Fresca? Não! Bem criada.

Colunistas

12
mar

Sobre os “5 S” da vida

Há uns anos, a moda era um tal de 5S. Quem é das antigas, lembra bem (ou tem uma vaga ideia), para quem não é, explico: 5 S era um método japonês de manter as coisas organizadas. Quem tiver curiosidade de saber mais que isso, dá um google, porque não sou especialista e o texto também não é sobre isso. O texto é sobre os 5 S da vida, aqueles que realmente importam.

Outro dia, mandando uma mensagem de aniversário, escrevi meus desejos e vi que eram 3 S. Daí, porque achei poético, selecionei outros dois, e achei que a gente tem uma vida quase completa com eles. Vejamos, pois.

Comecei pelo primeiro S, de saúde, que eu desejo pra todo mundo. Saúde é a coisa mais básica que tem, éo pilar que sustenta todo o resto. Quando a gente tem saúde, pode ficar confuso, brigar com a vizinha, preocupar com bobagem. Quando a saúde falta para nós mesmos ou para quem amamos, descobrimos que ela é mesmo o que mais importa. Não ter saúde, paralisa a vida: a gente tem que ajeitar aquela engrenagem que está com defeito, para seguir rodando.

O segundo S, para mim, é de sorriso. A vida tem que ser inundada deles. Dos que damos, dos que recebemos. Sorrisos que motivamos e sorrisos que nos motivam. Sorrisos que compartilhamos pelos dias. Sorrisos de amor, de amizade, de alegria. Sorrisos pra gente lembrar que a vida é séria, mas não precisa ser sisuda.

O terceiro S é o da sabedoria. Sabedoria para ter calma, paciência. Sabedoria para discernir entre as coisas que devem nos preocupar e as que não. Sabedoria para aprender sempre.

O quarto S é pro sexo. Selvagem, também com S, de preferência. Porque depois de uma certa idade (ou sempre), sexo rejuvenesce. Com amor, acalma. Com energia, revigora. E não preciso mais discorrer sobre isto, porque cada um tem sua vida íntima para entender e decidir se este s merece ou não ser incluído na fórmula da vida feliz…

O quinto S é sucesso, não só profissional, mas também. Sucesso nas relações, na sua autoavaliação. Sucesso no trabalho, na família, nas metas possíveis que você estipular. Ser bem sucedido é poder estar sereno.

Serenidade, por sua vez, é outro S. Como também são segurança, saudades, sensibilidade, superação, sentimentos, solidariedade, sinergia, sincronicidade, sutileza,

E para você? Quais são os 5S que te alicerçam?

Laura Henriques, mais de 30 anos, leitora por paixão e sonhadora por diversão. Escreve o que está inundando seus pensamentos, transbordando sentimentos.

08
mar

Acne na mulher adulta

A acne, além de acometer um grande percentual dos adolescentes, pode atingir também mulheres na idade adulta. A doença pode surgir nesta fase da vida (após 18 – 21 anos) ou ser resultado da persistência da acne juvenil.

Pode surgir em decorrência de alterações hormonais devidas a disfunções ovarianas (a mais frequente é a síndrome dos ovários micropolicísticos), alterações das glândulas supra-renais ou um aumento da sensibilidade da pele aos hormônios androgênicos (masculinos), responsáveis pelas manifestações da doença.

Apesar da acne na mulher adulta estar relacionada ao aumento da ação dos androgênios, muitas vezes os exames laboratoriais estão dentro de níveis normais, caracterizando, então, uma maior sensibilidade da pele a estes hormônios.

Características da acne na mulher adulta

Clinicamente, as lesões costumam ser mais profundas, formando nódulos avermelhados e doloridos (acne nódulo-cística), mas também pode formar pústulas (lesões com pus). As áreas mais atingidas são o queixo, mandíbulas e pescoço e colo.  Há uma predileçãp para as áreas onde os homens têm pelos (barba, por exemplo), pois são nestes locais que estão os receptores androgênicos ( receptores de homônios masculinos)

Cravos fechados (brancos) são mais frequentes que os abertos (pretos).

Outras características que podem estar acompanhando a acne da mulher adulta, devido à ação dos androgênios, são o aumento da seborréia, aumento de pelos faciais e corporais e queda acentuada de cabelos. Em alguns casos pode ocorrer também irregularidade menstrual.

Tratamento

Confirmada a influência hormonal na causa da doença, o tratamento pode ser feito com determinados tipos de contraceptivos orais, principalmente aqueles que contenham um componente que atue contra o hormônio masculino (anti-andrógeno) ou bloqueadores dos receptores hormonais, que impedem a ação do hormônio sobre a pele.

Medicações de uso local e peelings superficiais também são importantes no combate à acne.

Casos graves podem ser tratados com a isotretinoína (Roacutan) , que pode eliminar a doença definitivamente em alguns meses nas pacientes que não tenham distúrbios hormonais. Mas é muito importante manter controle da influência hormonal por tempo prolongado.

A escolha do tratamento ideal vai depender de cada caso e das suas possíveis causas, sendo importante uma avaliação detalhada da paciente pelo médico dermatologista e/ou endocrinologista que a acompanha.

Dr. Marcus Henrique Morais é graduado em Medicina pela Universidade Federal de Minas Gerais- UFMG; Residência em Clinica Médica e Dermatologia; Membro Titular da Sociedade Brasileira de Dermatologia – SBD; Sócio-proprietário da Clínica Allora – Centro Médico de Laser e Dermatologia – BH/MG

05
mar

Moda de propósito

Começo de ano é sempre assim, renovação, novos planos, fazer melhor o que deixamos pra trás nos meses anteriores. O mesmo clichê que embala o final de um ciclo e o início de outro. Sim, é uma vibe pra lá de piegas que bate na gente nessas épocas, mas não dá pra não se contagiar pela motivação de fazer diferente nas próximas 365 oportunidades que estão por vir.

E foi pegando carona nisso que decidi começar a primeira coluna de 2017 falando um pouco sobre o futuro e sobre o que eu desejo para a moda nessa nova caminhada que acabou de começar.

De 2016, a lição que mais ficou foi a de que precisamos desacelerar. Consumir desenfreadamente, já não nos satisfaz mais e trabalhar horas a fio para ganhar muito dinheiro deixou de ser sinônimo de satisfação pessoal. Estamos em um período confuso e é normal que nos encontremos em dúvida sobre questões básicas como estas.

A tão falada crise que se instaurou nos últimos tempos não é só financeira, ela também é reflexo do que somos enquanto sociedade, enquanto consumidores e principalmente enquanto indivíduos. Nossas ações impactam um todo e estamos nos dando conta disso aos poucos, mas com o olhar positivo é possível encontrar na recessão uma oportunidade para a criatividade fluir.

A moda, como já sabemos, é um brilhante reflexo do mundo e de como ele funciona. Dessa forma é necessário aproveitar o momento instável e levar os questionamentos um pouco mais a fundo: será que precisamos de tantas roupas? Será que a moda se limita mesmo ao consumo pelo consumo? Produzir desenfreadamente está bom para quem faz e para quem compra?

O período que estamos vivendo está sendo marcado por inúmeras transições, dentre elas o modo que enxergamos e valorizamos mercadorias. Aos poucos estamos nos desligando dos significados superficiais que os produtos nos trazem, como status, e estamos passando a nos interessar mais sobre a experiência que aquele artigo nos proporciona. Saber de onde vem, quem faz, os impactos que gera no mundo e no meio ambiente, são fatores que nos influenciarão cada vez mais na hora de comprar uma roupa.

Tendo essa transformação em vista, uma parte do mercado de moda já se mostra atento e vem acompanhando o momento transitório investindo em tecnologias, voltando o olhar para o processo de produção, não de forma mecanizada, mas sim humanizada, além da parceria entre produtor e cliente, que convida quem compra a contribuir com o produto de quem faz.

Em meio a tempestade de recessões, estamos em busca de novos propósitos, e com a moda não seria diferente. Elevar as roupas ao local de fala significa empoderar diversas pessoas que estão por trás de sua confecção e as que as vestirão também. Pensar sobre isso na hora de comprar uma peça pode ser um pequeno grande começo para as resoluções revoluções de ano novo. A roupa que não só nos veste o corpo, mas nos veste a alma, é a roupa que veste o nosso futuro.

Elisa Santiago é estudante de Design de Moda e uma eterna amante das ruas e das artes. Acredita na roupa como elemento de fala e empoderamento. É quem está por trás do @tens_razão.

14
fev

Hotéis do futuro

Você já parou para pensar como os hoteis serão no futuro? Já imaginou como será a nossa experiência de viagem no ano de 2060? Será que desenvolveremos tecnologia suficiente para fazer turismo em outro planeta?

Foi pensando nessas e em outras questões que o Hotels.com, site de turismo mundialmente famoso, convidou ninguém menos do que o renomado Dr. James Canton. Para quem não sabe, Canton é cientista social, membro do Institute for Global Futures (Instituto para Futuros Globais) e executivo aposentado da Apple, extremamente respeitado no mundo da ciência e tecnologia. Também já foi conselheiro em três governos da Casa Branca e trabalhou para mais de cem empresas.

O Estudo sobre os Hoteis do Futuro (Hotel of the Future Study), apresentado em janeiro em uma conferência realizada em San Francisco, tem por objetivo descobrir como e em que medida toda a experiência de viagem poderá ser transformada nos próximos anos.

As formas como escolheremos um destino, planejaremos uma viagem, viajaremos até   o destino escolhido, serão drasticamente diferentes de tudo que estamos acostumados. Vamos então ver um pouquinho do que nos aguarda no futuro quando o assunto é viagem e turismo! As previsões são incríveis!

Hotéis sob encomenda

Imagina um hotel que tem o design alterado facilmente por meio de uma auto-montagem. Parece algo impossível de ser feito, né? Mas, acredita-se que isso pode ser possível nos próximos 20 anos. Como? Graças à nanotecnologia e às máquinas capazes de auto-montar ambientes e edifícios.

Impressoras 3D em cada quarto de hotelh2

Fazer as malas para sair de férias? Esqueça! Isso será coisa do passado! As impressoras 3D irão gerar em tempo real os itens desejados pelos hóspedes, como sapatos, roupas e até produtos eletrônicos, como, por exemplo, computadores e telefones. As compras em 3D estarão disponíveis, basta que os consumidores façam o download e escolham os produtos que querem projetar sob medida.

Robôsh3

Os robôs autônomos poderão ser projetados on-line antes da chegada do consumidor no hotel. Poderão ser programados com talentos especiais, habilidades, idiomas, e informações para ajudar a tornar a estadia do hotel excepcional. Eles vão fazer de tudo, desde cumprimentar os hóspedes no aeroporto, oferecer serviço de comida gourmet, serviço de maquiagem no quarto, companhia, consultoria de negócios, serviço de portaria, entre outras coisas.

Escolha o seu sonhoh4

Dormir bem durante a noite em uma cama de hotel terá outro significado no futuro. Isso porque os hóspedes serão capazes de escolher seus próprios sonhos antes de cochilar. Os hotéis darão aos hóspedes acesso à neurotecnologia para que programem seus sonhos e escolham entre temas para relaxar, aprender ou desfrutar. Se isso funcionar tipo um cinema, aposto que as mulheres escolherão sonhos de comédia romântica e os homens algum tema relacionado a lutas, esportes radicais ou ficção científica!

Pop Up Hotelh5

Muito provavelmente você já ouviu falar de lojas Pop Up, ou seja, que são montadas por um curto período de tempo. No futuro, os hoteis também poderão ter essa característica. Os votos dos consumidores decidirão o tema e a localização do hotel. Uma vez definidos, o Pop Up Hotel será programado para auto-montagem, utilizando impressoras 3D e nanotecnologia.

Spas de longevidadeh6

Essa é uma das previsões que mais gostei! Esqueça a simples massagem facial ou corporal. O spa do hotel do futuro é baseado em análise de DNA e tem por objetivo a longevidade. Você receberá tratamentos totalmente personalizados voltados para a prevenção de doenças e programas de melhoria de saúde com base em futuros riscos. Todos os tratamentos utilizarão os mais avançados conhecimentos e instrumentos da medicina genética.

Tranfersh7

Ir do aeroporto para o hotel, não raras vezes, costuma ser algo no mínimo preocupante. Se você não contratar um transfer particular ou tomar um táxi, vai precisar saber qual metrô ou ônibus pegar, onde descer, e como chegar por conta própria no hotel. No futuro, os viajantes contarão com tecnologia e velocidade. Carros que dirigem sozinhos, tipo robôs, percorrerão centenas de quilômetros em segundos.

Avatar de viagemh8

Todas as necessidades de sua viagem serão providenciadas pelo seu Avatar. Ele que vai procurar hotéis, reservar hospedagem, gerenciar reservas. Assim fica fácil viajar, hein?

Impressões digitaish9

A identificação pessoal por meio da impressão digital será utilizada para confirmar sua identidade, no momento do checkin, e também para pagamentos ao fazer o ckeckout. Tais procedimentos prometem diminuir as longas filas do passado!

Eco Hotel h10

Muitos hotéis já se preocupam em ser eco-friendly e em focar na sustentabilidade. Porém, no futuro, cada hotel será totalmente sustentável. Eles irão se destacar em eficiência energética, usarão energia renovável, produtos seguros para o meio-ambiente, a mais avançada tecnologia solar e geotérmica, bem como terão uma pegada neutra em carbono. Responsabilidade ambiental será a marca dos hotéis do futuro, que se preocuparão em respeitar o meio-ambiente de forma global, produzindo um impacto positivo na sociedade.

E aí, gostou das previsões? Para quem animar, recomendo assistir ao vídeo abaixo. É bem curtinho e interessante. Produzido pelo Hotels.com, ele nos dá uma ideia de como nossa experiência ao viajar será, digamos, modernosa!

Bianca Cobucci é Defensora Pública, Mestre em Políticas Públicas e coordenadora do Projeto Falando Direito; Autora do blog Teoria da Viagem. Escreve sobre os direitos do consumidor relacionados à viagem e turismo, bem como sobre os países e lugares que já que visitou.

12
fev

Deixei minha filha de 10 anos com minha câmera em uma exposição de arte e vejam o que aconteceu.

O post de hoje é mais do que especial e me enche de orgulho!

Combinei um passeio com a minha filha, a Maria Clara, e chegando ao local não deu certo. Para não perder viagem eu a levei à exposição “ComCiência”, de Patricia Piccinini no CCBB.

Acredito que o acesso à cultura e arte é uma das coisas mais preciosas que podemos fazer e proporcionar para nossos filhos. Como um fotógrafo que se preza, eu não vou a um passeio nenhum, muito menos com minha filha, sem uma de minhas câmeras, ainda mais depois de migrar para o sistema “mirrorless” onde além se ter um equipamento mais leve, prático e discreto, ele pode estar sempre comigo.

Enquanto estávamos na fila pedi para que ela segurasse a câmera por uns instantes para que eu pudesse pegar os documentos e, quando voltei o olhar, lá estava ela já com o olhão no visor, todo aquele entusiasmo e vontade de explorar um mundo novo que toda criança de 10 anos tem.

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“A Magia acontecendo”

À beira de entrar na exposição notei que isso seria muito interessante, interativo e já que estamos nos conectando de novo seria uma boa ideia. Mas não dava tempo nem de introduzir a ela o conceito da fotografia e eu nem queria que ela utilizasse a câmera em Modo Automático (sim aquele verdinho) pois eu queria ver até onde a capacidade criativa dela poderia chegar com uma câmera nas mãos.

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“Deixe sua câmera em Modo Automático (o verdinho da rodinha) e abra mão das escolhas que toda a criatividade da fotografia pode lhe proporcionar.”

Como já disse aqui, gosto de sair com lentes 50mm, pois é a distância focal que se mais se assemelha ao o olhar humano. A que estava com ela 50mm f/0,95 toda manual, inclusive o foco, o que torna o desafio mais prazeroso.

Deixei na abertura máxima e a ensinei apenas aqueles dois conceitos que eu considero essenciais na fotografia e que eu já trouxe aqui para vocês no último post: Foco e Exposição.

Não quis ensinar nenhuma outra técnica ou regra. Queria que ela se descobrisse de forma natural, pura e desenvolvesse seu próprio olhar. Quis que ela registrasse com sua intuição genuína e contasse a sua própria história a partir da sua percepção.

Esse ano eu desenvolvi uma oficina e vivência que se chama “O Despertar do Olhar” (clique em outra aba e veja depois) onde eu abordo conceitos em atividades práticas e criativas que visam o desenvolvimento da percepção visual e fotográfica de cada um. Fiquem atentos pois em 2017 eu vou voltar com as turmas!!

E para minha surpresa e de forma totalmente espontânea eu estava ali, com a minha filha em seu “Despertar do Olhar”.

Ao descarregar o cartão e transferir as fotos, além de ficar impressionado com resultado eu cheguei à conclusão de o quão fantástico pode ser quando fotografamos desprovidos de ego, vontade nem necessidade de fazer o melhor registro e nem ser melhor que ninguém, ter o melhor post, mais curtidas e o principal, que não devemos nunca perder essa essência pois é o que nos faz ter uma identidade, e muito menos o lado lúdico do nosso olhar.

Convido vocês a verem o quanto é interessante um passeio por uma exposição de arte pelo olhar de uma criança de 10 anos.

Vale mencionar que eu não fiz nenhum tipo de tratamento, correção, aplicação de filtros ou efeitos. Considero essa parte do processo essencial na fotografia atual mas nesse caso, exportar as fotos do jeito que elas foram registradas e saíram da câmera deixa percepção e sentido dessa sequência muito mais interessante.

Vejam:

 

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Sony alpha A7MII – 50mm f/0.95 Créditos: Maria Clara Fernandes Benatti

Como eu disse, tem sido um recomeço pra gente, mas olhando bem as fotos da Clarinha percebi que o quanto mais eu conheço, descubro e reconheço a essência dela, mais eu conheço, reconheço e descubro sobre mim. :’)

Roberto Benatti é fotógrafo Profissional especializado em fotojornalismo, moda, casamentos e still. Certificado pela Canon College Brasil e Canon Live Learning em San Francisco, com diversos trabalhos publicados em jornais, revistas, capas de revistas, especiais, sites e blogs. Também é Videomaker, Músico e agora colunista. Considera impagável ter a liberdade como estilo de vida e não gostava de viajar até sair do país pela primeira vez.