Oi pessoal! Hoje trago para vocês dicas imperdíveis sobre Jericoacoara, praia localizada no litoral
do Ceará pela qual sou apaixonada. Aliás, estou longe de ser a única que adora curtir esse lugar
incrível! Todos meus amigos que já foram em Jeri falam super bem de lá!
Chegar em Jeri não é tarefa fácil. Requer tempo e disposição, mas compensa. O aeroporto de
Fortaleza, que está a aproximadamente 300 quilômetros de distância, é o mais próximo de Jeri. O
tempo de viagem entre essas duas cidades varia conforme o meio de transporte escolhido e a forma
como será feita, pois é possível ir direto ou parando nas praias pelo caminho.
Quando fui, fiquei com dúvidas a respeito do meio de transporte ideal para chegar lá. Você pode ir
de Fortaleza para Jeri de van, 4X4, helicóptero, ou alugar um carro. Os serviços de transfer podem
ser privativos ou compartilhados. Depois de pesquisar preços e condições, utilizamos o serviço de
concierge do cartão MasterCard Black e contratamos o serviço de van compartilhada, o que foi
feito pela Tam Viagens. Na época, foi o melhor custo-benefício. Claro que o percurso de 4×4 pelas
praias deve ser sensacional! Mas o preço para um casal somente não era dos melhores. Talvez essa
seja uma boa opção para quem viaja acompanhado de mais pessoas, a fim de diluir o valor cobrado.
De helicóptero, então, nem se fala! Embora seja muito caro, é a opção mais rápida, o percurso leva
somente uma hora.
O transfer que escolhemos foi feito com uma van executiva até o município de Jijoca. Lá é preciso
trocar de veículo e pegar uma Toyota jardineira (4×4). Esse tipo de viagem leva em média seis
horas, sem parar para conhecer as praias que estão ao longo do caminho. As saídas ocorrem
diariamente, bem cedinho pela manhã, dos hotéis ou do aeroporto de Fortaleza. O percurso é muito
tranquilo, embora demorado. O ponto de encontro para trocar de veículo em Jijoca é um posto de
gasolina, onde é possível esticar as pernas e fazer um lanchinho rápido.
De Jijoca até a praia de Jeri demora aproximadamente uma hora. A gente vai sacolejando na
jardineira, mas é bem divertido!
O visual também é muito bonito, com dunas e mar. A parte desagradável é ter que passar nos hotéis antes do seu para deixar os demais passageiros. Mas, para a minha alegria, o nosso hotel foi um dos primeiros!
Quando chegamos no hotel e entramos na recepção, demos de cara com uma piscina linda e super convidativa! O dia estava ensolarado e eu desesperada para dar um mergulho no mar (coisas de brasiliense…rs). Ficamos hospedados no Blue Residence, cujo dono é o mesmo do Essenza. Aliás, eles ficam um ao lado do outro, bem na frente da praia, em uma localização privilegiada entre a famosa duna do pôr do sol e a rua principal de Jeri.
Assim que deixamos nossas bagagens no hotel fomos à belíssima duna do pôr do sol, a cinco minutinhos de caminhada tranquila do hotel. Subir na duna é um dos passeios imperdíveis em Jeri.
Em Jeri, é muito comum ver alguém oferecendo passeios. Para quem está indo pela primeira vez, acredito que o ideal seja contratar um serviço desses com guia turístico. Afinal, o guia te busca no hotel, em geral de buggy, e te leva para conhecer locais um pouco afastados da praia de Jeri.
Contratamos o passeio de buggy em uma das lojinhas da vila. Uma dica é não contratar no primeiro lugar que encontrar esse tipo de serviço. O mais indicado é dar uma volta, conversar com os bugueiros, comparar preços, sentir confiança no serviço oferecido e só depois contratar. Em geral, os preços dos passeios são a partir de R$ 180 por buggy para até 4 pessoas.
Escolhemos fazer o passeio que vai para Pedra Furada, praia do Preá, Lagoa do Paraíso e Lagoa Azul. Depois de conhecermos a Pedra Furada, o guia nos levou para a praia do Preá, onde tem a famosa árvore da preguiça. Em seguida, fomos conhecer a Lagoa do Paraíso. Lá comemos um peixinho na brasa bem gostoso e descansamos naquelas redes que ficam dentro da lagoa. Quando fomos em Jeri, nos disseram que fazia bastante tempo que não chovia por lá. A Lagoa Azul estava super seca. Fomos até lá para conhecer, mas nem chegamos a descer do buggy.
No dia seguinte, alugamos um quadriciclo para andar em direção ao lado oeste de Jeri. Da mesma forma que o outro passeio, esperamos o guia no hotel. A diferença é que o guia vai na frente dirigindo uma moto e nós vamos atrás no quadriciclo. Entramos no Parque Nacional de Jeri e seguimos em direção a Mangue Seco, uma vila de pescadores com um lago, onde é possível fazer um passeio de barco e ver cavalos marinhos. Continuamos pela praia e chegamos em Guriú, outra pequena vila de pescadores, próxima à margem de um rio. Nesse local, é possível atravessar o rio e chegar em Tatajuba. Decidimos não atravessar e aproveitar para andar de quadriciclo, apreciando aquele visual de praia quase deserta.
Para quem é fã de esportes, em Jeri não faltam opções! A praia é considerada uma das melhores para a prática do kitesurf e windsurf, já que o vento é constante. Além disso, você pode alugar pranchas de surf e de stand up paddle, e até se jogar na roda de capoeira que rola nos finais de tarde.
Quantos à gastronomia local, vou confessar que a gente passou a semana inteira jantando no mesmo restaurante, o Tamarindo. E não era por falta de opção! Além da comida super saborosa, o ambiente é aconchegante, com um estilo romântico, e o atendimento impecável. Super indico!
Bianca Cobucci é Defensora Pública, Mestre em Políticas Públicas e coordenadora do Projeto Falando Direito; Autora do blog Teoria da Viagem. Escreve sobre os direitos do consumidor relacionados à viagem e turismo, bem como sobre os países e lugares que já que visitou.