Fresca? Não! Bem criada.

Tag: SPFW

26
out

Destaques da 46ª São Paulo Fashion Week

A 46ª edição da São Paulo Fashion Week aconteceu essa semana e chegou trazendo mudanças no 23º ano do evento. A começar pelo espaço físico, a programação desligou-se do pavilhão da bienal no Parque Ibirapuera e agora se hospeda no espaço ARCA, localizado na zona oeste da cidade.

Provocar esse deslocamento se deu no intuito de aproveitar e utilizar novos espaços artísticos de São Paulo, “ Desde o início destacamos que estávamos iniciando um projeto de 30 anos. Agora estamos em mais uma etapa deste processo, novamente com  a criatividade em diferentes níveis, em novos espaços. O Farol é o ponto de partida dessa edição que chega até o outro lado da cidade num antigo galpão industrial na Vila Leopoldina. É a vontade de expandir fronteiras e ir além, ressignificar espaços a partir da criatividade alinhado à vocação de São Paulo para as novas economias, integrando e conectando a cidade com os grandes centros de inovação do mundo,” destaca Paulo Borges, idealizador e diretor criativo do SPFW.

Dentre as marcas que desfilam nessa temporada Glória Coelho, Lino Vila Ventura e Amir Slama encabeçam o time dos veteranos, enquanto marcas como Mipinta e Ão trazem o frescor dos novos talentos.

Como destaque nessa edição tivemos desfiles como o do estilista mineiro Ronaldo Fraga, que levou à passarela um banquete para o público, a marca também mineira LED com sua coleção arretada em homenagem ao povo e a luta nordestina e a sensibilidade diversa da marca Beira, que cria peças baseadas em funcionalidade.

 

 

Ronaldo Fraga – SPFW N46 – foto: Ze Takahashi
Ronaldo Fraga – SPFW N46 – foto: Ze Takahashi

Led – Top 5 – SPFW N46 – foto: Ze Takahashi
Led – Top 5 – SPFW N46 – foto: Ze Takahashi
Led – Top 5 – SPFW N46 – foto: Ze Takahashi
Beira – foto: Ze Takahashi
Beira – foto: Ze Takahashi
Beira – foto: Ze Takahashi
12
set

A liberdade é local! – LED no SPFW

Nos últimos anos conseguimos notar claramente o quanto o mercado local cresceu na cena mineira. Principalmente no campo das artes, fomentar o produto do vizinho, passou a ser não só uma tendência, mas também um ato político, onde comprar de quem faz é questionar todo um sistema enraizado no consumo desenfreado.

Melhor do que incentivar marcas que moram na nossa cidade, no nosso bairro ou na nossa rua, é ver elas alçarem voos e levar a mensagem de uma moda mais inclusiva e consciente para além dos limites do nosso estado.

A LED, do estilista Célio Dias, fez isso de uma maneira brilhante ao participar do projeto Top 5 do SEBRAE, que tem como objetivo incentivar microempreendedores de todo o país, acompanhando as marcas durantes 12 meses e auxiliando no desenvolvimento de coleções.

A segunda edição desse projeto tão importante, aconteceu com um desfile na 44ª edição do São Paulo Fashion Week, onde a mineira LED, levou toda sua liberdade para as passarelas, trazendo a tona a diversidade e o vestuário agênero, sempre presentes na identidade da marca.

Na coleção intitulada Mixórdia, Célio e sua equipe celebraram a independência sem rótulos através de cores vibrantes e a mistura entre o feito a mão de Minas e materiais industriais com referências do street wear. Com o styling assinado por Maria Cândida, a produção dos looks contou com calçados de Tatiana Marques, bolsas da marca colaborativa Diwo e acessórios da Box 19, todos orgulhosamente mineiros!

Ter a LED cruzando fronteiras geográficas e se apresentando para o mundo é ver acontecer a renovação de uma identidade local. Para a moda daqui, que muitas vezes se firmou no tradicional, um banho de frescor é mais que bem vindo! Obrigada Célio, por nos lembrar que ser diferente é lindo! Vai planeta! 

Fotos: Breno da Matta

 

Elisa Santiago é estudante de Design de Moda e uma eterna amante das ruas e das artes. Acredita na roupa como elemento de fala e empoderamento. É quem está por trás do @tens_razão.

16
mar

Minha rotina: café da manhã, look de trabalho, ballet, vela shape, fitting, aula de inglês..

No vídeo de hoje eu trago a minha rotina, num dia particularmente cheio de compromissos e atividades: uma segunda-feira típica!

Mostro pra vocês detalhes do meu café da manhã, meu look de trabalho (#NalidacomAnita), meus lanchinhos da dieta nova, uma aula de ballet, minha sessão de vela shape, fitting na Jardin para o São Paulo Fashion Week, e finalizo com minha ida para o inglês.

Vem comigo!

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16
dez

2016 – A moda em transição

O ano está chegando ao fim e dizer que ele foi tranquilo seria uma afirmação bem distante da realidade. Dois mil e dezesseis foi marcado por transições, inquietações e sem dúvida alguma, confusões.

Fazendo seu papel de espelho da sociedade, a moda também acompanhou o ritmo e viveu momentos calorosos nesses trezentos e muitos dias que já se passaram.

Dessa forma, vamos aproveitar o clima nostálgico de final de ano e relembrar o que marcou esses 12 meses nas passarelas e nas ruas. Desde as mudanças no cenário da área até as tendências que fizeram a cabeça (e os pés) dos fashionistas.

O falecimento de David Bowie (16 de Janeiro)bownie

Logo nas primeiras semanas de 2016, o mundo acordou com a triste notícia da morte do cantor, ator e estrela David Bowie. Já doente o artista lançou seu último álbum, Blackstar, que mais pareceu um anúncio antecipado de sua ida para o lado dos imortais.
Bowie foi para a moda mais do que um ícone, ele atravessou as barreiras de gênero muito antes de ser um tópico em discussão, realizou parcerias com estilistas, fez de suas apresentações performances teatrais e sempre nos impressionou com a sua capacidade camaleônica de mudar e se renovar.

No gender em evidência2016Pegando carona no questionamento lançado por Bowie na década de setenta, o debate a respeito do gênero ou da ausência dele se fez novamente atual durante o ano.

O tema que antes era diálogo apenas na vanguarda e no underground, toma voz e nos convida a repensar a maneira como respeitamos as escolhas e a essência de cada indivíduo.

Artistas como Liniker e Jaloo entram em cena com sua voz e estilo que pouco se apegam aos conceitos de masculino e feminino.

Nas passarelas o casting formado por modelos transexuais assumiu o protagonismo da coleção do estilista Ronaldo Fraga, além de marcas que vêm apostando numa moda unissex e distante dos padrões, como é o caso da LED, do mineiro Célio Dias.
SPFWTRANS N42eidaO São Paulo Fashion Week que aconteceu em outubro marcou um momento de significativas alterações no cenário da moda brasileira. Trazendo o prefixo trans em seu título, o evento abordou uma nova roupagem para sua 42ª edição e sugeriu a moda que transgredisse, transitasse e se transformasse.

A nova programação contou com a adoção do conceito de see now, buy now (que você já leu por aqui), exposições que exibiam parcerias entre estilistas e fotógrafos, além de desfiles questionadores e cheios de representatividade como o da marca Lab Fantasma, do cantor Emicida e seu irmão Evandro Fiotti, que trouxeram às passarelas os mais variados corpos e cores.

A vez dos flat formsflats

Não tem jeito de falarmos de tendências sem citar a que mais se popularizou esse ano: as flat forms. Numa vibe que prioriza o conforto e a praticidade, o salto alto perde espaço para um calçado mais resistente, saudável e preparado para nos acompanhar no dia a dia.

Os flats logo caíram no gosto popular e diversas marcas aderiram o estilo prático de se calçar. Melissa, Arezzo e até mesmo a Schutz entraram na onda e lançaram os mais variados modelos.

A ascensão do conforto nos pés reflete não só uma mudança de hábito, mas também diz muito sobre o momento que vivemos, no qual o sportwear noventista ganha força e o feminismo se torna pauta de discussões diárias.

Elisa Santiago é estudante de Design de Moda e uma eterna amante das ruas e das artes. Acredita na roupa como elemento de fala e empoderamento. É quem está por trás do @tens_razão.