Fresca? Não! Bem criada.

Tag: colunistas do Anita

06
dez

Especial de Lua de Mel: Havaí parte 2

Oahu é a ilha mais desenvolvida do Havaí, onde está a maioria dos residentes e a que recebe o maior número de visitantes. Daí já se pode notar que não faltam opções de lazer. Mas quantos dias são necessários para aproveitar bem todos os passeios imperdíveis da ilha? Bom, nós ficamos quatro dias inteiros em Oahu (sem contar os dias de chegada e de saída), período que considero ideal para aproveitar com calma o que a ilha tem de melhor para oferecer.

A ilha é grande, por isso, para ganhar tempo na locomoção, ficamos hospedados em Waikiki nos dois primeiros dias e em North Shore nos dois últimos. Tempo é um bem super valioso sempre, sobretudo em viagens! Por essa mesma razão, os passeios abaixo serão listados por área e não por ordem de preferência (mesmo porque cada um tem um gosto, né?). Assim fica fácil definir o roteiro!

Waikiki

Waikiki é o nome dado à região que engloba algumas praias, incluindo a praia de Waikiki (em frente aos hotéis Royal Hawaiian e The Moana Surfrider), Kuhio Beach (ao longo da Avenida Kalakaua), Fort DeRussy Beach a oeste, e Queen Surf Beach, área próxima ao vulcão Diamond Head.

A praia de Waikiki é uma das mais populares do mundo. Para se ter uma ideia, recebe nada menos do que quatro milhões de turistas por ano.

O mar de Waikiki é delicioso, quentinho e de uma cor azul meio leitosa incomparável.

Vale a pena separar um dia para curtir a praia em frente a um dos hoteis mais famosos de Waikiki, o The Royal Hawaiian. Nele, já ficaram hospedados membros das famílias Roosevelt e Rockfeller.

Para quem animar andar pelo calçadão e tiver tempo de sobra, ao lado da praia de Waikiki, está o Fort Derussy Beach, onde tem uma área com mesas, cadeiras e parquinho. Aliás, caminhar pela região de Waikiki é super agradável. Na Kalakaua Avenue, por exemplo, você encontra muitos hoteis, lojinhas, restaurantes, e bares.

Um lugar interessante para quem gosta de compras é o International Market Place. O shopping é praticamente ao ar livre, com uma arquitetura super charmosa integrada à vegetação. Marcas famosas como Sak’s, Loubotin, Burberry, Michael Kors, L’Occitane, entre outras, podem ser encontrados lá.

Se você preferir natureza e trilhas a compras, a pedida é conhecer o Diamond Head. Lá você terá uma das vistas mais bonitas de Waikiki. A trilha mais legal leva você até a borda de uma cratera de 300 mil anos. Fique atento porque o portão do parque fecha às 18hs e somente são permitidas caminhadas até às 16:30. Além disso, o estacionamento é limitado e o pagamento somente pode ser feito em dinheiro. O acesso ao parque custa 5 dólares por carro ou 1 dólar por pessoa/pedestre.

Outro programa absolutamente imperdível é ver o por do sol em Waikiki. Em qualquer ponto da praia, o visual é inesquecível, mas vale separar um dia para tomar um drink no Banyan Beach Bar, do hotel The Moana Surfrider, enquanto o sol cai no mar.

Também não pode faltar na sua programação assistir a um show de hula no gramado próximo à estátua do Duke Kahanamoku, pai do surf moderno, em Kuhio Beach. Antes de começar, as tochas que iluminam o calçadão são acesas, o que dá um charme extra ao evento. O show tem início às 18:30hs (de dezembro a janeiro às 18hs), é gratuito, e realizado todas as terças, quintas feiras e sábados.

Você também pode assistir ao show de hula e de fogos do Hilton Hawaiian Village, que acontece todas as sextas-feiras. Se preferir economizar, é possível assistir apenas à queima de fogos no calçadão de Waikiki. O show pirotécnico começa às 19:45 durante os meses de setembro a abril e às 20hs de maio a agosto. Maiores informações, basta acessar o site do hotel.

Ainda que você não vá assistir ao show de hula do Hilton Hawaiian, um passeio por lá é bem agradável. A praia é bonita e tem um centrinho comercial bem charmoso.

Do lado direito do hotel, a praia é ótima para as crianças!

 Downtown Honolulu

Na região central de Honolulu, você pode visitar a Aloha Tower, que já foi o prédio mais alto da cidade, com 56 metros de altura. É possível subir até o topo para ver Honolulu. A vista não tem nada demais, porém é gratuita. Não custa subir se você já está lá. Tem um complexo de lojas e restaurantes, o Aloha Tower Market Place, mas é bem simples. É um passeio que você não vai gastar mais do que 15 minutos.

Sabia que o único palácio real dos Estados Unidos está no Havaí? Eu não sabia até ir lá! De 1882 a 1893, o Palácio Iolani foi a residência oficial dos dois últimos monarcas do reino havaiano, o rei Kalakaua e sua irmã e sucessora, a rainha Liliuokalani.

Outro palácio que merece uma visita é o Aliʻiōlani Hale, onde está a estátua do Rei Kamehameha. Atualmente, abriga a Suprema Corte e o Centro Histórico Judiciário.

 Leste

Um dos meus lugares favoritos de Oahu, Hanauama Bay é uma praia fechada lindíssima em uma cratera de vulcão e perfeita para snorkeling. Quando você chega, precisa assistir um vídeo (meio chatinho) no Marine Education Center antes de ir para a praia. Localizado em um parque, o acesso à praia é pago. Custa 1 dólar o estacionamento e 7,5 por pessoa.

No leste de Oahu, duas praias que valem a pena conhecer são Kailua e Lanikai. A primeira é conhecida por ser ótima para a prática de windsurfe e kitesurfe. No finalzinho dela, fica o acesso para Lanikai, considerada uma das praias mais bonitas do Havaí.

Se bater a fome ou a vontade de tomar uma cerveja local (ou os dois! rs) dê uma paradinha no Buzz’s Original Steakhouse, em Kailua.

North Shore

Se você gosta de história americana, uma visita a Pearl Harbor deve ser incluída no seu roteiro. Visitamos o USS Arizona Memorial, local onde estão os destroços do navio USS Arizona que afundou durante o ataque a Pearl Harbor. Antes de começar o passeio, é preciso assistir a um filme sobre o ataque bem interessante. Se tempo não for problema, você pode fazer o tour completo e incluir as visitas ao navio USS Missouri, ao submarino Bowfin, e ao Pacific Aviation Museum.

A entrada para o Arizona Memorial é gratuita. Todo o programa dura uma hora e 15 minutos e inclui um documentário de 23 minutos sobre a história de Pearl Harbor e uma curta viagem de barco de e para o memorial. As reservas estão disponíveis no site recreation.gov e é necessário retirar os ingressos no balcão de bilhetes do National Park Services pelo menos 1 hora antes do horário do ingresso. Além disso, existem 1.300 ingressos gratuitos emitidos a cada dia para quem não reservou.

Para curtir uma atmosfera super zen, recomendo visitar o Byodo-In Temple. O templo é uma réplica de menor escala do Templo de Byodo-in, de mais de 950 anos de idade, Patrimônio da Humanidade das Nações Unidas, localizado em Uji, no Japão. Localizado no sopé das montanhas Ko’olau e cercado por belos jardins japoneses, foi construído em 1968 para comemorar o aniversário de 100 anos dos primeiros imigrantes japoneses para o Havaí.

Os exuberantes jardins incluem estátuas, uma grande lagoa, áreas de meditação e pequenas cachoeiras. Está aberto das 8:30 às 17:00 diariamente. A última entrada é às 16:45. A entrada no Templo de Byodo-In custa 5 dólares, Idosos de 65 ou mais pagam 4 dólares e crianças de 2 a 12 anos pagam 2 dólares.

Dê uma parada no Nuuanu Pali Lookout, um dos melhores pontos panorâmicos de Oahu e com importante significado histórico para o Havaí. Nesse local ocorreu a Batalha de Nuuanu, quando, em 1795, o Rei Kamehameha ganhou a luta que uniu Oahu sob seu domínio.

Outro lugarzinho super agradável para bater perna é Haleiwa Town, onde está situada a galeria do incrível fotógrafo havaiano, Clark Little. É em Haleiwa também que você vai poder experimentar o famosinho Shave Ice do Matsumoto.

Por último e não menos importante, sugiro fortemente conhecer as magníficas praias de Sunset, Pipeline e Waimea.

Para quem curte snorkel, Sharks Cove é uma excelente opção.

Se você tiver tempo, recomendo conhecer as praias do Turtle Bay Resort, onde ficamos hospedados. O hotel fica na divisa de duas praias: Turtle Bay e Kuilima Cove. Ambas são lindas, como todas no Havaí, mas Kuilima Cove tem um diferencial:  o sensacional restaurante Roy’s Beach House.

Lembre-se de sempre guardar o finalzinho da tarde para apreciar o belíssimo sunset do Havaí.

Espero ter conseguido passar pelo menos um pouquinho do que tem de melhor em Oahu! Essa é ou não é uma ilha havaiana imperdível? E fiquem ligados porque os próximos posts sobre o Havaí também virão recheados de dicas! Até a próxima leitura!

Bianca Cobucci é Defensora Pública, Mestre em Políticas Públicas e coordenadora do Projeto Falando Direito; Autora do blog Teoria da Viagem. Escreve sobre os direitos do consumidor relacionados à viagem e turismo, bem como sobre os países e lugares que já que visitou.

08
ago

Tudo sobre a Serra Gaúcha!

Serra Gaúcha é uma excelente opção de destino! Capazes de agradar os mais variados perfis de turistas, as cidades de Gramado e Canela contam com um climinha europeu, fazendo com que você realmente chegue a esquecer que está no Brasil! Ambas estão localizadas a aproximadamente 100 km de Porto Alegre. Optamos pela hospedagem em Gramado, por isso alugamos um carro e seguimos direto do aeroporto, em uma viagem que durou cerca de duas horas.

Gramado já mostra um pouquinho do seu encanto logo na entrada. Vale a pena dar uma parada rápida para bater aquela foto oficial do pórtico da cidade.

Centro de Gramado

Um passeio pelo centro de Gramado é muito agradável! Lá você vai passar por diversos pontos turísticos, que ficam bem próximos uns dos outros: rua coberta, Palácio dos Festivais, Igreja Matriz de São Pedro, Praça das Etnias e rua torta. Na famosa rua coberta, há restaurantes e cafés.

Igreja Matriz de São Pedro tem a estrutura montada em pedra basílica e demorou 8 anos para ser construída. A torre da Igreja tem 46 metros. Ao lado dela, está a Fonte do Amor Eterno, onde os casais apaixonados prendem cadeados gravados com seus nomes. Dizem que a fonte foi inspirada na romana Fontana di Trevi.

A super charmosa Rua Torta fica na Avenida Borges de Medeiros, em frente à Praça das Etnias. Na verdade, essa é a Rua Emílio Sorgetz, mais conhecida apenas como rua torta. Vale a pena ir até lá, a rua é uma graça e lembra bastante um cantinho europeu!

 Snowland

O Snowland é o primeiro parque de neve indoor das Américas, tem 16 mil metros quadrados, sendo 8,1 mil m² dedicados à neve. A capacidade de visitação é de até 3,5 mil pessoas por dia. O parque divide-se em dois ambientes. A Montanha de Neve conta com uma pista de 120 metros de extensão, onde você pode esquiar, praticar snowboard, descer no Tubing, entre outras atrações. O segundo ambiente é o Vilarejo Alpino, que remete aos vales suíços, com minicentro comercial e outras atrações, como patinação no gelo, simulador 7D, SnowKids e uma praça de alimentação com vista para a pista de esqui/snowboard. Vale destacar também o Espaço Família, que disponibiliza fraldário e ambiente para amamentação, com microondas e chaleira elétrica.

Esse é um passeio voltado para crianças e adolescentes, mas os adultos também se divertem. Para a prática de esqui e snowboard é necessário agendamento no dia da visita ao parque, por isso é indicado chegar cedo para garantir a aula. Se você quiser aprender a esquiar ou andar de snowboard, saiba que o Snowland oferece aulas. Você pode comprar seu ingresso aqui.

 Lago Joaquina Rita Bier

Trata-se de um lago artificial com 17 mil metros quadrados rodeado por araucárias com mais de 70 anos, charmosas casas e hotéis. Esse é um lugar bastante propício para andar de bike, caminhar, correr, ou até mesmo fazer um piquenique. Nesse lago, durante os festejos de Natal, é realizado o espetáculo Nativitaten.

Lago Negro

O Lago Negro é um dos lugares mais agradáveis para passear em Gramado! Trata-se de um lago artificial construído em 1953, após um incêndio que arrasou a mata existente no local. Leopoldo Rosenfeldt, idealizador deste lago e do Lago Joaquina Rita Bier, decidiu importar árvores da Floresta Negra da Alemanha para formar o paisagismo ideal, daí a razão desse ar europeu.

O Lago Negro tem uma cor verde escura que reflete a imagem dos pinheiros na água. Ao redor do lago, tem uma trilha para caminhadas. O passeio nos pedalinhos em formato de cisnes agrada as crianças (e os adultos também!). Os patinhos nadando no lago são um charme à parte!

Mini Mundo

Mini Mundo é um parque ao ar livre formado por réplicas de prédios de várias partes do mundo. Juntas, formam uma cidade em miniatura, onde tudo é 24 vezes menor do que a realidade. O parque conta com local para alimentação, lojas temáticas e espaço infantil.

Recomendo a visita apenas se você for viajar com crianças. Para adultos, penso que não vale a pena.Se você não tiver muito tempo disponível de viagem, sugiro conhecer outras atrações.

Parque do Caracol e Parque da Serra

Parque do Caracol conta com um mirante, um observatório ecológico, trilhas, e algumas lojinhas. Mas se você preferir curtir o visual da Cascata do Caracol com mais conforto, sem a necessidade de encarar trilhas e escadas, uma excelente opção é o Parque da Serra, localizado a 500 metros do Parque do Caracol, na estrada que leva ao Parque da Ferradura.

No Parque da Serra está o moderno teleférico de tecnologia suíça, com 12 bondinhos aéreos, para até oito pessoas. O passeio começa na Estação Central, onde acontece o embarque e desembarque. O local possui área de alimentação, lojas de souvenirs e um mirante que permite uma vista incrível do vale a 60 metros de altura.

Também é interessante descer na Estação Animal, parte mais elevada do empreendimento, onde estão um mirante e trilhas de 230 metros com placas de identificação das árvores ao longo do percurso. Lá também está o Espaço das Esculturas que Falam, com cerca de 85 peças talhadas em madeira pelo artista plástico Masaharu Hata. As esculturas reproduzem a aparência e o som dos animais.

Descendo novamente de bondinho, você chegará na Estação Cascata, um cenário espetacular que tem como pano de fundo a Cascata do Caracol que, com uma queda de 131 metros de altura, impressiona pela beleza. Sua nascente fica na área urbana de Canela e deságua no Rio Caí, a 5 km do parque. Visto de cima, o rio tem o formato de um caracol, por isso surgiu o nome da cascata. Esse é um dos pontos turísticos mais visitados do Brasil.

Parque da Ferradura

Outro parque maravilhoso e imperdível em Canela, um dos lugares mais bonitos que já vi! O Parque da Ferradura tem vários mirantes, esse aí é apenas um deles. Para chegar lá embaixo, onde estão a cachoeira e o rio Caí, precisa ter fôlego. A trilha leva, em média, uma hora. Para voltar, você pode fazer o caminho da ida ou escolher uma trilha alternativa, mais light.

Vinícolas

Quem vai à Serra Gaúcha não pode deixar de visitar alguma vinícola. Escolhemos três para visitar com direito a tour guiado: RavanelloCave de Pedra e Casa Valduga.

Ravanello é uma pequena produtora de vinhos que iniciou, em 2005, o empreendimento vitivinícola na propriedade adquirida em 1987. As primeiras vinificações, em 2008 e 2009, ocorreram na vinícola da Embrapa, em Bento Gonçalves.

A vinificação no estabelecimento da Vinícola Ravanello iniciou em fevereiro de 2010. Os 2,4 hectares de vinhedos estão localizados junto à vinícola, em Gramado, às margens da rodovia. A visitação é bem legal, pois dá ideia de como as pequenas vinícolas participam do mercado, além de proporcionar uma volta pelos lindos parreirais. Fomos super bem recebidos pelo proprietário e pelo enólogo.

Cave de Pedra está localizada em Bento Gonçalves, na região do Vale dos Vinhedos.  Sua sede é um castelo belíssimo, em estilo medieval, construído em basalto para favorecer a manutenção de temperaturas amenas, necessárias para o amadurecimento de vinhos e espumantes.

Casa Valduga é a maior cave de espumantes da América Latina. A degustação das variedades de vinhos e de espumantes acontece ao longo de toda a visita, com explicações a respeito do processo de elaboração. Se você tiver tempo, aproveite para almoçar no restaurante da Casa Valduga, onde é servido um rodízio de massas muito bom!

Hospedagem

Ficamos hospedados no Modevie Boutique Hotel, que é IMPECÁVEL! Atendimento britânico, quarto charmoso e aconchegante, produtos da Trousseau, decoração moderna e clean. Está bem localizado, no centro de Gramado, a poucos metros da Igreja Matriz, Rua Coberta e Palácio dos Festivais.

O café da manhã é completíssimo e servido das 7 até às 13 horas. Você pode desfrutar das delícias preparadas pelo Modevie no Terraço, com uma vista privilegiada do centro de Gramado sobre a Avenida Borges de Medeiros.

 

O Modevie conta ainda com um bar e uma adega de vinhos com mais de 30 anos de tradição no centro de Gramado. O espaço oferece os melhores queijos, salames, copas e embutidos da Serra Gaúcha, além de espumantes, champagnes e uma delicatessen com produtos gourmet. A loja fica aberta diariamente das 10h às 20h.

Você também pode aproveitar para relaxar no Spa do hotel. São oferecidas terapias corporais e faciais, massagens relaxantes, banhos energizantes e tratamentos faciais assinados pelo renomado Kurotel Centro Médico de Longevidade e SPA.

O Modevie ainda coloca à disposição dos hóspedes bicicletas novíssimas! Recomendo um passeio de bike pela cidade, no mais puro estilo holandês. Além disso, toda a equipe do hotel é extremamente educada e simpática. A atenção aos hóspedes é total.O Modevie esbanja charme e conforto.

Bianca Cobucci é Defensora Pública, Mestre em Políticas Públicas e coordenadora do Projeto Falando Direito; Autora do blog Teoria da Viagem. Escreve sobre os direitos do consumidor relacionados à viagem e turismo, bem como sobre os países e lugares que já que visitou.

14
jun

Onde comprar seu vestido de noiva em NY

Quando o assunto é viajar para fazer compras, o primeiro país que vem à nossa mente é Estados Unidos! Acertei?! E a cidade, qual seria? Há grandes chances de ficarmos em dúvida entre Miami e Nova York, certo? Isso é bastante comum quando pensamos em roupas, cosméticos e eletrônicos. Maaaas…e se o objetivo for viajar para comprar “O” vestido de noiva? Será que vale a pena?

Pensando sobre isso decidi compartilhar um pouquinho da minha experiência em procurar e comprar vestido de noiva em NY. Foi fácil? De jeito algum! Mas acredito que em nenhum lugar do mundo seja, salvo para algumas poucas afortunadas. Tenho uma amiga que alugou o primeiro vestido de noiva que experimentou! Sortuda ela, né? No entanto, para a maioria das noivas não será tão simples assim escolher o vestido! Aliás, reza a lenda que não é a noiva que escolhe o vestido, mas o vestido que escolhe a noiva!! E não é que foi assim comigo? Então, meu objetivo com esse relato é contribuir para que a sua decisão seja tomada de forma consciente.

Antes, porém, preciso ressaltar que a minha viagem para NY nunca esteve focada na compra do vestido de noiva. Ela já estava marcada muito tempo antes de eu sonhar que iria casar! Daí, ciente de que os preços aqui no Brasil são altíssimos, inclusive para quem pretende somente alugar, pensei em dar uma olhadinha nas lojas nova-iorquinas, sem compromisso, e acabei sendo escolhida pelo meu vestido!

Também é importante dizer que eu não tinha a mínima ideia do que gostaria de usar nesse dia tão especial. Tinha apenas uma leve noção do que eu não queria, mais pelo estilo que escolhemos para nossa festa do que pelo vestido em si. Cheguei a cogitar em nem usar vestido de noiva! Pensei que, de repente, um vestido maravilhoso de alta-costura cairia muito bem. Só que caí na real quando percebi que um Versace super simples pode custar o dobro de um vestido de noiva perfeito!

Confesso que essa minha falta de conhecimento sobre o que eu gostaria dificultou um pouquinho. Talvez se eu tivesse olhado fotos de vestidos e visitado algumas lojas especializadas aqui mesmo em Brasília, cidade onde moro, teria facilitado tanto na busca quanto na decisão.

Outro fator que merece ser levado em consideração na hora de comprar seu vestido no exterior é a língua. Falar inglês fluentemente ajuda muuuuito. Meu inglês não é o melhor do mundo, mas me viro muito bem. E mesmo assim tive uma certa dificuldade. Isso porque, ao contrário da nossa guru  da moda (Anita Bem Criada, claro!) não entendo nada de tecido, modelo de vestido, nome de decote. Não sei nem em português, quem dirá em inglês! Não tinha a mínima ideia, por exemplo, de que renda, em inglês, é lace. Portanto, é fundamental estar familiarizada com todos os termos desse universo relacionado ao casamento, inclusive em inglês.

Dica importante! As vendedoras são alucinadas por fotos. Elas querem ver o que você gosta.  E até faz sentido isso porque muitas vezes não conseguimos traduzir o que gostamos com palavras, somente imagens. Então, veja muitas fotos e “printe” as que você quiser mostrar como referência.

Por fim, e talvez o toque principal, JAMAIS caia na roubada de comprar algo porque está sendo pressionada. As vendedoras americanas são bastante insistentes e chegam até mesmo a fazer cara feia quando você diz que não gostou de determinado vestido ou que vai pensar e voltar no dia seguinte. Elas simplesmente odeiam isso e não fazem cerimônia em disfarçar. Não tenha receio de dizer educadamente “thank you” e “bye bye”.

Visto isso, vamos às impressões sobre as lojas por onde andei!

 

Kleinfeld Bridals

Apesar de ter ouvido falar que era preciso agendar com meses de antecedência, consegui horário para o dia seguinte (e tinham diversos outros disponíveis). A loja estava, de fato, mais movimentada do que todas as outras em que estivemos. O atendimento foi bom, mas está limitado a duas horas. Pode parecer muito, mas passa voando. Quando a vendedora conseguiu entender o meu estilo, era tarde demais. Dentre os vários vestidos que ela mostrou e os cinco que provei, só gostei do último.

A Kleinfeld ganhou fama mundial com o programa Say Yes to the Dress do canal TLC. No site, é possível dar uma conferida nos vestidos, bem como escolher por estilistas e orçamento. Mas não se assuste. Apesar de constar que os preços começam a partir de 2 mil dólares, é possível encontrar abaixo desse valor. Com uma das maiores coleções de vestidos de noiva em NY, vale a visita.

Endereço:

110 W 20th St

New York, NY 10011

http://www.kleinfeldbridal.com/index.cfm?

 

Bergdorf Goodman

Localizada em Upper East Side, essa loja de departamento chiquérrima conta com um salão exclusivo para noivas. Vale agendar visita se você tiver um orçamento considerável ou se você não se importa em provar e não poder levar. Além disso, depois de escolher, é preciso encomendar o vestido e esperar de 4 a 6 meses para que chegue na loja.

Endereço:

754 Fifth Ave

New York, NY 10022

http://www.bergdorfgoodman.com

 

Saks Fifth Avenue

A Saks já é bem conhecida pelo público brasileiro. No entanto, poucos sabem que existe um salão totalmente dedicado a noivas no nono andar. O atendimento é exclusivamente com horário marcado.

Endereço:

611 Fifth Ave

New York, NY 10022

http://www.saksfifthavenue.com

 

Pronovias

Com sede em Barcelona, a queridinha de muitas noivas tem uma loja em Nova York simplesmente deslumbrante! Com nada mais nada menos do que 7 andares, a chance de você encontrar o vestido perfeito é alta. Para facilitar, fique sabendo que tem uma vendedora brasileiríssima e super simpática. Se for por lá, chame a Heloise.

Endereço:

14 E 52nd St

New York, NY 10022

https://www.pronovias.com

 

RK Bridal

Com uma seleção enorme de vestidos de noivas, a loja funciona desde 1953. Também vende vestidos de festa e acessórios diversos. Segundo a vendedora que nos recebeu, os preços dos vestidos de noiva custam a partir de 800 dólares.

Endereço:

619 W 54th St

New York, NY 10019

http://www.rkbridal.com

 

David’s Bridal

A dez minutinhos a pé da Kleinfeld, a David’s Bridal é uma loja mais simples, com preços de vestidos de noiva bem mais acessíveis. Ideal para quem quer economizar. Ponto negativo: o atendimento.

Endereço:

751 Avenue of the Americas

New York, NY 10010

http://www.davidsbridal.com

 

Lovely Bride

 A entrada é um pouco escondidinha e os arredores da não são tão bonitos assim. Apareci na loja sem horário marcado, por isso não consegui ser atendida. Aproveitei para dar uma olhadinha rápida nos vestidos que estavam expostos. Sei que foi uma olhada bem superficial, mas como não vi nada que enchesse meus olhos acabei decidindo não retornar. De qualquer modo, se você tiver tempo e disposição, não custa conferir. Além de Nova York, a loja está presente em mais onze cidades americanas.

 

Endereço:

182 Duane St

New York, NY, 10013

http://lovelybride.com

 

Wedding Atelier

Comprei meu vestido aos quarenta e cinco minutos do segundo tempo na Wedding Atelier! A loja está localizada em uma região super badalada, chamada NOMAD (Norte do Madison Park). Era nosso último dia em NY. Estávamos tomando um café no Eataly, quando a descobrimos no Google Maps. Decidimos ir, mesmo sem horário agendado, faltando menos de uma hora para a loja fechar.

Para nossa sorte, a vendedora tinha acabado de finalizar um atendimento. Perguntou o que eu gosta va, em quais lojas tinha ido, quanto era o orçamento. Pediu para ver as fotos. Levou alguns vestidos para o provador. E não é que dentre eles estava o meu?! Para comemorar, fechamos o fim de tarde logo ali, no badalado 230 Fifth Rooftop Bar.

Endereço:

72 Madison Ave.

New York, NY 10016

http://weddingatelier.com

Mas a maratona não termina por aí! Agora, de volta à terrinha, é preciso correr para encontrar uma boa costureira! Aliás, vale ressaltar que é praticamente impossível encontrar o vestido ideal com a sua numeração.

Tanto os vestidos que estão nas araras para provar e depois encomendar quanto os de pronta-entrega são maiores, justamente para vestir o maior número possível de pessoas. Então, se você pensa em comprar seu vestido no exterior, lembre-se que ainda vai gastar com os ajustes.

Por fim, resta lembrar que o vestido entra na cota de U$$ 500,00. Se ultrapassar esse valor, é preciso declarar e pagar o imposto devido. Caso você tente passar pela alfândega sem declarar, pagará, além do imposto, a multa.

Bianca Cobucci é Defensora Pública, Mestre em Políticas Públicas e coordenadora do Projeto Falando Direito; Autora do blog Teoria da Viagem. Escreve sobre os direitos do consumidor relacionados à viagem e turismo, bem como sobre os países e lugares que já que visitou.

05
maio

Exposição e Foco

Olá pessoal, e aí? Espero que as minhas dicas estejam sendo úteis.

A ideia é fazer com que vocês consigam entender como transmitir a informação através das fotos de vocês da melhor forma possível, com dicas de bolso que vão seguramente melhorar os registros de vocês já que hoje fazer imagens já faz parte da nossa rotina.

Depois de aprender a respeitar a linha do horizonte e os ângulos num dos últimos posts, vou precisar falar sobre duas técnicas que precisam estar bem “claras” para vocês antes de passarmos para “Composição”.

B1Essas linhas que cortam a foto é baseada na “Regra dos Terços” que é um dos primeiro conceitos de composição mas vou detalhar isso só no próximo post pois fotografar sem esses dois conceitos seria como compor uma musica com instrumentos desafinados.

 

Exposição e Foco

 

Exposição é a quantidade de luz que o sensor capta para definir uma imagem.

Como já disse antes, a fotografia é uma serie de escolhas e essas escolhas que abrem o campo para criatividade para passar a mensagem que queremos. Saber controlar a luz é uma delas, d para isso existe a “Fotometria”.

Fotometria é média denominada por “Pontos de Luz” e existe um sensor chamado “Fotometro” que mede isso.  Infelizmente só é possível controlar a exposição em câmeras com o modo de Exposiçcão Manual (M) disponível.

Mas em aparelhos celulares, basta tocar na tela para que essa medição seja feita automaticamente.

Veja na imagem acima que existe um gráfico -5,0 , 0.0 e +5,0 onde 0 é o ponto ideal; -5,0 ela estaria SubExposta/Escura (quando falta luz); e +5.0 ela estaria SuperExposta/Estourada (quando sobra luz).

 

Geralmente um fotômetro é representado por esse gráfico.B2

                 Imagem: Canon College

Pouca luz no sensor                        Ideal                         Muita luz no sensor

A composição é uma técnica que foi desenvolvida a partir da leitura e percepção que nosso cérebro tem ao varrer uma imagem para interpretá-la.

E para isso existem uma série de regras que são utilizadas para chamar atenção do nosso olhar, afinal quando se faz e publica uma foto é o que queremos.

Sim, nós fotógrafos profissionais usamos essas técnicas para fazer com que o observador absorva nossa ideia ou informação. Desde as regras mais básicas até as mais avançadas nós vamos trabalhando e brincando com isso, instintivamente (acontece muito comigo em muitos colegas) ou não.

Existem estudos até de escala de cores que chamam mais a atenção sobre as demais, mas obvio que a ideia aqui é trazer dicas que vão ajudar vocês, portanto vamos sempre falar nas mais acessíveis, que não necessitam de embasamento técnico e pratico como pré-requisito, e podem ser aplicadas facilmente por qualquer um.

Gosto de dar exemplos práticos e associá-los com coisas cotidianas porque esse método funciona muito bem comigo e com todos os meus alunos.

Num dos últimos posts eu falei do sentido de leitura lembram?

Seja uma foto com a orientação em paisagem(na horizontal) ou retrato( na vertical) a trajetória do olhar é praticamente a mesma, porém na imagens essa trajetória não segue uma linha como em um texto, por exemplo, essas palavras estão te induzindo a ir para a próxima palavra até quebrar a linha e por aí vai até o final do texto e a conclusão do paragrafo.

Porém, em uma imagem essa leitura é feita com varrimentos onde a trajetória do olhar te induz a buscas é aí que entram os pontos de interesse.

O primeiro ponto que seu cérebro procura em uma fotografia são formas para ele identificar mas pra isso ele procura uma região com maior incidência de “Luz” seguido da área mais nítida da imagem, um “Foco”.

B3 B4

Notaram que mesmo tendo uma “Exposição” (controle de luz ideal) a primeira imagem é insuportável e confusa de se observar e na segunda você parou na rede?

Não importa quantas interações existem, na primeira varredura nosso cérebro busca em uma imagem devidamente exposta é onde está o foco. E ele não suporta quando não há.

Esse é o conceito na maioria dos casos, não ser que você esteja diante de um retrato onde nosso olhar vai direto nos olhos do fotografado buscando primeiro contato para depois varrer os outros detalhes.

B5Aqui nossa querida Anita em segundo plano (a grade está em primeiro) mas o foco está em seus olhos, o que a trouxe para o ponto de interesse principal e a faz assumir toda sua personalidade sobre a foto, e foi exatamente isso que fez ela arrasar nesse click. <3

Dica em off: Para melhor resultado em retratos (onde a pessoa encara a lente) o foco deve estar sempre nos olhos.

Olhe para qualquer ponto fora dessa tela e perceba que o que você vê é o que está em foco. Mesmo em um texto, a única coisa que está em foco agora são as palavras que você lê.

Quando o que você quer fotografar está fora de foco, muitas vezes a varredura passará pelo motivo principal batido pois o cérebro entende que aquilo não é o que ele deve ver. Mesmo que seja o motivo central, isso nos incomoda porque não tem nitidez, contraste e não conseguimos ver os detalhes.

Muitas vezes um registro não é compreendido porque a mensagem não foi passada da devida maneira, assim como um texto equivocado.

B6-Estava me ouvindo Neo, ou estava olhando para a “Mulher de Vermelho”?

(Morpheus em Matrix)

Vejam nesse registro que mesmo que o motivo esteja do lado oposto ao sentido de leitura (da direita pra esquerda), em frações de segundo você varreu a imagem e foi direto para onde está a área mais iluminada (bem exposta) e com foco.

Depois de interpretar a imagem como um todo você até voltou para ler a minha logo a esquerda porque ela é branca e nítida e está posicionada onde a atenção é secundaria já que eu não quero que ela apareça mais do que a foto em si,  mas a primeira vista você foi direto na “Mulher de Vermelho”.

Mas por quê? Porque eu te conduzi a isso!

Primeiro expondo o motivo da maneira correta, segundo o botando em foco e terceiro usando uma técnica de composição.  Se você traçar a foto com as linhas da Regra dos Terços verá que a modelo esta posicionada em uma delas fazendo dela um ponto de interesse. 😉

A ideia mesmo é que você saia da “Matrix” e descomplique a fotografia, já que sou da opinião que todas as pessoas devem saber fotografar mas sempre digo que fotografia, mesmo que esteja mais acessível do que nunca, não é apenas uma questão de chegar e clicar.

Isso deve ser valorizado, portanto, em determinados casos, deixe com o profissional!

Tenho certeza que se você fizer uma boa escolha ele saberá, usando as técnicas e praticas que estudamos, evidenciar o que você precisa que seja mostrado.

Agora que deixei “mais claro” como o seu cérebro funciona ao ver uma imagem podemos “focar” um pouco mais na composição.

Mas isso veremos só no próximo post.

Foca, ops, fica aqui!

Roberto Benatti é fotógrafo Profissional especializado em fotojornalismo, moda, casamentos e still. Certificado pela Canon College Brasil e Canon Live Learning em San Francisco, com diversos trabalhos publicados em jornais, revistas, capas de revistas, especiais, sites e blogs. Também é Videomaker, Músico e agora colunista. Considera impagável ter a liberdade como estilo de vida e não gostava de viajar até sair do país pela primeira vez.

26
mar

Linha do Horizonte

Oi pessoal! Gostaria de agradecer as manifestações de carinho e comentários que tenho recebido de quem esta me acompanhando e me descobrindo por aqui. Tem sido um desafio muito prazeroso e a cada dia que passa eu tenho me inspirado ainda mais em tentar trazer um pouco do meu mundo e da fotografia pra vocês.

Num dos últimos posts prometi que daria umas dicas para darem um up nas suas fotos, seja com a Câmera x Celular lembram?

Gosto e sempre opto por ensinar meus alunos, amigos e quem sempre me procura com alguma dúvida da forma que eu gosto de absorver:  objetivo, direto então tentarei ser breve e prático.

E pra variar, uma pincelada de introdução para chegarmos onde eu quero que vocês entendam.

Se tratando de imagens, estamos trabalhando com um dos sentidos mais importantes que nos temos, a visão.

Assim como todos os sentidos são interpretados pelas informações que recebemos, por exemplo, a audição processa ondas sonoras, o olfato glândulas aromáticas, na visão o nosso cérebro opera interpretando imagens e fazendo “leituras”.

Essas palavras que você esta lendo são nada mais do que letras (pequenas imagens com formas) que em conjunto e sintonia com as demais formam uma palavra e somada com mais um conjunto de palavras formam as frases, os textos, livros, bíblias, textão no face (rs) e etc que compõem um contexto da mensagem que é passada.

Aprender a ler nada mais é do que reconhecer essas pequenas imagens que nosso cérebro já classificou um significado. Com a fotografia é a mesma coisa

Ao ler uma imagem, o cérebro busca por formas e formatos que sejam identificáveis para ele. Quando mais fácil, obvio e real o contexto da imagem mais amigável ele a interpreta e até compensa com uma mensagem de admiração, é assim que recebemos elogios, likes e seguidores por uma fotografia e/ou nosso trabalho.

Nós do ocidente, sempre fazemos a leitura de da esquerda para a direita e isso é fundamental quando decidimos o que e como compor uma imagem, mas essa técnica já é um pouco mais avançada e isso nós veremos no próximo post.

Agora você vai aprender a dar estética para seus registros.

A primeira que eu acho fundamental é uma regra da engenharia, respeitar a linha do horizonte, o plano.
É preciso estar plano para construir qualquer coisa, inclusive uma imagem.

E pra exemplificar nos vamos la para o Canadá e um pulinho em Chicago pra uma aula outdoor. Que chique hein…rs

Dicas de fotografia com esse requinte todo só aqui no Anita Bem Criada, viu, gente! 😉

Então!

Você pode não notar na primeira impressão porque obviamente se trata de uma imagem cheia de cores, a paisagem é linda e isso chama imediatamente chama mais a atenção, mas o seu cérebro certamente já esta desconfortável com a inclinação no horizonte. A não ser que seja consciente, as suas fotografias devem respeitar o angulo de inclinação, ou seja 0 grau!

Portanto, a imagem abaixo não tem uma estética aceitável, a não ser que você queira além de derrubar o “Inukshuk” da English Bay em Vancouver (essa escultura de pedras empilhadas) entornar todo o Oceano Pacífico sobre essa cidade maravilhosa e causar um tsunami.b7

Mudei de ideia, agora eu quero que o Oceano suba a Grouse Mountain.

b8E o ciclista ali coitado, que ladeira pra subir. Vejam  a colega dele até desistiu e já está empurrando a bicicleta. rs

Lebram do sentido de leitura? No nosso caso, da esquerda pra direita?

Pois é, para o nosso cérebro e percepção, esse sentido de direção é fundamental pois define se algo sobe ou desce, se esta indo para frente ou para trás, para baixo ou para cima.

Agora que você esta atento a esse tipo de coerência percebe que é muito mais fácil lidar com o oceano da forma que você o vê, respeitando as leis da física e sem dar esforço para ninguém(inclusive seu cérebro) a imagem fica agradável, logo bonita!b9

English Bay, Vancouver – Canadá

Camera: Canon EOS 6D  Lente: EF 28-70mm 2.8

Distancia focal: 50mm – Abertura: f/8 – Velocidade: 1/125 – ISO: 200

Notem que agora há até um charme na moça empurrando a bicicleta tranquilamente.

Acontece que em imagem com a linha do horizonte torta, o cérebro tenta compensar mas não consegue, e dá uma confusão danada lá na circuitaria neuronal que já está preestabelecida com alguns padrões. E como não é conveniente para ele, é enviado uma mensagem de (tá chato isso) e lá se foi uma paisagem incrível ser desperdiçada ou não ter os likes, comentários ou admiração que você acha que valeria.

Sem contar nos colegas reguladores de internet que irão te criticar.

O mesmo conceito vale para linhas verticais.b10

Camera: Canon EOS 6D  Lente: EF 70-200 2.8 USMII

Distancia focal: 200mm – Abertura: f/13 – Velocidade: 1/400 – ISO: 500

Imagina o prejuízo de todos esses carrões ali despencando deste estacionamento em Chicago.

Exceto que você esteja na Torre de Pisa um prédio torto é confuso demais pra nossa cabecinha.

Não desperte essa agonia nos espectadores de suas fotos.

Agora é com vocês. Mesmo que haja uma inclinação leve no seu registro até que você calibre essa percepção ela pode ser concertada tranquilamente em softwares, celulares, apps e até mesmo no Instagram se for o caso.b10

Galeria do Iphone (IOS)

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Ajustes do Instagram

Agora que essas dicas deram uma “alinhada” podemos falar de “Composição”.

Mas só no próximo post.

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“Fotografia é como um texto. É um conjunto escolhas onde a decisão da informação que quer passar e como transmitir depende delas.”

Um abraço pra quem fica e boas fotos pra quem clica.

Roberto Benatti é fotógrafo Profissional especializado em fotojornalismo, moda, casamentos e still. Certificado pela Canon College Brasil e Canon Live Learning em San Francisco, com diversos trabalhos publicados em jornais, revistas, capas de revistas, especiais, sites e blogs. Também é Videomaker, Músico e agora colunista. Considera impagável ter a liberdade como estilo de vida e não gostava de viajar até sair do país pela primeira vez.