Dia 1° de setembro foi comemorado o dia da bailarina e como comentei nos stories do Instagram, fiquei muitíssimo feliz com todas as lembranças, recadinhos e delicadezas que recebi! Em agradecimento a todo esse carinho e também para não passar essa data em branco, trago aqui para vocês a última parte do ensaio sobre a minha relação com o ballet!
A ideia nesse trabalho foi transmitir a dualidade existente na dança. A bailarina que nos palcos se apresenta graciosamente, nos bastidores é referência de força e persistência. Nas fotos de hoje, mesclamos elementos clássicos do ballet como tule e polainas com peças carregadas de personalidade, dando uma identidade de moda em cada imagem e desconstruindo o ideal de fragilidade tão comum no gênero.
Fazer esse registro foi a realização de uma vontade antiga. A dança se faz presente na minha vida desde que me entendo por gente e ter a oportunidade de eternizar essa relação com a ajuda de parceiros tão queridos foi uma experiência, sem dúvidas, inesquecível!
Há quem diga que os momentos de incerteza e recessão são ótimos para impulsionar a criatividade dentro de nós. Mais que isso, outros ainda afirmam que o instante de aperto nos convida a reflexões profundas e mudanças de pontos de vista. É inevitável afirmar que atualmente passamos por esse tipo de situação. O mundo hoje vive uma fase de transição e não só a economia, mas o estilo de vida ocidental como um todo, está sendo repensado.
Seguindo essa vibe, nós, enquanto consumidores, estamos também revendo a maneira como compramos. Estamos treinando, aos poucos, um olhar mais consciente diante do que gastamos e buscamos cada vez mais por produtos que reúnam qualidade, propósito e sustentabilidade.
Refletindo tudo isso, entra em cena a valorização da economia local. Marcas e iniciativas que promovem o enaltecimento do que é produzido perto da nossa casa, do nosso bairro ou na nossa cidade, surgem significativamente, agitando a economia ao nosso redor.
Ao adquirir uma mercadoria local, o consumidor contribui com sua comunidade, com a geração de empregos de pessoas vizinhas e tem o benefício de um atendimento diferenciado devido à proximidade com o produtor. De acordo com pesquisas realizadas pelo Sebrae, 95% de todas as empresas no Brasil são consideradas pequenos negócios que produzem 27% da riqueza nacional e empregam 52% dos trabalhadores com carteira assinada.
E o que isso tem com a moda? Bom, o “consumir moda” também está sendo repensado e por conta disso, produtores bem perto de nós estão ganhando espaço no universo do vestuário, dos calçados e dos acessórios. Você precisa saber quem são eles!
LEDFruto do designerCélio Dias, a Led é uma marca de roupas que não se define por gênero. Com peças que transitam entre tecidos nobres e estamparia autoral, a palavra de ordem é autonomia. Seu mais recente projeto, chamado [Re]Invente-se, trata-se de uma parceria com o coletivo Underlight, e tem como objetivo vestir pessoas e despir ideias.
Nessa empreitada, diversas personalidades da cidade foram convidadas a contar suas histórias e provocar uma reflexão sobre padrões.
Carlos PennaBuscando sempre o inusitado, a marca de acessórios do designerCarlos Penna desenha sua história através da resinificação de materiais e formas. Sem se apegar ao conceito de joia, suas peças transitam entre contextos e definições. Porém, a marca acredita que a experiência do produto só é completa quando é dada a relação entre o criador, o objeto e seu usuário.
Com seu design diferenciado e bem elaborado, a marca propõe uma nova forma de se pensar acessórios. Brincos, pulseiras, colares e anéis se transformam em arte, rendendo até uma forte parceria com a galeria Quarto Amado.
Nuu ShoesIdealizada pela dupla Marcela Torres e Marina Lerbach, a Nuu traz um banho de novidades e experimentações na área dos calçados. Sem medo de ousar, a marca acredita na união entre estética e conforto, e propõe sapatos para uma mulher descomplicada e sem disfarces.
Os temas de suas coleções giram em torno de questionamentos sobre espaço e tempo, o que se reflete na variedade dos materiais e das formas desenvolvidas pelas designers. O equilíbrio vanguardista da marca não é novidade só por aqui, os produtos da Nuu Shoes já apareceram nas principais publicações de moda do Brasil.
MoocaAjudando diversos segmentos além da moda, a Mooca é a primeira loja colaborativa do Brasil com aceleração de produtores criativos locais. Originada das mentes inquietas da ex-publicitária Fabi Soares e da designerMarina Montenegro, esse projeto movimenta a economia da cidade desde 2015 e colabora com novos produtores através de consultorias, análises de resultados e workshops.
Todo esse trabalho desenvolvido cuidadosamente, se reflete em produtos criativos de qualidade que estão disponíveis na loja física da Mooca, localizada na região da Savassi, em BH. Esse projeto é a prova de que empoderar o produtor local, traz benefícios a toda a comunidade em volta.
Elisa Santiago é estudante de Design de Moda e uma eterna amante das ruas e das artes. Acredita na roupa como elemento de fala e empoderamento. É quem está por trás do @tens_razão.