No mês de abril acontece em todo mundo o Fashion Revolution Day, um dia para questionarmos quem faz as nossas roupas e repensar na responsabilidade que toda a cadeia produtiva da moda possui!
Esse movimento foi criado por um conselho global de líderes da indústria da moda sustentável que se uniram depois do desabamento do edifício Rana Plaza em Bangladesh no dia 24 de abril de 2013 que deixou 1.133 mortos e 2.500 feridos. A campanha surgiu com o objetivo de aumentar a conscientização sobre o verdadeiro custo da moda e seu impacto em todas as fases do processo de produção e consumo, mostrando ao mundo que a mudança é possível através da celebração dos envolvidos na criação de um futuro mais sustentável e criar conexões exigindo transparência.
A moda é uma força a ser considerada. Ela inspira, provoca, conduz e cativa. O Fashion Revolution tem ajudado a tornar a moda uma força para o bem. Dessa forma, no mês que passou ações diversas aconteceram ao redor do mundo para conscientizar-nos de que quando uma roupa é comercialmente barata, existem vidas humanas pagando muito caro por trás.
Pensando em atrair atenção global para o projeto, o Fashion Revolution convida as pessoas no dia 24 de abril a fotografar as etiquetas de suas roupas, marcar as lojas nas redes sociais e então questionar: quem faz as nossas roupas?
Pesquisar, indagar e repensar onde e como consumimos moda trás benefícios incontáveis. Vidas podem ser salvas, o meio ambiente pode ser preservado e a indústria fashion pode enfim ser um espaço democrático.
Vamos então nos propor a pensar mais sobre esse assunto? Procure saber quem faz as suas roupas!
Diante de todo processo de ressignificação do que compramos, eis que surge o conceito de ARMÁRIO CÁPSULA (também conhecido por WARDROBE CAPSULE)! Na verdade esse conceito surgiu na década de 70, quando a estilista Susie Faux pensou em um guarda roupa que combinava em poucos itens peças atemporais e peças tendência.
Mas vou explicar melhor: a ideia do armário cápsula que tem feito tanto sucesso nas redes trata-se de uma maneira de repensar o que vestimos reduzindo nossas peças de uso diário ao número de 37 itens. Esse número quando comparado ao que em geral temos do closet pode parecer pequeno, mas quem já adotou a mudança garante que essa quantidade é mais do que suficiente para o dia a dia! Vem ver mais no vídeo!
Aperte o play!
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Há quem diga que os momentos de incerteza e recessão são ótimos para impulsionar a criatividade dentro de nós. Mais que isso, outros ainda afirmam que o instante de aperto nos convida a reflexões profundas e mudanças de pontos de vista. É inevitável afirmar que atualmente passamos por esse tipo de situação. O mundo hoje vive uma fase de transição e não só a economia, mas o estilo de vida ocidental como um todo, está sendo repensado.
Seguindo essa vibe, nós, enquanto consumidores, estamos também revendo a maneira como compramos. Estamos treinando, aos poucos, um olhar mais consciente diante do que gastamos e buscamos cada vez mais por produtos que reúnam qualidade, propósito e sustentabilidade.
Refletindo tudo isso, entra em cena a valorização da economia local. Marcas e iniciativas que promovem o enaltecimento do que é produzido perto da nossa casa, do nosso bairro ou na nossa cidade, surgem significativamente, agitando a economia ao nosso redor.
Ao adquirir uma mercadoria local, o consumidor contribui com sua comunidade, com a geração de empregos de pessoas vizinhas e tem o benefício de um atendimento diferenciado devido à proximidade com o produtor. De acordo com pesquisas realizadas pelo Sebrae, 95% de todas as empresas no Brasil são consideradas pequenos negócios que produzem 27% da riqueza nacional e empregam 52% dos trabalhadores com carteira assinada.
E o que isso tem com a moda? Bom, o “consumir moda” também está sendo repensado e por conta disso, produtores bem perto de nós estão ganhando espaço no universo do vestuário, dos calçados e dos acessórios. Você precisa saber quem são eles!
LEDFruto do designerCélio Dias, a Led é uma marca de roupas que não se define por gênero. Com peças que transitam entre tecidos nobres e estamparia autoral, a palavra de ordem é autonomia. Seu mais recente projeto, chamado [Re]Invente-se, trata-se de uma parceria com o coletivo Underlight, e tem como objetivo vestir pessoas e despir ideias.
Nessa empreitada, diversas personalidades da cidade foram convidadas a contar suas histórias e provocar uma reflexão sobre padrões.
Carlos PennaBuscando sempre o inusitado, a marca de acessórios do designerCarlos Penna desenha sua história através da resinificação de materiais e formas. Sem se apegar ao conceito de joia, suas peças transitam entre contextos e definições. Porém, a marca acredita que a experiência do produto só é completa quando é dada a relação entre o criador, o objeto e seu usuário.
Com seu design diferenciado e bem elaborado, a marca propõe uma nova forma de se pensar acessórios. Brincos, pulseiras, colares e anéis se transformam em arte, rendendo até uma forte parceria com a galeria Quarto Amado.
Nuu ShoesIdealizada pela dupla Marcela Torres e Marina Lerbach, a Nuu traz um banho de novidades e experimentações na área dos calçados. Sem medo de ousar, a marca acredita na união entre estética e conforto, e propõe sapatos para uma mulher descomplicada e sem disfarces.
Os temas de suas coleções giram em torno de questionamentos sobre espaço e tempo, o que se reflete na variedade dos materiais e das formas desenvolvidas pelas designers. O equilíbrio vanguardista da marca não é novidade só por aqui, os produtos da Nuu Shoes já apareceram nas principais publicações de moda do Brasil.
MoocaAjudando diversos segmentos além da moda, a Mooca é a primeira loja colaborativa do Brasil com aceleração de produtores criativos locais. Originada das mentes inquietas da ex-publicitária Fabi Soares e da designerMarina Montenegro, esse projeto movimenta a economia da cidade desde 2015 e colabora com novos produtores através de consultorias, análises de resultados e workshops.
Todo esse trabalho desenvolvido cuidadosamente, se reflete em produtos criativos de qualidade que estão disponíveis na loja física da Mooca, localizada na região da Savassi, em BH. Esse projeto é a prova de que empoderar o produtor local, traz benefícios a toda a comunidade em volta.
Elisa Santiago é estudante de Design de Moda e uma eterna amante das ruas e das artes. Acredita na roupa como elemento de fala e empoderamento. É quem está por trás do @tens_razão.