assim como a estadia de forma geral foi realmente memorável!

Há também o chá da tarde, que acontece, se não me engano de 12 às 17hs. Uma pena não termos tido tempo para ficar e contemplar um pouco mais do hotel. Afinal, a beleza fora dali também é avassaladora. A experiência de se hospedar em um castelo de verdade foi mágica do início ao fim e marcou definitivamente o começo dessa longa e deliciosa aventura que é a Escócia!

Fiquem de olho que nos próximos dias trarei mais dicas de hospedagem e da viagem como um todo!

12
fev

Deixei minha filha de 10 anos com minha câmera em uma exposição de arte e vejam o que aconteceu.

O post de hoje é mais do que especial e me enche de orgulho!

Combinei um passeio com a minha filha, a Maria Clara, e chegando ao local não deu certo. Para não perder viagem eu a levei à exposição “ComCiência”, de Patricia Piccinini no CCBB.

Acredito que o acesso à cultura e arte é uma das coisas mais preciosas que podemos fazer e proporcionar para nossos filhos. Como um fotógrafo que se preza, eu não vou a um passeio nenhum, muito menos com minha filha, sem uma de minhas câmeras, ainda mais depois de migrar para o sistema “mirrorless” onde além se ter um equipamento mais leve, prático e discreto, ele pode estar sempre comigo.

Enquanto estávamos na fila pedi para que ela segurasse a câmera por uns instantes para que eu pudesse pegar os documentos e, quando voltei o olhar, lá estava ela já com o olhão no visor, todo aquele entusiasmo e vontade de explorar um mundo novo que toda criança de 10 anos tem.

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“A Magia acontecendo”

À beira de entrar na exposição notei que isso seria muito interessante, interativo e já que estamos nos conectando de novo seria uma boa ideia. Mas não dava tempo nem de introduzir a ela o conceito da fotografia e eu nem queria que ela utilizasse a câmera em Modo Automático (sim aquele verdinho) pois eu queria ver até onde a capacidade criativa dela poderia chegar com uma câmera nas mãos.

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“Deixe sua câmera em Modo Automático (o verdinho da rodinha) e abra mão das escolhas que toda a criatividade da fotografia pode lhe proporcionar.”

Como já disse aqui, gosto de sair com lentes 50mm, pois é a distância focal que se mais se assemelha ao o olhar humano. A que estava com ela 50mm f/0,95 toda manual, inclusive o foco, o que torna o desafio mais prazeroso.

Deixei na abertura máxima e a ensinei apenas aqueles dois conceitos que eu considero essenciais na fotografia e que eu já trouxe aqui para vocês no último post: Foco e Exposição.

Não quis ensinar nenhuma outra técnica ou regra. Queria que ela se descobrisse de forma natural, pura e desenvolvesse seu próprio olhar. Quis que ela registrasse com sua intuição genuína e contasse a sua própria história a partir da sua percepção.

Esse ano eu desenvolvi uma oficina e vivência que se chama “O Despertar do Olhar” (clique em outra aba e veja depois) onde eu abordo conceitos em atividades práticas e criativas que visam o desenvolvimento da percepção visual e fotográfica de cada um. Fiquem atentos pois em 2017 eu vou voltar com as turmas!!

E para minha surpresa e de forma totalmente espontânea eu estava ali, com a minha filha em seu “Despertar do Olhar”.

Ao descarregar o cartão e transferir as fotos, além de ficar impressionado com resultado eu cheguei à conclusão de o quão fantástico pode ser quando fotografamos desprovidos de ego, vontade nem necessidade de fazer o melhor registro e nem ser melhor que ninguém, ter o melhor post, mais curtidas e o principal, que não devemos nunca perder essa essência pois é o que nos faz ter uma identidade, e muito menos o lado lúdico do nosso olhar.

Convido vocês a verem o quanto é interessante um passeio por uma exposição de arte pelo olhar de uma criança de 10 anos.

Vale mencionar que eu não fiz nenhum tipo de tratamento, correção, aplicação de filtros ou efeitos. Considero essa parte do processo essencial na fotografia atual mas nesse caso, exportar as fotos do jeito que elas foram registradas e saíram da câmera deixa percepção e sentido dessa sequência muito mais interessante.

Vejam:

 

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Sony alpha A7MII – 50mm f/0.95 Créditos: Maria Clara Fernandes Benatti

Como eu disse, tem sido um recomeço pra gente, mas olhando bem as fotos da Clarinha percebi que o quanto mais eu conheço, descubro e reconheço a essência dela, mais eu conheço, reconheço e descubro sobre mim. :’)

Roberto Benatti é fotógrafo Profissional especializado em fotojornalismo, moda, casamentos e still. Certificado pela Canon College Brasil e Canon Live Learning em San Francisco, com diversos trabalhos publicados em jornais, revistas, capas de revistas, especiais, sites e blogs. Também é Videomaker, Músico e agora colunista. Considera impagável ter a liberdade como estilo de vida e não gostava de viajar até sair do país pela primeira vez.

21
dez

Mercados de Natal

O Natal está chegando! Dezembro talvez seja o mês do ano em que há mais confraternizações do que todos os outros. É tempo de reunir a família e os amigos, seja para almoços, jantares, ou amigo secreto. É tempo de festas e de muitas alegrias. É tempo de comprar presentes para quem amamos.

Mas, como tudo nessa vida não são flores, também temos o outro lado da moeda: shoppings lotados e produtos com preços nas alturas. A impressão que dá é que as pessoas se animam tanto para as compras que saem ansiosas para gastar todas as economias do ano.

Ainda que você faça o tipo de consumidor consciente, é quase impossível não gastar além da conta nessa época do ano! Só que esse cenário pode ser tão diferente!1Foto: austria.info

Quem já teve a oportunidade de comemorar o Natal em alguns países do hemisfério Norte, famosos por seus mercados de Natal, sabe do que estou falando!

Fica uma sensação de que falta algo por aqui. E não é da neve que estou falando não! Quer dizer, também…rs. Mas o principal é que os mercados de Natal acontecem ao ar livre, geralmente em pontos estratégicos das cidades, como, por exemplo, nas medievais praças centrais.

As ruas ficam lindamente decoradas e iluminadas, as crianças divertem-se em carrosséis, as canções natalinas tocam sem parar. Essa é, sem sombra de dúvidas, uma experiência muito mais, digamos, genuína!23Fotos: wien.info

Pensando nisso, fiquei curiosa para descobrir de onde e como surgiu essa encantadora tradição. Acredita-se que o precursor dos mercados de Natal é o Dezembermarkt (em português: Mercado de Dezembro) da cidade austríaca de Viena.

Isso porque no ano de 1296 o imperador Albrecht I concedeu aos comerciantes o direito de manter um mercado por um ou dois dias, logo no início do inverno, para que os moradores da cidade pudessem estocar suprimentos para enfrentarem o frio nos meses seguintes.4Foto: The Telegraph

A partir daí começaram a surgir em toda Europa os mercados de inverno (Wintermärkte). Originalmente, as feiras forneciam apenas alimentos e utilidades para aumentar o conforto das pessoas nos meses de frio intenso.

Porém, com o passar dos anos, as famílias locais passaram a montar barracas para expor a venda os seus produtos, tais como, cestas, brinquedos, esculturas em madeira, castanhas, pães e outras guloseimas. Esses produtos eram então adquiridos para serem oferecidos de presentes no dia do Natal.

Pouco mais de uma década depois, os mercados de invernos passaram a ser conhecidos como mercados de Natal e tornaram-se uma tradição.

A história afirma que foi na Alemanha que surgiram os autênticos mercados de Natal. O primeiro teria surgido na cidade de Munique em 1310, seguido por Bautzen, em 1384, e Frankfurt, em 1393. Mas a questão está longe de ser pacífica, pois há quem atribua a Dresden o primeiro mercado de Natal verdadeiro, em 1434.

De qualquer forma, o fato indiscutível é que a tradição continua firme e forte até hoje. A maioria das cidades com origem alemã tem um mercado de Natal. Na Europa é muito comum.

Tive a oportunidade de conhecer alguns em Paris, Londres, Berlim, e Praga. Fora do continente europeu, cidades do Reino Unido, Estados Unidos e Canadá também realizam mercados de Natal.

E o que encontramos nesses mercados? Além de serem vendidas várias gostosuras típicas, como vinho quente (o nosso famoso quentão das festas juninas!) e um tradicional pão de Natal alemão com frutas secas, nozes, especiarias e açúcar (que parece o nosso panetone), encontramos artesanatos, brinquedos, livros, ornamentos e objetos de decoração natalina em geral.5Foto: Cologne.de

Os mercados de Natal representam o verdadeiro espírito festivo natalino. O charme da tradição, que remonta a quase um século, e a emoção de passear em um mercado ao ar livre fazem com que essa experiência seja única e inesquecível! Uma pena que não temos nada parecido no Brasil!

Bianca Cobucci é Defensora Pública, Mestre em Políticas Públicas e coordenadora do Projeto Falando Direito; Autora do blog Teoria da Viagem. Escreve sobre os direitos do consumidor relacionados à viagem e turismo, bem como sobre os países e lugares que já que visitou.

12
dez

Minha rotina: trabalho, dieta, chuva, ballet, academia, eventos, museu, Nando Reis, etc..

O vídeo de hoje, como naturalmente vocês já sabem, é daqueles vlogs beeeeem típicos, portanto, com muito trabalho, correria, evento, e “Projeto Real da Vida Real com a Anita” em dia! Uhuuu!

Tem toró de chuva, detalhes da minha dieta, aula de ballet, de abdominal e de glúteo, inauguração do Museu da Moda, show do Nando Reis na loja nova da Vivo no BH Shopping e muito mais.

Vem ver!

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