Olá, leitores do Anita Bem Criada. Tudo bem? Vocês sabem porquê nos dias de hoje a qualidade das fotos com o telefone celular estão cada dia melhor (de dia rs)?
Se vão ou já estão disputando o mesmo espaço é um assunto passível de discussão. O fato é que a apenas no Instagram são postadas diariamente mais de 60 milhões de fotos.
A fotografia passou ser um recurso indispensável em qualquer situação por conta do fator “registro” e isso tem aberto mais o leque de possibilidades com essa “profundidade de campo” rs .
Isso fez com que a popularidade da fotografia fosse crescendo ao longo do século e a cada dia se tornando mais acessível a medida que esse recurso, aliado a técnica, percepção e sensibilidade foi ganhando espaço como atributo de informação, reflexão, científico, histórico, inspiração, arte, choque, influência, impacto cultural e principalmente comercial.
Com já diz Marvin Heiferman com o titulo de sua obra – “Photography Changes Everthing”.“A Fotografia Muda Tudo”, de Marvin Heiferman.
Contudo e com digitalização do processo (do filme para o sensor), toda luz que é física passou a ser transformada em informação (0 e 1) e são através de pequenas células, chamadas fotodiodos, que a luz é convertida, codificada e assim transformada em pixels, logo… “Fez-se a luz…”, temos uma imagem/foto/registro/chapa/fota/selfie/click/shot/pic, chame do que quiser, o importante é se comunicar.
Mas, a necessidade gera evolução e com “lei do menor esforço” imperando nossa era, hoje temos disponível a possibilidade de fazer registros apenas tirando do bolso o telefone celular e tocando na tela. O que é fantástico!
Posso confessar que essa “mobifacilidade” (sim eu invento algumas palavras) que me permitiu descobrir o qual fascinante é o mundo da fotografia.
Minhas primeiras investidas foram justamente quando telefone celular passou a ter uma câmera que permitisse tirar fotos mais aceitáveis , mais precisamente testando o até então, o recém lançado e desconhecido Instagram.
Abril de 2012, 1 misero e “estaiado” like. Meu primeiro.
Sempre gostei de me comunicar com imagens e na época ter uma rede social que me permitisse comunicar através de imagens pra mim era um refúgio.
Um framezinho quadradinho só meu, onde pudesse testar o que minha percepção via sempre, apenas tocando na tela era muito prático e começou a me fascinar.
Ai vieram as hashtags, Zuckerberg e plim, comercializaram a parada e o Instagram virou um universo de infinitas possibilidades e negócios.
O resto é “SDV”, “troco likes” , e mais de 500 milhões de usuários de uma história que estamos ajudando a escrever, legal né.
Quem nunca pensou em fazer negócios com o Instagram que atire a primeira pedra.
A moda é tão incrível e cíclica que voltamos a era de andar com telhas nas mãos, ou seja, hoje em dia quanto maior o aparelho mais na moda a pessoa está, premissa totalmente repudiada há 10 anos atrás.
Ótimo para os fabricantes de celulares pois essa aceitação e a necessidade de telas cada vez maiores também tem permitido que os fabricantes acoplem sensores maiores nos aparelhos, aumentando a quantidade de megapixels, fazendo com que a qualidade da imagem (de dia) seja cada vez melhor, que mesmo em condições de pouca luz (escuro/noite) a imagem seja aceitável e que o aparelho venda. $$$
“Iphone Size Evoution”, NewAtlas.com
Meu celular nem é dos maiores e já tem quase o mesmo tamanho do corpo de uma das minhas câmeras e olha que essa é das que eu levo pra guerra hein. #omgMas o que quero dizer com qualidade de imagem cada vez melhor “de dia”?
Porque quanto mais o motivo/assunto estiver iluminado, mais informação os fotodiodos conseguem captar sem precisar compensar com algum recurso eletrônico, logo se a luz do dia é até hoje a maior fonte de luz disponível para nos humanos, se não tiver uma boa fonte de luz, de dia sempre será melhor para você.
E porquê a noite ou no escuro elas ficam tremidas ou com ruído?
Isso acontece porquê os algoritmos que ajustam a exposição nesses dispositivos precisam compensar a falta de luz, seja com eletronicamente com o ISO (aqueles grãozinhos que vemos nas fotos) e/ou aumentando o tempo de exposição no sensor, borrando e/ou tremendo a imagem, e muitas vezes arruinando-a.
Ahh Ok, e as fotos com a a câmera traseira? Elas sempre são melhores do que a frontal, por que ?
Porque o sensor da câmera frontal é muito menor do que o sensor da câmera traseira, pegue seu celular agora e veja a diferença do tamanho das lentes que cobrem esses sensores.
Agora, devido a nossa necessidade diária de fazer selfies e o business em torno disso, já estão acoplando sensores maiores nas câmeras frontais.Uma das duas câmeras traseiras (sensor e lente) do Iphone7 sendo apresentados na Keynote. Set/2016Uma câmera com lente angular com 28mm e maior “abertura f/1.8 – 50% mais luz.“
A segunda câmera com 56mm e abertura f/2.8. Mais zoom com mais qualidade.
Só pra tecnicamente derrubar esse mito de que a quantidade de Megapixels não influencia na qualidade da imagem, matemática básica de um raciocínio rapidinho aqui:
“Quanto mais megapixels mais informação o sensor capta, quanto maior a quantidade de informação mais detalhe, quanto mais detalhe mais qualidade.” 😉
Por isso, em termos de qualidade, mesmo um Iphone Plus sendo maior que o corpo de uma das minhas câmeras mirrorless, a diferença está no tamanho do sensor e obviamente na ótica, construção e tamanho das lentes que eu uso.
“Nossa que foto! Sua câmera é boa mesmo hein…” #humpf
Pra mim uma boa imagem pode ser feita com qualquer dispositivo, se ela causou algum tipo de impacto é o que vale, agora, se e como ela pode ser usada já é outra discussão, até porque ver uma foto na tela do celular, naquele framezinho do Instagram em outra aplicação é outro papo pra manga.
Equipamento não é tudo, mas o investimento em equipamentos mostra pra mim a seriedade e preocupação que cada fotógrafo tem com a qualidade e entrega do seu trabalho e isso sim faz a diferença.
Nunca na nossa história o mundo se comunicou tanto com imagens como hoje e isso é incrível.
Ainda mais agora com lançamentos como o Iphone7, com câmera traseira de 12mp abertura em f/1.8, frontal de 7mp e na versão plus com duas lentes traseira, uma grande angular (padrão) e telefoto (para longe), sem falar no Google Pixel XL com 12.3mp, frontal de 8mp e lente com abertura f/2 e do Sony Xperia XZ com incríveis 23 MP, a f/2.0 13MP câmera frontal #SonyRules, as coisas só irão melhorar. E eu adoro isso!
Use e abuse do seu celular mesmo, por isso hoje eu te desafio a não só fazer aquela selfie do dia mas a tentar registrar um por do sol, ou as montanhas, já reparou que nossa cidade é rodeada delas?
Tente achar onde a luz de alguma coisa consegue entrar, tente também olhar pra cima, ver como as árvores são lindas acima do seu carro ou de onde estiver, como um reflexo pode mostrar algo que você nem percebeu, ou como o contraste de um prédio e o azul do céu fica lindo dentro do frame e da tela do seu celular, vai por mim, seu sensor agradece .
Quem sabe esses insights também não te despertam uma vocação, prova viva aqui falando.
Fiquem sempre antenados aqui no Anita Bem Criada que no próximo post vamos falar um pouco de composição. Eu vou te ensinar como dar um up nas suas fotos com pequenas dicas que você nem vai precisar anotar.
Bom dia pra quem fica e boas fotos pra quem clica. 😉
Gostou? Tem alguma duvida? Escreva, comente! Vou adorar te responder.
Roberto Benatti é fotógrafo Profissional especializado em fotojornalismo, moda, casamentos e still. Certificado pela Canon College Brasil e Canon Live Learning em San Francisco, com diversos trabalhos publicados em jornais, revistas, capas de revistas, especiais, sites e blogs. Também é Videomaker, Músico e agora colunista. Considera impagável ter a liberdade como estilo de vida e não gostava de viajar até sair do país pela primeira vez.