Há algumas semanas eu fui conhecer o tão aclamado, festejado e relativamente novo francesinho da cidade: o Au Bon Vivant. Já tinha ouvido falar (muito bem, por sinal) e ele foi um dos indicados da Veja Comer & Beber 2014 como o melhor restaurante francês da cidade. Já tinha motivo suficiente para de fato conhecer o lugar.Era uma sexta-feira e, como não tínhamos feito reserva, decidimos ir bem cedinho. Saímos de casa 19 e pouco e pensamos: “bem, não tem erro. Está cedo”! Ledo engano! Lá chegando, fomos a última mesa a ser ocupada pelos que não reservados. Vejam bem: chegamos numa sexta-feira, antes de 19:30 :0 Qualquer “meia pessoa” que chegou depois de nós já esperou alguns minutinhos para entrar. Está certo que a espera, no charmoso terraço do estabelecimento, com a companhia de um bom vinho francês, uma lua espetacular de companhia (como foi o caso nesse dia), não é lá um grande sacrifício.
O ambiente é extremamente aconchegante, luz baixa (o que acho iiiiiiiiindispensável), música boa e em boa altura e temperatura agradável.
Fomos recebidos pelo Phillippe, que logo se desculpou pela demora em nos trazer a carta de vinhos (demora de 3 minutos. no máximo! Outro níve, né). O Philippe (francesinho muuuuito simpático) conheceu a Silvana Mata Machado, sua esposa, e responsável pela cozinha do restaurante, em Paris. Depois de casados, decidiram vir para o Brasil e abrir um bistrô por estas bandas. Foi aí que tudo começou!
Mas continuando, fomos muitíssimo bem recebidos, contextualizados e realmente nos sentimos muito bem. Esta recepção, na minha opinião, já faz toda a diferença para o desenrolar da experiência.
Para início dos trabalhos, uma cestinha de pães com geleias, patês e manteiga. Amo, amo e amo! Sem mais! E já um bom vinho para acompanhar. Aliás, a carta, naturalmente de vinhos franceses, há uma boa cartela de opções, tanto gustativas, quanto financeiras. Muito bom!Para os pratos principais, pedimos camarões flambados no pastis e peito de pato ao molho de laranja. Gente, pensem numa viagem gastronômica?!? Cada garfada era um suspiro. Uma textura espetacular, apresentação incrível e um sabooooooooooor in-des-cri-tí-vel. Sério! Sabe quando a gente termina o prato e fica falando dele por meia hora? Foi assim! E no caso, meia hora sobre CADA prato! Fora isso, o cardápio tem um tamanho legal – nem pequeno nem grande demais. Os grandes demais me irritam sobremaneira. E os pequenos idem, especialmente considerando as minhas trocentas restrições alimentares. Ah, e uma coisa muuuito legal do cardápio é que, em frente a cada prata, já ficam algumas sugestões de vinhos para harmonização. Como há pessoas que não têm paciência de ficar discutindo o bouquet do vinho com o maitre, taí uma ótima saída que facilita a vida de muita gente.Normalmente não sobra espaço para a sobremesa (a família diz que cisco, não como, o que não é consenso..rs), mas neste dia pedimos. Na verdade, o maridão pediu e eu cisquei provei. E claro… creme brullée! Que apenas fechou com chave de ouro toda aquela maravilhosa sensação gastronômica.Hoje, passados alguns dias que conheci o Au Bon Vivant, eu me lembro com cada vez mais satisfação o quanto foi legal estar ali. Tudo fluiu bem e literalmente harmonizou! Recomendo fortemente por aqui (pois já o fiz pra Deus e o mundo pessoalmente).
Aqui embaixo mais algumas fotos, agora oficiais, do restô.O resturante fica na Rua Pium-I, 229, no Bairro Cruzeiro. TEM que ir!