Dentro do ensaio que fizemos sobre o ballet, mostrado nesse post aqui, um momento muito especial foi o que envolveu os registros das peças da Hope, já conhecidas por seu bom gosto, qualidade, e acima de tudo, delicadeza, que era o que precisávamos para produzir o ensaio.
Escolhi a dedo as peças na Hope Belo Horizonte (e todas as marcas participantes do ensaio) e eu não poderia ser mais feliz com o resultado. A delicadeza da renda, a leveza da transparência, tudo isso, aliado à imagem forte e geométrica do strappy, casaram muito bem com tom que queríamos para este ensaio.
E o resultado é esse, que se mescla ao conceito do ballet de fato: a delicadeza e a fortaleza que se misturam!
Neste sábado acordei com a maravilhosa notícia/surpresa de uma matéria linda de capa do jornal, capa de caderno e duas páginas internas inteiras no Jornal Hoje em Dia (caderno Plural)!!! Não basta uma coisa só não! Nem duas! Mas três! Três presentes!
A matéria, que tem como título “Leves e fortes” fala de forma geral sobre as lutas e superações de uma bailarina e como toda esta vivência e aprendizado impacta na vida de cada uma delas/deles!
E a matéria, linda e caprichosamente escrita pela Flávia Ivo, tem como inspiração, de certa forma, um ensaio que fiz, que é um dos meus grandes projetos, quase um filho mesmo, e que agora se materializa (começa a se materializar).
O ensaio, que se divide em dois blocos, foi pensado sob dois enfoques, que naturalmente, se interligam.
No “lado A”, eu trouxe o ballet tal qual ele é visto, conhecido, idealizado.. com toda sua delicadeza, leveza e fluidez. Neste ensaio destacam-se os elementos clássicos do ballet como o tutu, o tule, as sapatilhas, as polainas, as rendas e transparências.
Agradecimento especial: ao teatro do Colégio Sagrado Coração de Jesus, local de parte da fotos deste primeiro ensaio. A locação não apenas foi perfeita pelo magnífico estado do teatro, sua beleza, imponência e conservação, mas acima de tudo, pelas minhas lembranças e memória afetiva.
Já no “lado B”, trabalhamos com a ideia de mostrar a influência do ballet na moda. Mas estas vocês vão ter que acompanhar por aqui para ver.. Cenas dos próximos capítulos!
Olá leitores do Anita Bem Criada, foi com muita honra que eu recebi o convite da Anita para contribuir no seu novo site e aqui estou para, primeiramente, me apresentar!
Sou Roberto Benatti , fotógrafo, músico e videmaker ,tenho 30 anos e uma filha.
Irei compartilhar com vocês muito do meu olhar, das minhas idéias, técnicas que podem ajudar no dia a dia e muito mais. Mas, para esse post, como qualquer estreia, precisa ser algo especial. Assim como a Anita me escolheu para fazer parte de um momento especial para o blog, tanto no especial de 5 anos do Anita Bem Criadaquanto para fazer parte desse projeto, eu também a escolhi para, juntos, tirar um projeto da gaveta que eu guardo com muito carinho, chamado “Teoria da Luz”.
Desde que a profissão de fotógrafo se tornou uma atividade integral na minha vida eu vivo uma busca de algo que me inspira, como aqueles trabalhos que fazem a gente querer correr para chegar e ver o que fez.
Atualmente estou empunhado do meu equipamento quase todos os dias, e sou muito grato e feliz, porém 98% dos meus clicks são a trabalho ou para alguma demanda, quando não reservamos nó mínimo um tempo para nós mesmos, seja o que quer que você faça, o estresse começa a bater na sua porta. Por isso vou contar uma pequena história para vocês:
Em 2013, após abandonar uma carreira de 10 anos em TI (Tecnologia da Informação) decidi que iria pelo menos uma vez na vida me dar a chance de viver fazendo o que gosto. Quebrei meu cofrinho (pra ser mais sincero, todo o dinheiro do meu acerto) e parti rumo aos EUA. De lá, trouxe o tão sonhado equipamento de fotografia.
Chegando em casa, com todas as possibilidades que aquela câmera poderia me dar, uma das que mais me deixava e ainda deixa impressionado era a possibilidade de fazer fotos, arte e principalmente pintar com a luz usando a técnica da Longa Exposição.
Longa Exposição: É a técnica onde ajustamos o tempo com que a cortina do obturador estará aberta para expor o sensor (ou filme para os mais velhinhos) a captar a luz.
Um bom exemplo disso são aquelas fotos com rastros ou “borradas”. Sim, todas as vezes que você faz uma foto e sai borrada é porque a câmera entendeu que com aquele ambiente, para se ter uma exposição correta, o sensor deve permitir a “escrita da luz” por um tempo maior, então tudo que for luz será escrito naquele frame, ou seja, na sua fotografia.
A fotografia para mim sempre foi uma forma de me expressar, seja de forma documental, artística, fotografar um detalhe, momentos ou simplesmente mostrando o meu ponto de vista.
Foi quando lá em 2013 chegando em casa dessa viagem eu tive a ideia de fotografar um brinquedo que trouxe para o meu afilhado que girava suas luzes e usando essa técnica de Longa Exposição, o resultado foi o seguinte:Desse dia em diante isso nunca mais saiu da minha cabeça, e eu percebi que poderia explorar várias formas e formatos de luz que nem podemos imaginar, estava tudo em minhas mãos. Acredito que se nossos olhos pudessem ser foto sensíveis a ponto de enxergar moléculas de luz nós entraríamos em um êxtase inenarrável!
Por isso decidi ir em busca de tipos e formas que nos desse essa sensação de toque, sensibilidade, poder ver o que não conseguimos…Mas eu precisava começar minha carreira pra já, pois, como todo brasileiro guerreiro e trabalhador, não podia me dar o luxo de iniciar um projeto totalmente artístico, afinal não é todo o dia que se começa do 0, depois dos 25 anos e tendo uma filha de 5 anos, então vieram os trabalhos com casamentos, moda, eventos, revistas e tanto outros… E isso isso foi engavetado.
Há pouco mais de um ano, a Renata (minha namorada) me mostrou o trabalho do fotógrafo e artista visual canadense Eric Paré, que tinha tudo a ver comigo e com o que eu buscava com a luz. O projeto se chama “Light painter” (pintor de luz). Fui atrás da fonte, e tentei por duas vezes participar dos Workshops de Eric, mas as datas nunca coincidiram com as minhas viagens para a América ou Canadá.
Mas Eric, como todo canadense, sempre foi um gentleman e muito acessível. Contei minha história e ele não só teve o carinho de me ensinar a técnica como me incluiu no seu grupo de estudos com seus alunos do mundo inteiro.
Mesmo com um esboço já em minha mente desde que comecei a minha trajetória com a câmera nas mãos, não posso deixar de creditar àquele que me ensinou a técnica, me inspirou e me fez ter coragem para dar vida ao meu projeto.
Aí nasceu a “Teoria da Luz”, um projeto que defende que existem formas de luz que nós ainda não concebemos, não conseguimos tocar, mas com a fotografia podemos ver. E esse é o milagre da fotografia, da inspiração e da Teoria da Luz que eu trago e lanço com exclusividade. Esse lançamento estava programado para Maio, mas eu fiz questão de esperar para lançar por aqui pois como já disse, precisava ser especial.
Digo sempre aos meus alunos, amigos e colegas de trabalho que vale a pena se inspirar em trabalhos que te cativam, desde que busque assumir a sua forma de se expressar, afinal somos seres únicos e inspirados pela vida dos nossos antepassados e do próximo também.
Aqui, aos poucos vou forjando minha identidade usando as técnicas do meu mentor. Hoje eu trouxe alguns experimentos e levei a Renata (que embarcou nessa comigo) para a Região da Pampulha. Todas as fotos inspiradas nas técnicas de Eric Paré.
Roberto Benatti é fotógrafo Profissional especializado em fotojornalismo, moda, casamentos e still. Certificado pela CanonCollege Brasil e Canon Live Learning em San Francisco, com diversos trabalhos publicados em jornais, revistas, capas de revistas, especiais, sites e blogs. Também é Videomaker, Músico e agora colunista. Considera impagável ter a liberdade como estilo de vida e não gostava de viajar até sair do país pela primeira vez.
Carla e Edu são assim, quase personagens de livro de rock, ficção e romance! Uma mistura deBran Stoker apaixonado com Alan Poe e Neil Gaiman. Uma Ópera batia num liquidificador pop e que se tivessem demorado mais 5 minutos para nascer teriam virado história em quadrinhos daquela que guardamos para toda vida.
Eles queriam um cenário multifacetado. Que se transformasse de um filme de Tarantino a um tango argentino. E foi assim que eles representaram essa paixão toda no dia 7 de setembro de 2015 no Instituto Estadual do Patrimônio histórico e Artístico de Minas Gerais. O local e a data não poderiam ser mais representativos. Uma ode ao amor.
E sabe o mais bacana de tudo?? Eu não apenas me apaixonei pela arte, beleza e magia dessas fotos, como me emocionei ao relembrar um lugar que me marcou muito no passado. Eu já trabalhei como advogada neste prédio, durante um ano e me lembro, como se fosse hoje, cada detalhe, escada ou vista que se tinha/tem daquelas janelas esculturais, daqueles corredores históricos.
Se você pensa em fazer um ensaio pré wedding (ou pós!), ou simplesmente um ensaio tão surpreendente como este, preste atenção na riqueza das imagens clicadas peloPoema Branco, uma equipe tão competente quanto criativa, de quem admiro MUITO o trabalho.
Ooooooooooooooooooi! Gente, tive um final de semana tão maravilhoso em BH que vocês nem imaginam.. Jantar na casa de amigos quiriiiiiiiiidos, encontro com a família, passeio em Inhotim, mas, principal e especialmente, por ter ido ao espetáculo do Ballet Kirov aqui no Brasil!! Como disse, depois de já ter perdido as esperanças eu tive a maior surpresa do mundo quando fiquei sabendo que sim, eu não ficaria de fora mais uma vez. Vocês não imaginam meus pulos de alegria. E olha, realmente fui uma noite de gala, de um espetáculo grandiosíssimo e que durou, PASMEM, três horas! Voltar ao Palácio das Artes para um espetáculo de ballet desta natureza é realmente uma experiência inesquecível. Vi, revi e revivi tanta coisa, tanta história, tantas pessoas. Mas duas histórias são particularmente especiais pra mim. A primeira é que eu já me apresentei naquela imensidão de palco. Pois é, minha primeira apresentação de ballet, de “Anita Kids” mesmo, há tipo, duzentos anos atrás, foi ali e vocês já até viram umas fotinhas neste post aqui.
Isto é um privilégio para poucos, viu? A segunda é que eu revivi uma experiência engraçadíssima e inesquecível que passei há um tempo atrás, juntamente com duas amigas queridas: Manuella e Clarissa. É que da última vez que o Kirov veio aqui nós três fomos à apresentação matinée (vespertina) e, naquela loucura que tínhamos e que éramos com o ballet não sei nem como, mas nos enfiamos, depois do espetáculo, nos camarins, nos corredores dos bastidores, tudo para conseguirmos uma sapatilha usada, um autógrafo, uma foto, o que quer que fosse. Mas nossa ousadia foi tamanha que fomos nos enfiando, nos metendo, escondidas de todo mundo, claro, que, de repente, nos vimos do lado de dentro do palco com o espetáculo da noite prestes a começar. E o melhor. Ninguém nos viu, nos descobriu e nós assistimos ao Kirov de dentro da coxia.
Parece história inventada, mas juro que não é. As meninas estão aí que não me deixam mentir.Aaaaaaaaaaaaai, que saudade.. Manu, Cla, que saudade de tudo! Deixando os devanEUios de lado, quanto ao Look do dia eu usei um vestido que tinha usado pela primeira e única vez até então no meu casamento na Igreja (para quem não sabe, casei três vezes em uma semana- no civil, na Igreja e na festa – com o mesmo maridooooooo, ok???). Nunca mais usei e esqueci. Mas estava com vontade de usar algo mais classiquinho, com cara de bailarina mesmo e, exatamente por isso, fiz também o coque. Já queria entrar no clima.
O Grand Finale! P.S.: Só tirei foto quando o espetáculo acabou, ok?? Antes disso é proibido e muito mal educado.
A história do Ballet Kirov
O Balé Kirov foi fundado na década de 1740 como o Ballet Imperial Russo. Fechado após a Revolução Comunista de 1917, o Ballet reabriu com o nome Ballet Soviético, até ganhar, em 1934 o nome de um líder soviético assassinado por Stalin: Sergei Kirov. Durante o século XX o Ballet Kirov consolidou sua fama mundial, tendo revelado bailarinos como Mikhail Baryshnikov, Anna Pavlova, Vasláv
Nijinsky, Rudolf Nureyev e Natalia Makarova. Em seu repertório, peças consagradas como Romeu e Julieta, O Quebra-Nozes e O Lago dos Cisnes, de Tchaikovsky. O Ballet Kirov apresentou O Lago dos Cisnes pela 1ª vez em 1895 no Teatro Mariinsky. Com o fim da União Soviética a Companhia passou a se chamar Ballet Mariinsky, adotando o nome do teatro que os abriga desde o século XVIII, e utilizando o nome ‘Ballet Kirov’ apenas para suas turnês mundiais. Nos anos do regime comunista, passou a ser conhecida como Ballet Kirov.
Atualmente o Ballet Kirové dirigida por Yuri Fateiv, que procura manter o repertório romântico e clássico, promovendo paralelamente uma abertura para os coreógrafos mais modernos do ocidente.
O Ballet Kirov é hoje um dos maiores nomes do balé mundial, empregando cerca de 200 bailarinos.
Sobre o Lago dos Cisnes
“O Lago dos Cisnes” é um marco na história da dança. Pela primeira vez as bailarinas usaram o famoso tutu curtinho – o tutu bandeja -, que se tornou um ícone da indumentária, rompendo um tradicional padrão estético. Começa quando o diretor do teatro Bolshoi de Moscou, Vladimir Begitchev, encomenda ao compositor Tchaikovsky em 1875, uma música para um ballet inspirado em lendas de mulheres cisnes. Ele aceita, apesar de não compor música para ballet, pois se encantou com o tema e precisava de dinheiro.
A estréia se deu em 20 de fevereiro de 1877, e apesar da belíssima obra de Tchaikovsky, o resultado foi um verdadeiro fracasso, atribuído à pobre coreografia de Julius Reisinger e ao medíocre desempenho de sua protagonista, a bailarina Pelageya Karpakova.
Em 1894 o príncipe Ivan Alexandrovich, então diretor do Teatro Mariinsky de São Petersburgo, decide homenagear Tchaikovsky, que havia falecido um ano antes, criando uma nova versão de “O Lago dos Cisnes”. Marius Petipa, que era o principal maître de ballet do Teatro Mariinsky, foi encarregado, desta vez, de fazer a nova coreografia. Foi tanto o sucesso, devido ao lirismo e à beleza da coreografia, que em janeiro de 1895 vem a tona a obra prima completa com 4 atos: Lev Ivanov (ajudante de Petipa) coreografa os atos brancos, 2º e 4º atos, e Marius Petipa, os outros dois, 1º e 3º atos. SINOPSE
Prólogo: A Princesa Odette, de beleza ímpar, passeia distraidamente, quando é capturada e enfeitiçada pelo cruel bruxo Von Rothbart, que a transforma num belo cisne.. Primeiro ato: (Jardins do castelo): O Príncipe Siegfried comemora sua maioridade junto a amigos e convidados e ganha de sua mãe, a rainha, uma arma de caça. Na noite seguinte deverá escolher uma noiva para desposar, tornando-se o rei. Com a chegada da noite, o jovem príncipe fica sozinho e angustiado e decide ir ao lago caçar. Segundo ato: (Um lago na floresta): Em busca de delicados cisnes, Siegfried se aproxima do lago e vê um belíssimo cisne branco. Prepara sua arma para atirar e subitamente o pássaro se transforma na mais linda jovem que já vira: Odette, a rainha dos cisnes. Ela conta ao príncipe o encantamento de que foi vítima e que somente um amor puro e verdadeiro será capaz de libertá-la. Ele logo compreende que a bela e triste Odette é o seu grande amor e ela imagina ter encontrado seu salvador. O casal se apaixona, trocam juras de amor e prometem se unir. Terceiro ato: (O baile no castelo): Na festa de seu aniversário, Siegfried deve escolher uma noiva dentre as donzelas presentes, porém, nenhuma das jovens atrai sua atenção. Subitamente, o bruxo entra no baile com sua linda filha Odile, vestida de negro e com a aparência idêntica à de Odette. O Príncipe fica enfeitiçado pela beleza e sensualidade de Odile e apaixona-se. Sendo assim, a nova jura de amor anula a promessa feita à Odette que permanecerá para sempre presa ao feiticeiro. Quando Siegfried percebe que foi enganado, se desespera e parte para o lago para se encontrar com sua amada Odette. Quarto ato: (Noite no lago): As jovens cisnes, tristes com a tragédia de Odette, dançam desesperadamente em torno de sua rainha. Odette lhes conta que Siegfried quebrou o juramento. O Príncipe se aproxima e implora o perdão de sua amada e a jovem rainha o perdoa. O bruxo tenta com todas as suas forças separar os amantes, mas Siegfried enfrenta o terrível feiticeiro pela força do amor e sai vencedor. O feitiço que mantém presas todas aquelas jovens é desfeito. A aurora anuncia a chegada de um novo dia. Odette e Siegfried atingem, enfim, a plenitude de um amor ideal e eterno.
Gente, desculpe pelo tamanho do post. Mas, sabem, é MUITA emoção. Não me contive..