O futuro quando retratado nos mais variados filmes, vem sempre acompanhado de feitos mirabolantes, carros que voam, e roupas prateadas. O que não paramos para pensar, é que esse futuro tão estimado nas ficções científicas já está acontecendo à nossa volta. Nem sempre com maestria cinematográfica, nem sempre nos beneficiando, mas nos envolvendo e despertando os mais diversos questionamentos sobre a vida em comunidade e a relatividade do tempo.

Na moda, a temática acerca do porvir é frequente e está cada vez mais ligada à maneira como consumimos. Exemplo disso é o sistema See Now, Buy Now (já falado por aqui), em que peças apresentadas nas passarelas podem ser adquiridas minutos depois do desfile, através da internet. Nesse ritmo, a Gucci de Alessandro Michele, saiu na frente, literalmente, e desenvolveu em parceria com o site de compras Farfetch, o projeto F90, no qual a cliente pode obter uma peça em sua casa em até 90 minutos, numa espécie de delivery. O serviço já está disponível em 10 cidades do mundo, incluindo São Paulo.

Em contraponto a essas grandes mudanças no momento de se consumir roupas, a forma como digerimos as informações de moda também está passando por modificações relacionadas ao uso da tecnologia. Nas fashion weeks em todo o mundo, é fácil notar que os espectadores dos desfiles, não andam mais “desacompanhados”. Os celulares e tablets tomaram conta da “fila A”, e registrar sua presença virtual em eventos como esses, se tornou mais importante do que de fato assimilar as diversas referências passadas ali.

Plateia tira fotos com seus telefones celulares durante o desfile da estilista peruana Claudia Jimenez, no Lima Fashion Week, no Peru

A ciência de ponta possui uma infinidade de funções no universo da moda, seja para nos distrair de determinados objetivos, ou nos aproximar dos processos que envolvem a área, como é o caso do segmento esportivo que utiliza do high-tech para criar peças que melhorem a performance do usuário e a funcionalidade da roupa.

Os aplicativos também são ferramentas que facilitam nosso dia-a-dia e podem nos auxiliar no momento de escolher o que usar, ou em treinos de corridas. Esses dois exemplos em questão podem ser ilustrados pelo app Stella, que tem como função dar consultorias de estilo de acordo com o contexto do usuário, e pelo app Nike+ Run Club, que atua como um parceiro de exercícios, desenvolvendo treinos personalizados e pontuando a performance do atleta.

                                                                               Aplicativo Nike+ Run Club

A tecnologia se faz presente em nossas vidas todos os dias e de uma forma cada vez mais efetiva. Ponderar seu uso, ainda é um passo analógico e que deve ser repensado diariamente. O equilíbrio entre o palpável e o virtual se faz necessário para que o futuro siga acontecendo de forma high-tech.

Elisa Santiago é estudante de Design de Moda e uma eterna amante das ruas e das artes. Acredita na roupa como elemento de fala e empoderamento. É quem está por trás do @tens_razão.