Fresca? Não! Bem criada.

Tag: Bianca Cobucci

06
dez

Especial de Lua de Mel: Havaí parte 2

Oahu é a ilha mais desenvolvida do Havaí, onde está a maioria dos residentes e a que recebe o maior número de visitantes. Daí já se pode notar que não faltam opções de lazer. Mas quantos dias são necessários para aproveitar bem todos os passeios imperdíveis da ilha? Bom, nós ficamos quatro dias inteiros em Oahu (sem contar os dias de chegada e de saída), período que considero ideal para aproveitar com calma o que a ilha tem de melhor para oferecer.

A ilha é grande, por isso, para ganhar tempo na locomoção, ficamos hospedados em Waikiki nos dois primeiros dias e em North Shore nos dois últimos. Tempo é um bem super valioso sempre, sobretudo em viagens! Por essa mesma razão, os passeios abaixo serão listados por área e não por ordem de preferência (mesmo porque cada um tem um gosto, né?). Assim fica fácil definir o roteiro!

Waikiki

Waikiki é o nome dado à região que engloba algumas praias, incluindo a praia de Waikiki (em frente aos hotéis Royal Hawaiian e The Moana Surfrider), Kuhio Beach (ao longo da Avenida Kalakaua), Fort DeRussy Beach a oeste, e Queen Surf Beach, área próxima ao vulcão Diamond Head.

A praia de Waikiki é uma das mais populares do mundo. Para se ter uma ideia, recebe nada menos do que quatro milhões de turistas por ano.

O mar de Waikiki é delicioso, quentinho e de uma cor azul meio leitosa incomparável.

Vale a pena separar um dia para curtir a praia em frente a um dos hoteis mais famosos de Waikiki, o The Royal Hawaiian. Nele, já ficaram hospedados membros das famílias Roosevelt e Rockfeller.

Para quem animar andar pelo calçadão e tiver tempo de sobra, ao lado da praia de Waikiki, está o Fort Derussy Beach, onde tem uma área com mesas, cadeiras e parquinho. Aliás, caminhar pela região de Waikiki é super agradável. Na Kalakaua Avenue, por exemplo, você encontra muitos hoteis, lojinhas, restaurantes, e bares.

Um lugar interessante para quem gosta de compras é o International Market Place. O shopping é praticamente ao ar livre, com uma arquitetura super charmosa integrada à vegetação. Marcas famosas como Sak’s, Loubotin, Burberry, Michael Kors, L’Occitane, entre outras, podem ser encontrados lá.

Se você preferir natureza e trilhas a compras, a pedida é conhecer o Diamond Head. Lá você terá uma das vistas mais bonitas de Waikiki. A trilha mais legal leva você até a borda de uma cratera de 300 mil anos. Fique atento porque o portão do parque fecha às 18hs e somente são permitidas caminhadas até às 16:30. Além disso, o estacionamento é limitado e o pagamento somente pode ser feito em dinheiro. O acesso ao parque custa 5 dólares por carro ou 1 dólar por pessoa/pedestre.

Outro programa absolutamente imperdível é ver o por do sol em Waikiki. Em qualquer ponto da praia, o visual é inesquecível, mas vale separar um dia para tomar um drink no Banyan Beach Bar, do hotel The Moana Surfrider, enquanto o sol cai no mar.

Também não pode faltar na sua programação assistir a um show de hula no gramado próximo à estátua do Duke Kahanamoku, pai do surf moderno, em Kuhio Beach. Antes de começar, as tochas que iluminam o calçadão são acesas, o que dá um charme extra ao evento. O show tem início às 18:30hs (de dezembro a janeiro às 18hs), é gratuito, e realizado todas as terças, quintas feiras e sábados.

Você também pode assistir ao show de hula e de fogos do Hilton Hawaiian Village, que acontece todas as sextas-feiras. Se preferir economizar, é possível assistir apenas à queima de fogos no calçadão de Waikiki. O show pirotécnico começa às 19:45 durante os meses de setembro a abril e às 20hs de maio a agosto. Maiores informações, basta acessar o site do hotel.

Ainda que você não vá assistir ao show de hula do Hilton Hawaiian, um passeio por lá é bem agradável. A praia é bonita e tem um centrinho comercial bem charmoso.

Do lado direito do hotel, a praia é ótima para as crianças!

 Downtown Honolulu

Na região central de Honolulu, você pode visitar a Aloha Tower, que já foi o prédio mais alto da cidade, com 56 metros de altura. É possível subir até o topo para ver Honolulu. A vista não tem nada demais, porém é gratuita. Não custa subir se você já está lá. Tem um complexo de lojas e restaurantes, o Aloha Tower Market Place, mas é bem simples. É um passeio que você não vai gastar mais do que 15 minutos.

Sabia que o único palácio real dos Estados Unidos está no Havaí? Eu não sabia até ir lá! De 1882 a 1893, o Palácio Iolani foi a residência oficial dos dois últimos monarcas do reino havaiano, o rei Kalakaua e sua irmã e sucessora, a rainha Liliuokalani.

Outro palácio que merece uma visita é o Aliʻiōlani Hale, onde está a estátua do Rei Kamehameha. Atualmente, abriga a Suprema Corte e o Centro Histórico Judiciário.

 Leste

Um dos meus lugares favoritos de Oahu, Hanauama Bay é uma praia fechada lindíssima em uma cratera de vulcão e perfeita para snorkeling. Quando você chega, precisa assistir um vídeo (meio chatinho) no Marine Education Center antes de ir para a praia. Localizado em um parque, o acesso à praia é pago. Custa 1 dólar o estacionamento e 7,5 por pessoa.

No leste de Oahu, duas praias que valem a pena conhecer são Kailua e Lanikai. A primeira é conhecida por ser ótima para a prática de windsurfe e kitesurfe. No finalzinho dela, fica o acesso para Lanikai, considerada uma das praias mais bonitas do Havaí.

Se bater a fome ou a vontade de tomar uma cerveja local (ou os dois! rs) dê uma paradinha no Buzz’s Original Steakhouse, em Kailua.

North Shore

Se você gosta de história americana, uma visita a Pearl Harbor deve ser incluída no seu roteiro. Visitamos o USS Arizona Memorial, local onde estão os destroços do navio USS Arizona que afundou durante o ataque a Pearl Harbor. Antes de começar o passeio, é preciso assistir a um filme sobre o ataque bem interessante. Se tempo não for problema, você pode fazer o tour completo e incluir as visitas ao navio USS Missouri, ao submarino Bowfin, e ao Pacific Aviation Museum.

A entrada para o Arizona Memorial é gratuita. Todo o programa dura uma hora e 15 minutos e inclui um documentário de 23 minutos sobre a história de Pearl Harbor e uma curta viagem de barco de e para o memorial. As reservas estão disponíveis no site recreation.gov e é necessário retirar os ingressos no balcão de bilhetes do National Park Services pelo menos 1 hora antes do horário do ingresso. Além disso, existem 1.300 ingressos gratuitos emitidos a cada dia para quem não reservou.

Para curtir uma atmosfera super zen, recomendo visitar o Byodo-In Temple. O templo é uma réplica de menor escala do Templo de Byodo-in, de mais de 950 anos de idade, Patrimônio da Humanidade das Nações Unidas, localizado em Uji, no Japão. Localizado no sopé das montanhas Ko’olau e cercado por belos jardins japoneses, foi construído em 1968 para comemorar o aniversário de 100 anos dos primeiros imigrantes japoneses para o Havaí.

Os exuberantes jardins incluem estátuas, uma grande lagoa, áreas de meditação e pequenas cachoeiras. Está aberto das 8:30 às 17:00 diariamente. A última entrada é às 16:45. A entrada no Templo de Byodo-In custa 5 dólares, Idosos de 65 ou mais pagam 4 dólares e crianças de 2 a 12 anos pagam 2 dólares.

Dê uma parada no Nuuanu Pali Lookout, um dos melhores pontos panorâmicos de Oahu e com importante significado histórico para o Havaí. Nesse local ocorreu a Batalha de Nuuanu, quando, em 1795, o Rei Kamehameha ganhou a luta que uniu Oahu sob seu domínio.

Outro lugarzinho super agradável para bater perna é Haleiwa Town, onde está situada a galeria do incrível fotógrafo havaiano, Clark Little. É em Haleiwa também que você vai poder experimentar o famosinho Shave Ice do Matsumoto.

Por último e não menos importante, sugiro fortemente conhecer as magníficas praias de Sunset, Pipeline e Waimea.

Para quem curte snorkel, Sharks Cove é uma excelente opção.

Se você tiver tempo, recomendo conhecer as praias do Turtle Bay Resort, onde ficamos hospedados. O hotel fica na divisa de duas praias: Turtle Bay e Kuilima Cove. Ambas são lindas, como todas no Havaí, mas Kuilima Cove tem um diferencial:  o sensacional restaurante Roy’s Beach House.

Lembre-se de sempre guardar o finalzinho da tarde para apreciar o belíssimo sunset do Havaí.

Espero ter conseguido passar pelo menos um pouquinho do que tem de melhor em Oahu! Essa é ou não é uma ilha havaiana imperdível? E fiquem ligados porque os próximos posts sobre o Havaí também virão recheados de dicas! Até a próxima leitura!

Bianca Cobucci é Defensora Pública, Mestre em Políticas Públicas e coordenadora do Projeto Falando Direito; Autora do blog Teoria da Viagem. Escreve sobre os direitos do consumidor relacionados à viagem e turismo, bem como sobre os países e lugares que já que visitou.

15
nov

Café da manhã na Tiffany’s!

Audrey Hepburn imortalizou a clássica cena do filme Breakfast at Tiffany’s, no papel de Holly Golightly, em que aparece com um vestido de noite preto, pérolas e óculos de sol, tomando café com um croissant na mão, enquanto olha para as janelas da loja na famosa Quinta Avenida, em Nova York.

Cinquenta e seis anos depois, a cena do filme poderia ser diferente. Ela poderia entrar na Tiffany’s para tomar café no recém-inaugurado restaurante no quarto andar, o Blue Box Café.

Inaugurado na sexta-feira (10/11), o Blue Box Café, que tem vista para o Central Park, servirá diversas opções para os apreciadores da alta gastronomia. O prato principal tem um custo de 39 dólares, enquanto o café da manhã (croissant e café acompanhado por uma torrada de abacate, ovos mexidos ou salmão defumado) sai por 29 dólares. O serviço de chá é um pouquinho mais caro, US$ 49.

A sofisticada decoração conta com a marca registrada da loja, a elegante cor azul turquesa, que está presente nas mesas, cadeiras e também nas paredes do restaurante.

O Blue Box Café seguirá o horário de funcionamento normal da loja, das 10 às 19 horas, de segunda a sábado, e das 12 às 18 horas no domingo. Esse parece ser mais um ótimo programa em Nova York!

Bianca Cobucci é Defensora Pública, Mestre em Políticas Públicas e coordenadora do Projeto Falando Direito; Autora do blog Teoria da Viagem. Escreve sobre os direitos do consumidor relacionados à viagem e turismo, bem como sobre os países e lugares que já que visitou.

 

25
out

Especial de Lua de Mel: Havaí

Escolher um destino de viagem é uma delícia! Ao mesmo tempo, precisamos reconhecer que não é tão simples quanto parece, afinal as opções são quase infinitas! Com tantas informações disponíveis em livros, blogs e guias de viagem, explorar cada cantinho desse mundão lindo nunca foi tão fácil. Ainda que você já esteja decidido a curtir o verão na praia, por exemplo, as possibilidades são inúmeras! Além disso, existem outros fatores que tornam um pouquinho complexo o processo de escolha do destino. Dentre eles, a época do ano adequada e o custo-benefício da viagem.

Invariavelmente, passo pelo processo de decisão olhando para um mapa do mundo que está estrategicamente fixado na parede do meu quarto. As dúvidas, em geral, são as mesmas: qual continente/país/cidades gostaria de conhecer/visitar, quanto tempo é suficiente para conhecer bem o lugar desejado, em que época do ano esse destino poderá ser melhor aproveitado, qual o custo da passagem e hospedagem. Portanto, os fatores decisórios consideram basicamente o local, o tempo e a grana.

Apesar de estar acostumada com isso, ainda assim, sempre fico na dúvida para escolher o próximo destino. E, nesse ano, outro fator surgiu nessa equação. Um fator complicador, mas inquestionavelmente maravilhoso. Minha lua de mel! Escolher onde passaria esse momento inesquecível roubou algumas noites do meu sono. Mas, depois de muitas horas de pesquisa e de ligações para a companhia aérea, definimos o lugar que parecia ideal: Havaí.

Esse conjunto de ilhas paradisíacas localizadas no Oceano Pacífico é um destino clichê para a lua de mel, pelo menos para os americanos. Não me importei nada com isso, muito pelo contrário, queria conferir de perto os motivos pelos quais o Havaí está presente em absolutamente todas as listas de sugestões românticas de viagens. De fato, tive a grata satisfação de constatar que as ilhas havaianas definitivamente não estão nessas listas por acaso.

Optamos por conhecer as quatro principais ilhas, Oahu, Maui, Big Island e Kauai. Claro que voltamos com nossa ordem de preferência, pois cada ilha tem, digamos, personalidade forte e características marcantes. E é sobre cada uma dessas ilhas paradisíacas que escreverei nos próximos posts!

Antes, porém, vale antecipar o básico sobre a viagem para o Havaí:

  • A viagem é longa. No nosso caso, foram três voos de, aproximadamente, seis horas. Então, se possível, opte pela classe executiva.
  • Além disso, considere fazer um stopover na ida ou na volta para diminuir o cansaço dos voos e, de quebra, visitar outra cidade. Optamos por fazer o stopover na volta, em San Francisco, pois já conhecíamos Los Angeles. Se você não conhece nenhuma dessas cidades, recomendo escolher Los Angeles.
  • A melhor forma de chegar no Havaí é pela costa oeste americana. Prefira voos que passem por Los Angeles.
  • Separe, pelo menos, quatro dias para cada ilha. Nós ficamos cinco dias.
  • O deslocamento entre essas ilhas deve ser feito de avião. A média de duração é de 40 minutos. Voamos pela Island Air e Hawaiian Airlines. A segunda companhia é melhor.
  • As ilhas são relativamente grandes. Por isso, em cada ilha, é recomendável a hospedagem em duas regiões diferentes para economizar tempo e energia com deslocamento.
  • O aluguel de carro é imprescindível. Sem ele, você não sai do lugar! Prepare-se para rodar muito.

Vale lembrar que o ponto forte do Havaí é a sua natureza espetacular. Praias, cachoeiras, rios e vulcões, são de tirar o fôlego. Mergulhos, passeios de barco, e voos de helicóptero, são apenas algumas das possibilidades para quem gosta de aventura. Se você curte natureza e quer conhecer o Havaí, acompanhe tudinho por aqui! Veremos as quatro ilhas em quatro posts, com todas as dicas para facilitar sua viagem!

Bianca Cobucci é Defensora Pública, Mestre em Políticas Públicas e coordenadora do Projeto Falando Direito; Autora do blog Teoria da Viagem. Escreve sobre os direitos do consumidor relacionados à viagem e turismo, bem como sobre os países e lugares que já que visitou.

27
set

Gucci Places: conheça os destinos que inspiram a marca!

Que tal ficar por dentro dos destinos que serviram de inspiração para as criações da poderosa grife italiana Gucci? A partir de setembro, os fashionistas e loucos por viagens poderão conhecer todos os locais especiais onde há uma conexão cultural com a marca. O novo projeto é dedicado a quem procura o inesperado em viagens e experiências.

No app da Gucci, será lançada a plataforma Gucci Places, cujo objetivo é mostrar aos fãs da marca quais as cidades inspiraram suas coleções ao longo dos noventa e seis anos de vida.

O primeiro destino a ser mostrado pelo Gucci Places será Chatsworth, propriedade histórica localizada em Derbyshire, Inglaterra, onde a Gucci atualmente está apoiando uma exposição de roupas e objetos intitulada House Style. O mesmo local também serviu como locação para a campanha publicitária Gucci Cruise.

Os serviços de localização geográfica alertarão os usuários do aplicativo para a proximidade de um lugar considerado inspirador para Gucci. Simplesmente amei esse novo projeto da Gucci!!!!

Eu já baixei o app e vou testar a plataforma na minha próxima viagem! O que será que vem por aí? Aposto que só lugar bacana!

Bianca Cobucci é Defensora Pública, Mestre em Políticas Públicas e coordenadora do Projeto Falando Direito; Autora do blog Teoria da Viagem. Escreve sobre os direitos do consumidor relacionados à viagem e turismo, bem como sobre os países e lugares que já que visitou.

23
ago

Direitos e Acessibilidade do Passageiro

Os principais direitos do passageiro com necessidade de atendimento especial estão previstos em um guia publicado pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), com apoio da Secretaria de Direitos Humanos e da Secretaria de Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência, da Presidência da República.

Desenvolvido com base na Resolução nº 280/2013 da ANAC, o Guia de Direitos e Acessibilidade do Passageiro apresenta as regras de acessibilidade que devem ser respeitadas desde a chegada do passageiro com necessidade de atendimento especial nos aeroportos brasileiros até o momento do embarque e desembarque, bem como esclarece em que consistem os deveres das administrações aeroportuárias e das companhias aéreas na garantia do atendimento eficiente aos passageiros que se encontrem nessa situação em todas as etapas da viagem.

Quais são esses direitos?

Em primeiro lugar, é importante dizer que a Resolução da ANAC estabelece credenciais de qualidade e prioridade no atendimento aos passageiros que necessitam de assistência especial, quais sejam, pessoas com deficiência, com idade igual ou superior a 60 anos, gestantes, lactantes, pessoas acompanhadas por criança de colo, pessoas com mobilidade reduzida e aquelas que, por alguma condição específica, tenha limitação na sua autonomia como passageiro.

Fica vedado à companhia aérea limitar a quantidade de passageiros com necessidade de assistência especial a bordo. A companhia deve solicitar, no momento da compra da passagem, informações do passageiro sobre a necessidade de acompanhante, ajudas técnicas, recursos de comunicação e outras assistências.

O passageiro com necessidade de assistência especial deve apresentar-se para o check-in com a antecedência exigida para os demais passageiros. Ao chegar ao aeroporto, ele deve identificar-se aos atendentes da companhia aérea, que a partir desse momento devem prestar atendimento prioritário para check-in e assistência para despacho de bagagem, deslocamento até a aeronave, embarque na aeronave, acomodação no assento, acomodação da bagagem de mão, assistência para usuário de cão-guia, condução ao sanitário, desembarque do viajante, transferência ou conexão entre voos, deslocamento até a área de restituição de bagagem, recolhimento da bagagem despachada, saída da área de desembarque e acesso à área pública.

A administração do aeroporto está responsável por disponibilizar os equipamentos necessários para embarque e desembarque em aeronaves cuja altura de acesso exceda 1,60m. Passageiros em cadeiras de rodas ou transportados em maca devem embarcar preferencialmente pelas pontes de embarque, por equipamento de ascenso e descenso (ambulift) ou rampa. Caso a aeronave seja de menor porte, podem ser usados outros equipamentos, desde que garantam segurança e dignidade do passageiro.

Jamais o passageiro com necessidade de atendimento especial poderá ser carregado manualmente nos procedimentos de embarque e desembarque, salvo em situações excepcionais de emergência e evacuação da aeronave.

Além disso, as companhias aéreas devem transportar a ajuda técnica empregada para a locomoção do passageiro, sem cobrar por isso. A gratuidade, no entanto, está limitada a uma peça (cadeira de rodas, andadores, muletas, bengalas, cadeira bebê conforto, entre outros).

Nos casos em que o passageiro viajar em maca ou incubadora, não tiver o necessário discernimento para entender as instruções de segurança de voo, ou quando não puder atender às suas necessidades fisiológicas sem assistência, a companhia aérea deve providenciar acompanhante, sem cobrança adicional, ou exigir a presença do acompanhante de escolha do passageiro e cobrar pelo assento do acompanhante até 20% do valor do bilhete aéreo adquirido pelo passageiro. Nesse caso, o acompanhante deve viajar na mesma classe e em assento adjacente ao do passageiro, ser maior de 18 (dezoito) anos e possuir condições de prestar auxílio nas assistências necessárias.

Para aqueles que precisam utilizar cão-guia, é importante saber que o transporte desse companheiro deve ser gratuito, com acomodação no chão da cabine da aeronave, em local próximo ao dono.

Registra-se que as administradoras dos aeroportos devem disponibilizar ao público as informações relativas aos direitos de passageiros com necessidades de assistência especial.

As empresas aéreas e as administradoras dos aeroportos estão sujeitas a multas de R$ 10 mil a R$ 25 mil caso descumpram as regras de acessibilidade previstas.

E, caso seus direitos não sejam respeitados, você pode entrar em contato com os seguintes órgãos: Ouvidoria da companhia aérea prestadora do serviço; Ouvidoria da administradora do aeroporto; ANAC (163); Disque 100 – Ouvidoria Nacional dos Direitos Humanos; órgãos de defesa do consumidor, a exemplo dos Procons; Poder Judiciário; Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência – Conade; e Defensoria Pública do seu Estado.

A Acessibilidade é um atributo essencial que deve estar presente em qualquer espaço, pois garante a melhoria da qualidade de vida. Infelizmente, apesar de ser um tema tão importante, ainda é muito pouco difundido. Precisamos mudar a atual cultura e possibilitar o acesso pleno e irrestrito aos espaços para todos. Ajude a divulgar esses direitos!

Para ter acesso ao Guia, você pode clicar aqui.

Bianca Cobucci é Defensora Pública, Mestre em Políticas Públicas e coordenadora do Projeto Falando Direito; Autora do blog Teoria da Viagem. Escreve sobre os direitos do consumidor relacionados à viagem e turismo, bem como sobre os países e lugares que já que visitou.