Esse é um texto onde conto minhas impressões sobre o filme Rocket Man, que retrata a história do astro da música Elton John, mas preciso começar dando um conselho que serve pra todo mundo: vá ao cinema sozinha.
Assisti a esse filme na minha própria companhia e recordei o quanto me levar para passear é algo que faz bem. Então, se eu pudesse te dizer apenas uma coisa, seria pra você se levar pra passear de vez em quando. Faz bem pra alma.
Voltando ao assunto principal, começo afirmando que Rocket Man é um dos melhores filmes biográficos dos últimos tempos, deixando, inclusive, Bohemian Rhapsody, filme sobre o Fred Mercury, no chinelo.
O grande tchan da história é a visão honesta e bastante realista que Elton John tem sobre si mesmo. Para quem não sabe, o cantor participou de perto da produção e roteirização do longa, dando pitacos e garantindo que sua trajetória não fosse colocada no lugar de feito heroico ou algo do tipo.
Na trama que mostra a realidade através de uma narrativa cheia de fantasia, brilho e música, Sir Elton John se mostra um ser humano de fraquezas, assume seus vícios, seus traumas familiares e levanta a bandeira LGBTQ+ de forma genuína, como já lhe é peculiar.
Na parte que me cabe uma opinião técnica, devo dizer que o figurino e a caracterização são impecáveis e atuam como fio condutor da trama para os mais fanáticos. Trajes icônicos, como o uniforme do time LA Dodgers todo em paetê e a infinita coleção de óculos do cantor, marcam as cenas e ganham até uma comparação filme X realidade nos créditos.
Ouvi alguém dizer por aí que quem gosta de musical vai gostar de Rocket Man, e quem não gosta do estilo, vai amar ainda mais o filme. Devo concordar com essa pontuação, o longa é a mistura perfeita entre música e fantasia e a atuação de Taron Egerton, no papel principal, torna tudo ainda mais mágico.
Rocket Man resgatou em mim referências visuais e musicais que deixei esquecidas em algum lugar no passado. Em meio a um universo digital onde buscamos e recebemos inspirações pasteurizadas, lembrar-se de olhar para os artistas e para as obras que nos vibram por dentro foi um respiro.
Saí do cinema na vontade de mergulhar nas peças mais exuberantes do meu guarda roupa e sair por aí certa do meu estilo e da minha essência, feito esse que havia me esquecido de que era capaz e que Elton John me fez o favor de recordar.
E nessa condição de escritora conselheira que me coloquei por aqui, finalizo com mais uma dica: vá ao cinema e se deixe encantar por Rocket Man!
Elisa Santiago é designer e produtora de conteúdo, e se considera uma eterna amante das ruas e das artes. Acredita na roupa como elemento de fala e empoderamento. É quem está por trás do @tens_razão.