Fresca? Não! Bem criada.

Tag: Gucci

03
out

Paris Fashion Week, verão 2019 – O que teve?

A Paris Fashion Week simboliza o grand finale das semanas de moda na gringa. Pela cidade luz passam marcas como Gucci, Valentino, Dior e Saint Laurent, o que nos faz afirmar que é o momento mais aguardado do calendário fashion anual.

Por lá também circulam e se difundem as mais badaladas tendências que rapidamente chegam ao Brasil. Então no post de hoje, finalizamos a cobertura das semanas de moda e apontamos os maiores destaques em termos de comportamento!

Para começar, alguns desfiles surgiram trazendo contraponto entre itens semelhantes: enquanto a Gucci apostou na mistura de bolsas e mochilas, tudo ao mesmo tempo, Jacquemus ressaltou o acessório alternando entre minibags e megabags.

E já que estamos falando de verão, uma estação que sugere um clima mais leve e com mais frescor, as peças fluidas aparecem de forma intensa no desfile da Valentino, com um charme a mais que são as plumas, tanto nos sapatos, quanto nas terminações de algumas peças!

E se tem algo que é a cara do verão são as estampas! Com cores, detalhes e vida, elas iluminam o look da estação e garantem uma bossa a estação!

Nessa temporada vimos padronagens como animal print e floral, clássicos de sempre, mas o hit da vez são as estampas tipo lenço, aquelas que vêm em tecidos mais finos como crepe e seda e garantem um toque de elegância à produção! A estilista Marine Serre usou e abusou desses desenhos em sua nova coleção.

 

Um dos desfiles mais aguardados de Paris foi o da marca Celine. Com a estreia do estilista Hedi Silmane, que já passou pela Dior Homme e pela Saint Laurent, grandes expectativas foram depositadas nessa novo momento do designer.

Mas de novo, a apresentação não teve muita coisa. Com sua estética extremamente marcante e que faz referência ao estilo hipster do inicio dos anos 2000, Hedi apresentou looks muito semelhantes aos de sua passagem na marca do imortal Yves Saint Laurent e ignorou o estilo sofisticado e moderno criado por Phoebe Philo nos últimos dez anos de Celine, o que chocou a crítica e grande parte do público.

 

09
maio

MET Gala 2018 – Tudo sobre o baile!

Nessa segunda-feira, dia 7 de maio, aconteceu o evento mais importante do mundo da moda: o tão falado Baile do Metropolitan Museum of Art de Nova York, conhecido também como MET Gala!

Mas pra quem tá se perguntando que baile é esse e o por que da importância do evento, vamos voltar alguns anos e entender a história por trás da magnitude desse dia.

O Metropolitan Museum of Art é um dos museus mais visitados do mundo e possui mais de 150 anos de história. Dentre todo seu acervo, existe um departamento exclusivo para a moda, criado em 1936 e que hoje possui mais de 35 mil peças que contam a história do vestuário desde o século XVIII.

Ao contrário dos institutos semelhantes ao redor do mundo, o Costume Institute é um órgão independente e por isso se apoia em ações para angariar fundos. Daí vem a ideia brilhante de promover um baile para a alta sociedade, incentivando esses a fazerem doações para o museu, dando continuidade a curadoria e as pesquisas.

Exposição sobre a estilista Rei Kawakubo em 2017

No ano de 1973 a famosa editora de moda Diana Vreeland se tornou consultora especial no departamento e então assumiu o comando para criar estratégias a fim de arrecadar capital para o setor. Dessa forma, ela elevou o MET Ball e fez com que o evento se tornasse ponto certo para os grandes nomes da arte e da sociedade. Mas apenas nos anos 90, quando a editora-chefe da revista Vogue, Anna Wintour passou a integrar o conselho do instituto, é que a lista de convidados agregou nomes influentes de todas as áreas.

E hoje, há exatos vinte anos ocupando o cargo, ela ainda é quem cuida dos mínimos detalhes para que o evento seja sempre impecável. Desde a lista VIP, até quem vai sentar em qual mesa, passando pelos artistas que vão se apresentar e pela ordem em que cada celebridade passará pelo tapete vermelho, tudo é construído e aprovado pelo olhar da exigente editora.

A editora-chefe da revista Vogue, Anna Wintour e sua filha.

O baile do MET faz parte do imaginário popular há anos, pois é no evento em que vemos os looks mais conceituais, sempre celebrando moda como arte e cultura. E para elevar ainda mais a criatividade dos convidados e das marcas, existem temáticas que protagonizam a festa, que são anunciadas com muita antecedência para que todos consigam preparar as produções sempre muito elaboradas.

O tema de cada ano diz não só sobre o dress code do baile, mas é também o foco da exposição anual que o museu apresenta e que é aberta ao público dias depois da grande inauguração. Estilistas como Alexander McQueen, Rei Kawakubo e  Miuccia Prada já foram homenageados e temas sempre contemporâneos como tecnologia e a relação da China com a moda, foram abordados na curadoria.

No ano de 2018 a exposição foi intitulada como “Corpos Celestes – Moda e a imaginação católica”, na qual será celebrada a relação entre o vestuário e o catolicismo. Para abrilhantar ainda mais o acervo exposto, o Vaticano cedeu algumas de suas peças icônicas que ficarão em uma ala especial do museu. Junto desses trajes, criações de grandes estilistas e alguns dos looks usados pelas celebridades durante a festa também ficarão disponíveis para a contemplação do público.

Exposição Corpos Celestiais – Moda e a imaginação católica.

O baile desse ano, que contou com uma apresentação cheia de referências da rainha Madonna, foi considerado o maior desde a criação do evento. No tapete vermelho passaram looks marcantes como o da Rihanna de Maison Margiela, Lana Del Rey, Jared Letto e o estilista Alessandro Michele de Gucci, Francis Mc Dormand de Valentino, Sarah Jessica Parker de Dolce and Gabanna e a rapper Cardi B de Jeremy Scott. 

O grande motivo que faz o MET Ball ser o evento de moda mais prestigiado no mundo, é exatamente a liberdade em que os estilistas e artistas possuem para criar seus looks , questionar, discutir, protestar e despertar o interesse do público por temas tão pertinentes. Celebridades que acabam não se adequando muito a temática, como as modelos Gisele Bündchen e Kendall Jenner, acabam ofuscadas por personalidades como a atriz Lena Waithe que carregou consigo a bandeira do movimento LGBTQ e a cantora Katy Perry que vestiu asas angelicais enormes.

Madonna de Jean Paul Gaultier

Rihanna de Maison Margiela

Alessandro Michele, Lana Del Rey e Jared Leto de Gucci

Francis Mc Dormand de Valentino

Sarah Jessica Parker de Dolce&Gabanna

Cardi B de Jeremy Scott

Gisele Bundchen de Versace

Kendall Jenner de Virgil Abloh

Lena Waithe de Carolina Herrera

Katy Perry de Versace

Mas apesar de toda a produção realizada em proporções bíblicas, poucas foram as celebridades que fugiram do óbvio. No tapete vermelho vimos muito ouro, muitas referências medievais, muitas figuras angelicais e muitos elementos do catolicismo. Tudo isso resultou em uma visão claramente histórica, mas também antiquada do tema.

Numa noite em que celebramos tendências e temáticas contemporâneas, faltou quem falasse de religião sob uma ótica que não fosse a do poder. Afinal, o imaginário passa não só pelos grandes Papas e santos, mas também pelos oprimidos e pelo sincretismo religioso. O destaque da noite vai para a atriz Zendaya, que em um look cheio de referências e pesquisa, homenageou a figura a frente do tempo que foi a santa Joana D’arc.

Zendaya de Versace

Elisa Santiago é Designer de Moda, Stylist e uma eterna amante das ruas e das artes. Acredita na roupa como elemento de fala e empoderamento. É quem está por trás do @tens_razão.

 

27
set

Gucci Places: conheça os destinos que inspiram a marca!

Que tal ficar por dentro dos destinos que serviram de inspiração para as criações da poderosa grife italiana Gucci? A partir de setembro, os fashionistas e loucos por viagens poderão conhecer todos os locais especiais onde há uma conexão cultural com a marca. O novo projeto é dedicado a quem procura o inesperado em viagens e experiências.

No app da Gucci, será lançada a plataforma Gucci Places, cujo objetivo é mostrar aos fãs da marca quais as cidades inspiraram suas coleções ao longo dos noventa e seis anos de vida.

O primeiro destino a ser mostrado pelo Gucci Places será Chatsworth, propriedade histórica localizada em Derbyshire, Inglaterra, onde a Gucci atualmente está apoiando uma exposição de roupas e objetos intitulada House Style. O mesmo local também serviu como locação para a campanha publicitária Gucci Cruise.

Os serviços de localização geográfica alertarão os usuários do aplicativo para a proximidade de um lugar considerado inspirador para Gucci. Simplesmente amei esse novo projeto da Gucci!!!!

Eu já baixei o app e vou testar a plataforma na minha próxima viagem! O que será que vem por aí? Aposto que só lugar bacana!

Bianca Cobucci é Defensora Pública, Mestre em Políticas Públicas e coordenadora do Projeto Falando Direito; Autora do blog Teoria da Viagem. Escreve sobre os direitos do consumidor relacionados à viagem e turismo, bem como sobre os países e lugares que já que visitou.

30
maio

Moda High-Tech

O futuro quando retratado nos mais variados filmes, vem sempre acompanhado de feitos mirabolantes, carros que voam, e roupas prateadas. O que não paramos para pensar, é que esse futuro tão estimado nas ficções científicas já está acontecendo à nossa volta. Nem sempre com maestria cinematográfica, nem sempre nos beneficiando, mas nos envolvendo e despertando os mais diversos questionamentos sobre a vida em comunidade e a relatividade do tempo.

Na moda, a temática acerca do porvir é frequente e está cada vez mais ligada à maneira como consumimos. Exemplo disso é o sistema See Now, Buy Now (já falado por aqui), em que peças apresentadas nas passarelas podem ser adquiridas minutos depois do desfile, através da internet. Nesse ritmo, a Gucci de Alessandro Michele, saiu na frente, literalmente, e desenvolveu em parceria com o site de compras Farfetch, o projeto F90, no qual a cliente pode obter uma peça em sua casa em até 90 minutos, numa espécie de delivery. O serviço já está disponível em 10 cidades do mundo, incluindo São Paulo.

Em contraponto a essas grandes mudanças no momento de se consumir roupas, a forma como digerimos as informações de moda também está passando por modificações relacionadas ao uso da tecnologia. Nas fashion weeks em todo o mundo, é fácil notar que os espectadores dos desfiles, não andam mais “desacompanhados”. Os celulares e tablets tomaram conta da “fila A”, e registrar sua presença virtual em eventos como esses, se tornou mais importante do que de fato assimilar as diversas referências passadas ali.

Plateia tira fotos com seus telefones celulares durante o desfile da estilista peruana Claudia Jimenez, no Lima Fashion Week, no Peru

A ciência de ponta possui uma infinidade de funções no universo da moda, seja para nos distrair de determinados objetivos, ou nos aproximar dos processos que envolvem a área, como é o caso do segmento esportivo que utiliza do high-tech para criar peças que melhorem a performance do usuário e a funcionalidade da roupa.

Os aplicativos também são ferramentas que facilitam nosso dia-a-dia e podem nos auxiliar no momento de escolher o que usar, ou em treinos de corridas. Esses dois exemplos em questão podem ser ilustrados pelo app Stella, que tem como função dar consultorias de estilo de acordo com o contexto do usuário, e pelo app Nike+ Run Club, que atua como um parceiro de exercícios, desenvolvendo treinos personalizados e pontuando a performance do atleta.

                                                                               Aplicativo Nike+ Run Club

A tecnologia se faz presente em nossas vidas todos os dias e de uma forma cada vez mais efetiva. Ponderar seu uso, ainda é um passo analógico e que deve ser repensado diariamente. O equilíbrio entre o palpável e o virtual se faz necessário para que o futuro siga acontecendo de forma high-tech.

Elisa Santiago é estudante de Design de Moda e uma eterna amante das ruas e das artes. Acredita na roupa como elemento de fala e empoderamento. É quem está por trás do @tens_razão.