Fresca? Não! Bem criada.

Tag: Exposição

05
maio

Exposição e Foco

Olá pessoal, e aí? Espero que as minhas dicas estejam sendo úteis.

A ideia é fazer com que vocês consigam entender como transmitir a informação através das fotos de vocês da melhor forma possível, com dicas de bolso que vão seguramente melhorar os registros de vocês já que hoje fazer imagens já faz parte da nossa rotina.

Depois de aprender a respeitar a linha do horizonte e os ângulos num dos últimos posts, vou precisar falar sobre duas técnicas que precisam estar bem “claras” para vocês antes de passarmos para “Composição”.

B1Essas linhas que cortam a foto é baseada na “Regra dos Terços” que é um dos primeiro conceitos de composição mas vou detalhar isso só no próximo post pois fotografar sem esses dois conceitos seria como compor uma musica com instrumentos desafinados.

 

Exposição e Foco

 

Exposição é a quantidade de luz que o sensor capta para definir uma imagem.

Como já disse antes, a fotografia é uma serie de escolhas e essas escolhas que abrem o campo para criatividade para passar a mensagem que queremos. Saber controlar a luz é uma delas, d para isso existe a “Fotometria”.

Fotometria é média denominada por “Pontos de Luz” e existe um sensor chamado “Fotometro” que mede isso.  Infelizmente só é possível controlar a exposição em câmeras com o modo de Exposiçcão Manual (M) disponível.

Mas em aparelhos celulares, basta tocar na tela para que essa medição seja feita automaticamente.

Veja na imagem acima que existe um gráfico -5,0 , 0.0 e +5,0 onde 0 é o ponto ideal; -5,0 ela estaria SubExposta/Escura (quando falta luz); e +5.0 ela estaria SuperExposta/Estourada (quando sobra luz).

 

Geralmente um fotômetro é representado por esse gráfico.B2

                 Imagem: Canon College

Pouca luz no sensor                        Ideal                         Muita luz no sensor

A composição é uma técnica que foi desenvolvida a partir da leitura e percepção que nosso cérebro tem ao varrer uma imagem para interpretá-la.

E para isso existem uma série de regras que são utilizadas para chamar atenção do nosso olhar, afinal quando se faz e publica uma foto é o que queremos.

Sim, nós fotógrafos profissionais usamos essas técnicas para fazer com que o observador absorva nossa ideia ou informação. Desde as regras mais básicas até as mais avançadas nós vamos trabalhando e brincando com isso, instintivamente (acontece muito comigo em muitos colegas) ou não.

Existem estudos até de escala de cores que chamam mais a atenção sobre as demais, mas obvio que a ideia aqui é trazer dicas que vão ajudar vocês, portanto vamos sempre falar nas mais acessíveis, que não necessitam de embasamento técnico e pratico como pré-requisito, e podem ser aplicadas facilmente por qualquer um.

Gosto de dar exemplos práticos e associá-los com coisas cotidianas porque esse método funciona muito bem comigo e com todos os meus alunos.

Num dos últimos posts eu falei do sentido de leitura lembram?

Seja uma foto com a orientação em paisagem(na horizontal) ou retrato( na vertical) a trajetória do olhar é praticamente a mesma, porém na imagens essa trajetória não segue uma linha como em um texto, por exemplo, essas palavras estão te induzindo a ir para a próxima palavra até quebrar a linha e por aí vai até o final do texto e a conclusão do paragrafo.

Porém, em uma imagem essa leitura é feita com varrimentos onde a trajetória do olhar te induz a buscas é aí que entram os pontos de interesse.

O primeiro ponto que seu cérebro procura em uma fotografia são formas para ele identificar mas pra isso ele procura uma região com maior incidência de “Luz” seguido da área mais nítida da imagem, um “Foco”.

B3 B4

Notaram que mesmo tendo uma “Exposição” (controle de luz ideal) a primeira imagem é insuportável e confusa de se observar e na segunda você parou na rede?

Não importa quantas interações existem, na primeira varredura nosso cérebro busca em uma imagem devidamente exposta é onde está o foco. E ele não suporta quando não há.

Esse é o conceito na maioria dos casos, não ser que você esteja diante de um retrato onde nosso olhar vai direto nos olhos do fotografado buscando primeiro contato para depois varrer os outros detalhes.

B5Aqui nossa querida Anita em segundo plano (a grade está em primeiro) mas o foco está em seus olhos, o que a trouxe para o ponto de interesse principal e a faz assumir toda sua personalidade sobre a foto, e foi exatamente isso que fez ela arrasar nesse click. <3

Dica em off: Para melhor resultado em retratos (onde a pessoa encara a lente) o foco deve estar sempre nos olhos.

Olhe para qualquer ponto fora dessa tela e perceba que o que você vê é o que está em foco. Mesmo em um texto, a única coisa que está em foco agora são as palavras que você lê.

Quando o que você quer fotografar está fora de foco, muitas vezes a varredura passará pelo motivo principal batido pois o cérebro entende que aquilo não é o que ele deve ver. Mesmo que seja o motivo central, isso nos incomoda porque não tem nitidez, contraste e não conseguimos ver os detalhes.

Muitas vezes um registro não é compreendido porque a mensagem não foi passada da devida maneira, assim como um texto equivocado.

B6-Estava me ouvindo Neo, ou estava olhando para a “Mulher de Vermelho”?

(Morpheus em Matrix)

Vejam nesse registro que mesmo que o motivo esteja do lado oposto ao sentido de leitura (da direita pra esquerda), em frações de segundo você varreu a imagem e foi direto para onde está a área mais iluminada (bem exposta) e com foco.

Depois de interpretar a imagem como um todo você até voltou para ler a minha logo a esquerda porque ela é branca e nítida e está posicionada onde a atenção é secundaria já que eu não quero que ela apareça mais do que a foto em si,  mas a primeira vista você foi direto na “Mulher de Vermelho”.

Mas por quê? Porque eu te conduzi a isso!

Primeiro expondo o motivo da maneira correta, segundo o botando em foco e terceiro usando uma técnica de composição.  Se você traçar a foto com as linhas da Regra dos Terços verá que a modelo esta posicionada em uma delas fazendo dela um ponto de interesse. 😉

A ideia mesmo é que você saia da “Matrix” e descomplique a fotografia, já que sou da opinião que todas as pessoas devem saber fotografar mas sempre digo que fotografia, mesmo que esteja mais acessível do que nunca, não é apenas uma questão de chegar e clicar.

Isso deve ser valorizado, portanto, em determinados casos, deixe com o profissional!

Tenho certeza que se você fizer uma boa escolha ele saberá, usando as técnicas e praticas que estudamos, evidenciar o que você precisa que seja mostrado.

Agora que deixei “mais claro” como o seu cérebro funciona ao ver uma imagem podemos “focar” um pouco mais na composição.

Mas isso veremos só no próximo post.

Foca, ops, fica aqui!

Roberto Benatti é fotógrafo Profissional especializado em fotojornalismo, moda, casamentos e still. Certificado pela Canon College Brasil e Canon Live Learning em San Francisco, com diversos trabalhos publicados em jornais, revistas, capas de revistas, especiais, sites e blogs. Também é Videomaker, Músico e agora colunista. Considera impagável ter a liberdade como estilo de vida e não gostava de viajar até sair do país pela primeira vez.

12
fev

Deixei minha filha de 10 anos com minha câmera em uma exposição de arte e vejam o que aconteceu.

O post de hoje é mais do que especial e me enche de orgulho!

Combinei um passeio com a minha filha, a Maria Clara, e chegando ao local não deu certo. Para não perder viagem eu a levei à exposição “ComCiência”, de Patricia Piccinini no CCBB.

Acredito que o acesso à cultura e arte é uma das coisas mais preciosas que podemos fazer e proporcionar para nossos filhos. Como um fotógrafo que se preza, eu não vou a um passeio nenhum, muito menos com minha filha, sem uma de minhas câmeras, ainda mais depois de migrar para o sistema “mirrorless” onde além se ter um equipamento mais leve, prático e discreto, ele pode estar sempre comigo.

Enquanto estávamos na fila pedi para que ela segurasse a câmera por uns instantes para que eu pudesse pegar os documentos e, quando voltei o olhar, lá estava ela já com o olhão no visor, todo aquele entusiasmo e vontade de explorar um mundo novo que toda criança de 10 anos tem.

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“A Magia acontecendo”

À beira de entrar na exposição notei que isso seria muito interessante, interativo e já que estamos nos conectando de novo seria uma boa ideia. Mas não dava tempo nem de introduzir a ela o conceito da fotografia e eu nem queria que ela utilizasse a câmera em Modo Automático (sim aquele verdinho) pois eu queria ver até onde a capacidade criativa dela poderia chegar com uma câmera nas mãos.

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“Deixe sua câmera em Modo Automático (o verdinho da rodinha) e abra mão das escolhas que toda a criatividade da fotografia pode lhe proporcionar.”

Como já disse aqui, gosto de sair com lentes 50mm, pois é a distância focal que se mais se assemelha ao o olhar humano. A que estava com ela 50mm f/0,95 toda manual, inclusive o foco, o que torna o desafio mais prazeroso.

Deixei na abertura máxima e a ensinei apenas aqueles dois conceitos que eu considero essenciais na fotografia e que eu já trouxe aqui para vocês no último post: Foco e Exposição.

Não quis ensinar nenhuma outra técnica ou regra. Queria que ela se descobrisse de forma natural, pura e desenvolvesse seu próprio olhar. Quis que ela registrasse com sua intuição genuína e contasse a sua própria história a partir da sua percepção.

Esse ano eu desenvolvi uma oficina e vivência que se chama “O Despertar do Olhar” (clique em outra aba e veja depois) onde eu abordo conceitos em atividades práticas e criativas que visam o desenvolvimento da percepção visual e fotográfica de cada um. Fiquem atentos pois em 2017 eu vou voltar com as turmas!!

E para minha surpresa e de forma totalmente espontânea eu estava ali, com a minha filha em seu “Despertar do Olhar”.

Ao descarregar o cartão e transferir as fotos, além de ficar impressionado com resultado eu cheguei à conclusão de o quão fantástico pode ser quando fotografamos desprovidos de ego, vontade nem necessidade de fazer o melhor registro e nem ser melhor que ninguém, ter o melhor post, mais curtidas e o principal, que não devemos nunca perder essa essência pois é o que nos faz ter uma identidade, e muito menos o lado lúdico do nosso olhar.

Convido vocês a verem o quanto é interessante um passeio por uma exposição de arte pelo olhar de uma criança de 10 anos.

Vale mencionar que eu não fiz nenhum tipo de tratamento, correção, aplicação de filtros ou efeitos. Considero essa parte do processo essencial na fotografia atual mas nesse caso, exportar as fotos do jeito que elas foram registradas e saíram da câmera deixa percepção e sentido dessa sequência muito mais interessante.

Vejam:

 

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Sony alpha A7MII – 50mm f/0.95 Créditos: Maria Clara Fernandes Benatti

Como eu disse, tem sido um recomeço pra gente, mas olhando bem as fotos da Clarinha percebi que o quanto mais eu conheço, descubro e reconheço a essência dela, mais eu conheço, reconheço e descubro sobre mim. :’)

Roberto Benatti é fotógrafo Profissional especializado em fotojornalismo, moda, casamentos e still. Certificado pela Canon College Brasil e Canon Live Learning em San Francisco, com diversos trabalhos publicados em jornais, revistas, capas de revistas, especiais, sites e blogs. Também é Videomaker, Músico e agora colunista. Considera impagável ter a liberdade como estilo de vida e não gostava de viajar até sair do país pela primeira vez.

06
set

F.I.T: fotografia, arte e sentimento humano com Roberto Benatti

Olá leitores do Anita Bem Criada, tudo bem?

Já feito o primeiro post (quem não viu ainda, clique aqui!), prometo hoje eu não vou contar a história da minha vida pra vocês, embora eu vá sempre compartilhar algo dela com vocês ok? (risos).

Considero a oportunidade de viajar uma das mais importantes para a nossa existência, seja cultural, existencial, para a saúde mental e até física.

Em todas as viagens eu considero absorver um pouco para a bagagem e sempre procuro estudar, adquirir conhecimentos, fazer workshops, visitas técnicas para expandir minhas referências além do meu consciente e inconsciente criativo.

Na minha última viagem a NY eu fiz questão de visitar Museu do FIT : Fashion Institute of Technology. São dois anexos, literalmente dois quarteirões dedicados à moda nas ruas 27 e 28 com a Sétima Avenida, sempre há exibições, o acervo é histórico e imenso nesse que é considerado um dos maiores museus de moda do mundo.

Chegando lá me deparei com uma exposição onde os manequins encenam as facetas dos sentimentos humanos.

Particularmente, uma das coisas me mais me chama atenção na moda é um pouco do lado surreal das coisas. Fico fascinado…

REVIGORADO       fit 1fit 2

DETERMINADOfit 3

DESEJADAfit 4

AMADAfit 5

ENROLADOfit 6

DESOLADAfit 7

Todas as fotos foram feitas com minha recém comprada Sony A7II e uma lente 50mm f/.95.

Sempre opto por fotografar na rua com uma 50mm (50 milímetros) pois é a distância focal que mais se aproxima do olhar humano e isso faz com que os registros sejam mais reais, já que a ideia das minhas saídas é sempre mostrar o meu ponto de vista perante as coisas.fit 8

FANTASIADAfit 9

VAIDOSAfit 10

SOBRECARREGADAfit 11

ENERGÉTICAfit 12Será que com os padrões/ exigências de beleza e perfeição da nossa cultura e geração estamos nos permitindo vivenciar os sentimentos naturais do ser humano?

Pense nisso!

Para os amantes de moda, leitores do site e/ou viajantes como eu, vale a pena agendar uma visita no Museu, fazer os cursos do FIT ou dar uma esticada quando estiver batendo perna por NY mesmo sem programar (o que mais gosto de fazer).fit 13 http://www.fitnyc.edu/

Se chegou até aqui um abraço e até a próxima.

Me siga no Instagram: @benattifoto

Ou escreva: contato@robertobenatti.com

Fotos: © Roberto Benatti  – Todos os direitos Resevados

Roberto Benatti é fotógrafo Profissional especializado em fotojornalismo, moda, casamentos e still. Certificado pela CanonCollege Brasil e Canon Live Learning em San Francisco, com diversos trabalhos publicados em jornais, revistas, capas de revistas, especiais, sites e blogs. Também é Videomaker, Músico e agora colunista. Considera impagável ter a liberdade como estilo de vida e não gostava de viajar até sair do país pela primeira vez.

24
jun

Centro de Referêncida de Moda – CRModa

moda original

Não! Não foi mesmo por acaso que escolhi o Centro de Referência da Moda como cenário para a comemoração dos 5 anos de existência do meu, do nosso, Anita Bem Criada!! A beleza quase extravagante do lugar, o ponto minuciosamente estratégico e a história, sim, uma história rica e destacável, a ser difundida e amplamente conhecida por muitos ou todos, não passaram batido por mim, e não passa por ninguém, posso assegurar.Centro-de-Referência-da-Moda (1)Quem passa pelo cruzamento entre Av. Augusto de Lima e Rua da Bahia, se depara com uma bela edificação de 1914, no estilo neogótico. Lindo e imponente, é confundido por muitos com uma Igreja (tem até quem faça sinal da cruz!).

O edifício é tombado pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (IEPHA- MG) e pelo Conselho Deliberativo do Patrimônio Cultural do Município de Belo Horizonte. Em cem anos de existência, o prédio já sediou importantes instituições histórico-culturais, como o Conselho Deliberativo da Capital, a Biblioteca Municipal, a primeira rádio da cidade (PRC-7, Rádio Mineira), as aulas inaugurais da Escola de Arquitetura da UFMG, a Câmara Municipal, o Museu de Mineralogia Professor Djalma Guimarães e o Museu da Força Expedicionária Brasileira.

O que pouca gente sabe é o que o edifício reserva por dentro. Desde 1997 o prédio abriga o CCBH que, a partir de 2012, abriu suas portas também para o CRModa.

O objetivo é mobilizar o mundo da moda, promovendo debates, estudos, desfiles, exposições, seminários e cursos. A ideia do espaço é ser um marco do setor na capital mineira, com o objetivo de registrar os acervos da cidade, e resgatar a memória material e imaterial ligada ao Design de Moda.

Além disso, no primeiro andar, uma biblioteca guarda livros de arte, história, ciências políticas, dentre outras obras envolvendo, principalmente, a área de humanas. Todos os volumes ficam disponíveis para consulta, em um ambiente aconchegante e rodeado por sabedoria.

Como lembranças daquele dia, em novembro de 2015, em que ali adentramos e exploramos cada degrau, cada curva e pedacinho da história, alguns registros do fotógrafo querido e parceiro, daquele momento, e da vida, Roberto Benatti!CRM-6 CRM-8 CRM-9 CRM-11 CRM-16 CRM-23 CRM-24CRM CRM-2 CRM-4 CRM-5

Próximas atrações:

Dentro da II Mostra Brasil Afro Moda, o Centro de Referência da Moda receberá, de 10 a 12 de agosto o II Seminário Nacional de Moda, Estética Negra e Economia Criativa. Com tema “Novo Olhar para Moda Afro-Brasileira”, é uma oportunidade de consolidar um diálogo com a sociedade belorizontina e nacional, sobre a interação dos temas relacionados ao entendimento das ações transversais e culturais da moda afro-brasileira.

Fonte: https://www.facebook.com/CRModaBHcentro de referência da moda - bh (7)Onde fica: Rua da Bahia, 1149- Centro
Funcionamento: Segunda-feira, de 10h às 19h
Terça a sexta-feira, de 10h às 21h.
Telefone: (31) 3277-4384

Entrada Gratuita