Fresca? Não! Bem criada.

Tag: fotografia

12
fev

Deixei minha filha de 10 anos com minha câmera em uma exposição de arte e vejam o que aconteceu.

O post de hoje é mais do que especial e me enche de orgulho!

Combinei um passeio com a minha filha, a Maria Clara, e chegando ao local não deu certo. Para não perder viagem eu a levei à exposição “ComCiência”, de Patricia Piccinini no CCBB.

Acredito que o acesso à cultura e arte é uma das coisas mais preciosas que podemos fazer e proporcionar para nossos filhos. Como um fotógrafo que se preza, eu não vou a um passeio nenhum, muito menos com minha filha, sem uma de minhas câmeras, ainda mais depois de migrar para o sistema “mirrorless” onde além se ter um equipamento mais leve, prático e discreto, ele pode estar sempre comigo.

Enquanto estávamos na fila pedi para que ela segurasse a câmera por uns instantes para que eu pudesse pegar os documentos e, quando voltei o olhar, lá estava ela já com o olhão no visor, todo aquele entusiasmo e vontade de explorar um mundo novo que toda criança de 10 anos tem.

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“A Magia acontecendo”

À beira de entrar na exposição notei que isso seria muito interessante, interativo e já que estamos nos conectando de novo seria uma boa ideia. Mas não dava tempo nem de introduzir a ela o conceito da fotografia e eu nem queria que ela utilizasse a câmera em Modo Automático (sim aquele verdinho) pois eu queria ver até onde a capacidade criativa dela poderia chegar com uma câmera nas mãos.

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“Deixe sua câmera em Modo Automático (o verdinho da rodinha) e abra mão das escolhas que toda a criatividade da fotografia pode lhe proporcionar.”

Como já disse aqui, gosto de sair com lentes 50mm, pois é a distância focal que se mais se assemelha ao o olhar humano. A que estava com ela 50mm f/0,95 toda manual, inclusive o foco, o que torna o desafio mais prazeroso.

Deixei na abertura máxima e a ensinei apenas aqueles dois conceitos que eu considero essenciais na fotografia e que eu já trouxe aqui para vocês no último post: Foco e Exposição.

Não quis ensinar nenhuma outra técnica ou regra. Queria que ela se descobrisse de forma natural, pura e desenvolvesse seu próprio olhar. Quis que ela registrasse com sua intuição genuína e contasse a sua própria história a partir da sua percepção.

Esse ano eu desenvolvi uma oficina e vivência que se chama “O Despertar do Olhar” (clique em outra aba e veja depois) onde eu abordo conceitos em atividades práticas e criativas que visam o desenvolvimento da percepção visual e fotográfica de cada um. Fiquem atentos pois em 2017 eu vou voltar com as turmas!!

E para minha surpresa e de forma totalmente espontânea eu estava ali, com a minha filha em seu “Despertar do Olhar”.

Ao descarregar o cartão e transferir as fotos, além de ficar impressionado com resultado eu cheguei à conclusão de o quão fantástico pode ser quando fotografamos desprovidos de ego, vontade nem necessidade de fazer o melhor registro e nem ser melhor que ninguém, ter o melhor post, mais curtidas e o principal, que não devemos nunca perder essa essência pois é o que nos faz ter uma identidade, e muito menos o lado lúdico do nosso olhar.

Convido vocês a verem o quanto é interessante um passeio por uma exposição de arte pelo olhar de uma criança de 10 anos.

Vale mencionar que eu não fiz nenhum tipo de tratamento, correção, aplicação de filtros ou efeitos. Considero essa parte do processo essencial na fotografia atual mas nesse caso, exportar as fotos do jeito que elas foram registradas e saíram da câmera deixa percepção e sentido dessa sequência muito mais interessante.

Vejam:

 

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Sony alpha A7MII – 50mm f/0.95 Créditos: Maria Clara Fernandes Benatti

Como eu disse, tem sido um recomeço pra gente, mas olhando bem as fotos da Clarinha percebi que o quanto mais eu conheço, descubro e reconheço a essência dela, mais eu conheço, reconheço e descubro sobre mim. :’)

Roberto Benatti é fotógrafo Profissional especializado em fotojornalismo, moda, casamentos e still. Certificado pela Canon College Brasil e Canon Live Learning em San Francisco, com diversos trabalhos publicados em jornais, revistas, capas de revistas, especiais, sites e blogs. Também é Videomaker, Músico e agora colunista. Considera impagável ter a liberdade como estilo de vida e não gostava de viajar até sair do país pela primeira vez.

30
out

Look da Anita

Usei esse look um dia desses e ficou faltando trazê-lo aqui para o Anita! E resolvi trazer não foi nem pelo look em si (já que já havia usado há mais dias), mas pelo meu companheiro das fotos.

Esse é o Yamandu Savassi, cão fofo e bastante conhecido aqui na capital mineira. Tive a honra de tê-lo como companheiro por alguns momentos e tratei de tirar proveito desta fofura, né.. Vê se não dá vontade de levar pra casa?

Fotografia: Roberto Benatti
Locação: Casa Ateliêdsc06253dsc06235dsc06233Vestido: Marillia Pitta Couture; joias: Patrícia Dias Joias; batom: Diva, MAC.

28
out

Câmera x Celular

Olá, leitores do Anita Bem Criada. Tudo bem? Vocês sabem porquê nos dias de hoje a qualidade das fotos com o telefone celular estão cada dia melhor (de dia rs)?

Se vão ou já estão disputando o mesmo espaço é um assunto passível de discussão. O fato é que a apenas no Instagram são postadas diariamente mais de 60 milhões de fotos.benatti1

A fotografia passou ser um recurso indispensável em qualquer situação por conta do fator “registro” e isso tem aberto mais o leque de possibilidades com essa “profundidade de campo” rs .

Isso fez com que a popularidade da fotografia fosse crescendo ao longo do século e a cada dia se tornando mais acessível a medida que esse recurso, aliado a técnica, percepção e sensibilidade foi ganhando espaço como atributo de informação, reflexão, científico, histórico, inspiração, arte, choque, influência, impacto cultural e principalmente comercial.

Com já diz Marvin Heiferman com o titulo de sua obra – “Photography Changes Everthing”.benatti2“A Fotografia Muda Tudo”,  de Marvin Heiferman.

Contudo e com digitalização do processo (do filme para o sensor), toda luz que é física passou a ser transformada em informação (0 e 1) e são através de pequenas células, chamadas fotodiodos, que a luz é convertida, codificada e assim transformada em pixels, logo… “Fez-se a luz…”, temos uma imagem/foto/registro/chapa/fota/selfie/click/shot/pic, chame do que quiser, o importante é se comunicar.

Mas, a necessidade gera evolução e com “lei do menor esforço” imperando nossa era, hoje temos disponível a possibilidade de fazer registros apenas tirando do bolso o telefone celular e tocando na tela. O que é fantástico!

Posso confessar que essa “mobifacilidade” (sim eu invento algumas palavras) que me permitiu descobrir o qual fascinante é o mundo da fotografia.

Minhas primeiras investidas foram justamente quando telefone celular passou a ter uma câmera que permitisse tirar fotos mais aceitáveis , mais precisamente testando o até então, o recém lançado e desconhecido Instagram.benatti3

Abril de 2012, 1 misero e “estaiado” like. Meu primeiro.

Sempre gostei de me comunicar com imagens e na época ter uma rede social que me permitisse comunicar através de imagens pra mim era um refúgio.

Um framezinho quadradinho só meu, onde pudesse testar o que minha percepção via sempre, apenas tocando na tela era muito prático e começou a me fascinar.

Ai vieram as hashtags, Zuckerberg e plim, comercializaram a parada e o Instagram virou um universo de infinitas possibilidades e negócios.

O resto é “SDV”, “troco likes” , e mais de 500 milhões de usuários de uma história que estamos ajudando a escrever, legal né.

Quem nunca pensou em fazer negócios com o Instagram que atire a primeira pedra.

A moda é tão incrível e cíclica que voltamos a era de andar com telhas nas mãos, ou seja, hoje em dia quanto maior o aparelho mais na moda a pessoa está, premissa totalmente repudiada há 10 anos atrás.

Ótimo para os fabricantes de celulares pois essa aceitação e a necessidade de telas cada vez maiores também tem permitido que os fabricantes acoplem sensores maiores nos aparelhos, aumentando a quantidade de megapixels, fazendo com que a qualidade da imagem (de dia) seja cada vez melhor, que mesmo em condições de pouca luz (escuro/noite) a imagem seja aceitável e que o aparelho venda. $$$benatti4

“Iphone Size Evoution”, NewAtlas.com

Meu celular nem é dos maiores e já tem quase o mesmo tamanho do corpo de uma das minhas câmeras e olha que essa é das que eu levo pra guerra hein. #omgbenatti5Mas o que quero dizer com qualidade de imagem cada vez melhor “de dia”?

Porque quanto mais o motivo/assunto estiver iluminado, mais informação os fotodiodos conseguem captar sem precisar compensar com algum recurso eletrônico, logo se a luz do dia é até hoje a maior fonte de luz disponível para nos humanos, se não tiver uma boa fonte de luz, de dia sempre será melhor para você.

E porquê a noite ou no escuro elas ficam tremidas ou com ruído?

Isso acontece porquê os algoritmos que ajustam a exposição nesses dispositivos precisam compensar a falta de luz, seja com eletronicamente com o ISO (aqueles grãozinhos que vemos nas fotos) e/ou aumentando o tempo de exposição no sensor, borrando e/ou tremendo a imagem, e muitas vezes arruinando-a.

Ahh Ok, e as fotos com a a câmera traseira? Elas sempre são melhores do que a frontal, por que ?

Porque o sensor da câmera frontal é muito menor do que o sensor da câmera traseira, pegue seu celular agora e veja a diferença do tamanho das lentes que cobrem esses sensores.

Agora, devido a nossa necessidade diária de fazer selfies e o business em torno disso, já estão acoplando sensores maiores nas câmeras frontais.benatti6Uma das duas câmeras traseiras (sensor e lente) do  Iphone7 sendo apresentados na Keynote. Set/2016benatti7Uma câmera com lente angular com 28mm e maior  “abertura f/1.8 – 50% mais luz.“

A segunda câmera com 56mm e abertura f/2.8.  Mais zoom com mais qualidade.

Só pra tecnicamente derrubar esse mito de que a quantidade de Megapixels não influencia na qualidade da imagem, matemática básica de um raciocínio rapidinho aqui:

“Quanto mais megapixels mais informação o sensor capta, quanto maior a quantidade de informação mais detalhe, quanto mais detalhe mais qualidade.” 😉

Por isso, em termos de qualidade, mesmo um Iphone Plus sendo maior que o corpo de uma das minhas câmeras mirrorless, a diferença está no tamanho do sensor e obviamente na ótica, construção e tamanho das lentes que eu uso.

“Nossa que foto! Sua câmera é boa mesmo hein…”  #humpf

Pra mim uma boa imagem pode ser feita com qualquer dispositivo, se ela causou algum tipo de impacto é o que vale, agora, se e como ela pode ser usada já é outra discussão, até porque ver uma foto na tela do celular, naquele framezinho do Instagram em outra aplicação é outro papo pra manga.

Equipamento não é tudo, mas o investimento em equipamentos mostra pra mim a seriedade e preocupação que cada fotógrafo tem com a qualidade e entrega do seu trabalho e isso sim faz a diferença.

Nunca na nossa história o mundo se comunicou tanto com imagens como hoje e isso é incrível.

Ainda mais agora com lançamentos como o Iphone7, com câmera traseira de 12mp  abertura em f/1.8, frontal de 7mp e na versão plus com duas lentes traseira, uma grande angular (padrão) e telefoto (para longe), sem falar no Google Pixel XL com 12.3mp, frontal de 8mp e lente com abertura f/2 e do Sony Xperia XZ com incríveis 23 MP, a f/2.0  13MP câmera frontal #SonyRules, as coisas só irão melhorar. E eu adoro isso!

Use e abuse do seu celular mesmo, por isso hoje eu te desafio a não só fazer aquela selfie do dia mas a tentar registrar um por do sol, ou as montanhas, já reparou que nossa cidade é rodeada delas?

Tente achar onde a luz de alguma coisa consegue entrar, tente também olhar pra cima, ver como as árvores são lindas acima do seu carro ou de onde estiver, como um reflexo pode mostrar algo que você nem percebeu, ou como o contraste de um prédio e o azul do céu fica lindo dentro do frame e da tela do seu celular, vai por mim, seu sensor agradece .

Quem sabe esses insights também não te despertam uma vocação, prova viva aqui falando.

Fiquem sempre antenados aqui no Anita Bem Criada que no próximo post vamos falar um pouco de composição. Eu vou te ensinar como dar um up nas suas fotos com pequenas dicas que você nem vai precisar anotar.

Bom dia pra quem fica e boas fotos pra quem clica.  😉

Gostou? Tem alguma duvida? Escreva, comente! Vou adorar te responder.

Roberto Benatti é fotógrafo Profissional especializado em fotojornalismo, moda, casamentos e still. Certificado pela Canon College Brasil e Canon Live Learning em San Francisco, com diversos trabalhos publicados em jornais, revistas, capas de revistas, especiais, sites e blogs. Também é Videomaker, Músico e agora colunista. Considera impagável ter a liberdade como estilo de vida e não gostava de viajar até sair do país pela primeira vez.

24
out

Look da Anita

Como um misto de minimalismo com toque de glamour eu descrevo o look que trago hoje, que é também, uma das fotos-tema do novo layout do Anita, como vocês podem ver aí em cima.

Não fosse a gola de pelo (sintético!!), o vestido, elegantérrimo, seguiria uma ideia bem minimalista, como disse, e clean. Mas como um acessório pode mudar totalmente uma produção, e aqui não foi diferente, o resultado após os complementes foi outro.

Fotografia: Roberto Benatti
Locação: Casa Ateliê
dsc06450dsc06469dsc06448dsc06455Vestido e pele: Bow Store; scarpin: Schutz; joias: Patrícia Dias; batom: Craving, MAC.

04
out

Look da Anita

Depois de um teeeempo sem os meus amados looks do dia por aqui (afinal, por mais que a gente fale de tudo um pouco, os looks do dia sempre foram um “carro-chefe” do blog – se eu amo isso? AMOOOO!), eis que trago hoje uma daquelas produções que ficarão guardadas no meu coração.

Que eu tenho uma quedinha pelo estilo romântico, isso nunca foi segredo, né.. Mas a verdade é que gosto de um “romântico” com um algo a mais. O que pode ser uma pegada mais moderna, mais cool e atual, como é o caso do look de hoje, ou qualquer outro elemento que o tire do óbvio.

E assim, compus a saia midi rodada, que já traz uma não obviedade pelo fato de ser couro, com o sapato de princesa e a teeTrés Bien, linda e despojada da Madri Camisetas, arrematando tudo isso com as joias magníficas da Patrícia Jóias. É ou não é pra me sentir como uma princesa?

Fotografia: Roberto Benatti
Locação: Casa Ateliê
dsc06026-1dsc05960dsc05998dsc05982dsc05999dsc05969Camiseta: Madri Camisetas: Saia e scarpin: Renner; make: Mateus Costa; joias: Patrícia Dias.