O ano vai chegando ao fim e, inevitavelmente, toda aquela retrospectiva passa pela pela nossa cabeça né… é hora de fazer o balanço, ver o saldo, mudar o que foi ruim, elevar o que foi bom, e reprogramar!
Num primeiro momento, e até há bem pouco tempo, eu diria que a palavra que definiria o meu ano teria sido “APRENDIZADO“. .
E foi! Aprendi tanto, mas tanto nesta escola da vida! Mas também nas salas de aula, nos auditórios, nos livros e nas trocas. Aprendizagem literal e metaforicamente!
Mas HOJE posso dizer que uma palavra que melhor define o meu ano (talvez não o 2018 todo.. mas o fechamento dele) é RESSIGNIFICADO! Depois eu conto mais sobre isso..
Mas e a sua? Qual é a palavra que representa este ano de 2018 que já já se vai na sua vida? Se não pensou nisso, parando rapidamente pra analisar, conta pra mim qual é a SUA palavra pra 2018?! 👇
A 46ª edição da São Paulo Fashion Week aconteceu essa semana e chegou trazendo mudanças no 23º ano do evento. A começar pelo espaço físico, a programação desligou-se do pavilhão da bienal no Parque Ibirapuera e agora se hospeda no espaço ARCA, localizado na zona oeste da cidade.
Provocar esse deslocamento se deu no intuito de aproveitar e utilizar novos espaços artísticos de São Paulo, “ Desde o início destacamos que estávamos iniciando um projeto de 30 anos. Agora estamos em mais uma etapa deste processo, novamente com a criatividade em diferentes níveis, em novos espaços. O Farol é o ponto de partida dessa edição que chega até o outro lado da cidade num antigo galpão industrial na Vila Leopoldina. É a vontade de expandir fronteiras e ir além, ressignificar espaços a partir da criatividade alinhado à vocação de São Paulo para as novas economias, integrando e conectando a cidade com os grandes centros de inovação do mundo,” destaca Paulo Borges, idealizador e diretor criativo do SPFW.
Dentre as marcas que desfilam nessa temporada Glória Coelho, Lino Vila Ventura e Amir Slama encabeçam o time dos veteranos, enquanto marcas como Mipinta e Ão trazem o frescor dos novos talentos.
Como destaque nessa edição tivemos desfiles como o do estilista mineiro Ronaldo Fraga, que levou à passarela um banquete para o público, a marca também mineira LED com sua coleção arretada em homenagem ao povo e a luta nordestina e a sensibilidade diversa da marca Beira, que cria peças baseadas em funcionalidade.
A cidade de Belo Horizonte vêm crescendo positivamente em termos de estabelecimentos culturais que celebram arte, gastronomia, moda e música. De uns anos para cá, a capital vivenciou um boom de novos lugares e está aos poucos se tornando uma capital rejuvenescida e mais conectada a sua origem.
Dentre os empreendimentos que vêm surgindo, destacamos alguns que valem a pena a visita e que prometem ser novos pontos turísticos para quem vem conhecer a nossa terra.
Querida Jacinta
Orgulhosamente localizada na zona leste de BH, a cervejaria Querida Jacinta trás um clima de mais amor, descontração e leveza para a cidade. Em um ambiente que nos remete aos pubs, mas com uma pegada bem brasileira, são oferecidos pratos como mexido e guaca mole, além das 11 torneiras de chopp. Com uma trilha sonora dançante, o local é ponto de encontro para quem busca harmonizar comida boa e cervejas especiais.Endereço: R. Grão Pará, 185 – Santa Efigênia
Birosca s2
Se a ideia é juntar gastronomia afetiva, ambiente aconchegante e música boa, o Birosca é o lugar certo! Com uma decoração digna de casa de vó, cheia de louças antigas, o bistrô é um abraço na nostalgia e oferece pratos que transitam entre a culinária mineira e francesa preparados pela chef Bruna Teixeira. Para quem busca uma opção mais romântica, o restaurante é dica certeira, além do menu e do cenário, artistas de piano e jazz são figurinhas carimbadas no local e apresentam uma seleção musical imperdível.Endereço: Rua Silvianópolis, 483 – Santa Tereza
Mercado da Boca
Inspirado no Mercado da Ribeira em Lisboa, o mais novo empreendimento culinário de BH reúne chefs renomados como Ivo Faria e Fred Trindade que apresentam diversas delícias da gastronomia mineira. Além do time estrelado de chefes, o ambiente conta com a presença de restaurantes como Alma Chef, Green Up e Patuscada. Para quem deseja degustar um pouco de cada opção em um local novo e dinâmico, o Mercado da Boca é uma excelente opção!Endereço: Av. Toronto, 156 – Jardim Canadá, Nova Lima
Grande Hotel Ronaldo Fraga
Sempre antenado às tendências globais, o estilista Ronaldo Fraga encerrou as atividades de sua loja na região da Savassi em 2016 para se aventurar em um novo espaço repleto de coletividade, novas marcas e muito charme! Localizado no bairro Funcionários, o Grande Hotel Ronaldo Fraga tornou-se um ambiente que abriga novos nomes da moda mineira, além de um café aconchegante envolvido numa arquitetura antiga e cheia de memórias. Visitar esse novo espaço é um mergulho no universo fashion da cidade.Endereço: R. Ceará, 1205 – Funcionários
Nicolau Bar da Esquina
Localizado na região mais boêmia de Belo Horizonte, entre o Horto e Santa Tereza, o gastro bar Nicolau, busca resgatar através da culinária e da arquitetura, a cultura genuína da cidade, onde ambiente e boa comida andam de mãos dadas. Com projeto do arquiteto Gustavo Penna e menu do chef Leo Paixão, o empreendimento oferece pratos conceituais que tem a intenção de popularizar as tradições mineiras.Endereço: R. Pouso Alegre, 2217 – Horto
O ano está chegando ao fim e dizer que ele foi tranquilo seria uma afirmação bem distante da realidade. Dois mil e dezesseis foi marcado por transições, inquietações e sem dúvida alguma, confusões.
Fazendo seu papel de espelho da sociedade, a moda também acompanhou o ritmo e viveu momentos calorosos nesses trezentos e muitos dias que já se passaram.
Dessa forma, vamos aproveitar o clima nostálgico de final de ano e relembrar o que marcou esses 12 meses nas passarelas e nas ruas. Desde as mudanças no cenário da área até as tendências que fizeram a cabeça (e os pés) dos fashionistas.
O falecimento de David Bowie (16 de Janeiro)
Logo nas primeiras semanas de 2016, o mundo acordou com a triste notícia da morte do cantor, ator e estrela David Bowie. Já doente o artista lançou seu último álbum, Blackstar, que mais pareceu um anúncio antecipado de sua ida para o lado dos imortais. Bowie foi para a moda mais do que um ícone, ele atravessou as barreiras de gênero muito antes de ser um tópico em discussão, realizou parcerias com estilistas, fez de suas apresentações performances teatrais e sempre nos impressionou com a sua capacidade camaleônica de mudar e se renovar.
No gender em evidênciaPegando carona no questionamento lançado por Bowie na década de setenta, o debate a respeito do gênero ou da ausência dele se fez novamente atual durante o ano.
O tema que antes era diálogo apenas na vanguarda e no underground, toma voz e nos convida a repensar a maneira como respeitamos as escolhas e a essência de cada indivíduo.
Artistas como Liniker e Jaloo entram em cena com sua voz e estilo que pouco se apegam aos conceitos de masculino e feminino.
Nas passarelas o casting formado por modelos transexuais assumiu o protagonismo da coleção do estilista Ronaldo Fraga, além de marcas que vêm apostando numa moda unissex e distante dos padrões, como é o caso da LED, do mineiro Célio Dias. SPFWTRANS N42O São Paulo Fashion Week que aconteceu em outubro marcou um momento de significativas alterações no cenário da moda brasileira. Trazendo o prefixo trans em seu título, o evento abordou uma nova roupagem para sua 42ª edição e sugeriu a moda que transgredisse, transitasse e se transformasse.
A nova programação contou com a adoção do conceito de see now, buy now (que você já leu por aqui), exposições que exibiam parcerias entre estilistas e fotógrafos, além de desfiles questionadores e cheios de representatividade como o da marca Lab Fantasma, do cantor Emicida e seu irmão Evandro Fiotti, que trouxeram às passarelas os mais variados corpos e cores.
A vez dos flat forms
Não tem jeito de falarmos de tendências sem citar a que mais se popularizou esse ano: as flat forms. Numa vibe que prioriza o conforto e a praticidade, o salto alto perde espaço para um calçado mais resistente, saudável e preparado para nos acompanhar no dia a dia.
Os flats logo caíram no gosto popular e diversas marcas aderiram o estilo prático de se calçar. Melissa, Arezzo e até mesmo a Schutz entraram na onda e lançaram os mais variados modelos.
A ascensão do conforto nos pés reflete não só uma mudança de hábito, mas também diz muito sobre o momento que vivemos, no qual o sportwear noventista ganha força e o feminismo se torna pauta de discussões diárias.
Elisa Santiago é estudante de Design de Moda e uma eterna amante das ruas e das artes. Acredita na roupa como elemento de fala e empoderamento. É quem está por trás do @tens_razão.